Já todos ouviram falar da história de Joana que aos 20 anos foi morta pelo namorado (que encenou um acidente, mas depois acabou por confessar). O jornalista Paulo Moura, do Público, escreveu de forma brilhante um artigo sobre este amor adolescente perfeitamente doentio, onde o papel da mãe talvez devesse ter passado por uma maior atenção a certos sinais de alerta. Um artigo sobre como às vezes a palavra Amor é usada gratuitamente, sem que os intervenientes tenham a mínima noção do que isso é. Porque quem ama não prejudica. Leiam que vale a pena: A Menina Que Amou Demais.
10 comentários:
Minha querida, não em parece justo "culpar" a mãe de alguma coisa...
Desculpa N, mas essa é a só uma resposta politicamente correcta. Mas sinceramente choca-me um bocado que uma mãe pague uma noite de lua de mel à filha de 16 anos num hotel. E uma mãe que vê a filha comer Nestum porque o namorado não quer que ela seja magra e não intercede por ela.
Juro-te que me choca. Não a culpo pelo que aconteceu, claro que não. Mas acho que ela foi boazinha demais. Talvez porque tenho uma mãe com braço de ferro que nunca entraria numa brincadeira destas.
Mas já substitui a palavra "suportado". A culpa não é da mãe nem dos amigos, mas pronto, acho que há quase sempre sinais de alerta nestas relações e é preciso falar com as pessoas.
Isso tb me choca, mas daí a ela prever este desfecho... O que é que ia fazer? Proibir o namoro? Também já foste adolescente e és jovem e sabes perfeitamente que o mais provável é surtir o efeito contrário.
Eu tb percebo, a minha mãe tb não papa, mas é uma questão de mentalidades. E acho - tenho a certeza - que ng mais do que ela se está a culpar.
Também a miúda devia ter percebido que o namorado não era muito "normal" com tanta coisa, mas o amor é cego, de facto.
Entretanto gostava era de saber mais sobre ele...
Claro que sim. Acho é que é aquela coisa do só acontece aos outros e são coisas que as pessoas pensam que só nos filmes. Porque, convenhamos, não é normal.
Claro que a mãe não deve ser apontada como culpada, nem era isso que eu queria insinuar no que escrevi.
Os amores adolescentes são arrebatadores, as pessoas fazem as primeiras loucuras, morrem e renascem para o amor várias vezes na mesma semana. No entanto, acho que o papel dos pais é tentar acompanhar esse crescimento, não sendo proibitivos, mas bons ouvintes e conselheiros.
Mas pronto, era mãe e queria a filha feliz, claro que nunca poderia prever um desfecho desta envergadura. (Sad) End of story.
O texto está incrível, muito bem escrito. Quanto à questão da mãe não ter estado suficientemente atenta... infelizmente a gente nem sempre vê o que é evidente, mas acho que uma mãe conscienciosa não iria oferecer uma noite num hotel com o namorado à filha de 16 anos, ainda por cima depois dele ter dito que ela "já tinha idade para dar umas quecas".
É uma questão de amor próprio e de se dar ao respeito e o exemplo que ela deu foi precisamente o de uma mulher insegura e demasiado flexível, e era este o molde pelo qual a Joana se guiava...
Infelizmente a inteligência dela não lhe permitiu perceber que estava a entrar num comportamento destrutivo e dependente, de tal maneira que queria viver o conto de fadas.
Ninguém viu, é verdade. Quem se pode culpar realmente?
Há uma segunda parte da historia. Aqui: http://jornal.publico.clix.pt/noticia/26-11-2009/a-morte-em-vez-da-reconciliacao-18292253.htm
Sim, assim talvez se perceba melhor ainda o lado da mãe.
Continuo a achar que a miúda tinha um modelo familiar um pouco estranho em casa. Percebe-se aqui que a mãe não estava tão desatenta como parecia inicialmente. Uma série de circunstâncias infelizes. E fica aqui a ideia que o namorado dela parece-me bem mais frio e calculista que parecia inicialmente...
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