Talvez porque nunca enfrentei grandes contrariedades na vida - filha única, papás queridos que sempre me ajudaram, etc e tal - acho que não estou preparada - ou melhor, habituada - para não me revoltar com a má vontade de muitas pessoas que por aí circulam. E a hipocrisia, sobretudo, dá-me nojo.
Ao fim de um ano, já percebi que o mundo do trabalho é uma selva. Felizmente, tenho a sorte de estar a trabalhar num sítio onde sinto que o meu trabalho e o meu tempo são, desde o ínício, respeitados e onde sei com o que posso contar. Mas, como eu disse, tive sorte. Cada vez me deparo com situações de empresas que não têm qualquer respeito por leis de código de trabalho e sem um pingo de sentido de responsabilidade social - apesar de fingirem que sim! - dá-me vontade de lá entrar e mandar dois berros na cara dos responsáveis (só dois, porque depois também fico rouca).
Mas se existe alguma forma de justiça divina, eu quero acreditar que todas essas pessoas que usam e abusam do esforço de outras, que enganam, enrolam, inventam histórias e desculpas para não facilitarem a vida de ninguém (só porque lhes convém) ainda vão ter aquilo que merecem! E eu estou a torcer por isso.
Isto também se aplica aos imprestáveis da função pública (só aos imprestáveis), que fazem tudo menos ajudar.
2 comentários:
Agora arrepiei-me porque ainda hoje tive a dar apoio e incentivo e um grande amigo meu que, agora desempregado, resolveu tentar outra via do seu talento para a escrita: escrever um livro.
Com o apoio dos amigos mais chegados, porque o rapaz estava mesmo a ir-se abaixo, foi com orgulho que recebi o telefonema dele a dizer-me que foi escolhido por uma editora.
Deitou mãos à obra, finalmente convicto de que tem qualidade, e em apenas um mês completou a 'tarefa'.
Hoje ligou-me para dar as últimas novidades, combinar umas surfadas no fim-de-semana e... enviar-me o seguinte link da tal editora com quem tem trabalhado, a cerca de mês e meio do livro ir para as bancas (altura do Natal, portanto):
http://correiodofantastico.wordpress.com/2009/03/11/duas-cartas-abertas-a-papiro-editora/
Trata-se então da Papiro Editora. Atenção que este meu amigo não venceu qualquer concurso, foi convidado pela editora depois de enviar alguns textos livres, pelo que ainda não despendeu qualquer cêntimo. Agora, com o meu apoio, vai até ao fim, até ao ponto em que tenha um livro seu, publicado, com capa assinada... nem que seja um. "São mais duas linhas douradas no currículo", concluímos.
Agora lembrei-me daquela senhora que ambas odiamos... A Tereza Prego...
Ui! O que eu lhe fazia!
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