... que, por hoje, vou fingir que não li as alarvidades da Isabel Stilwell no editorial do Destak. Podemos até não gostar da música dos Deolinda, podemos não querer fazer nada para mudar este país e a situação dos recibos verdes e dos sucessivos estágios não remunerados, mas não podemos falar sem conhecimento de causa, nem minimizar ou ridicularizar a luta de muitas pessoas - licenciadas ou não - que querem ter um emprego decente, um patrão decente, um salário decente. Claro que a menina não sabe o que é isso, porque os seus filhos provavelmente sobem com o factor cunha e não tiveram que passar por mil e quinhentos estágios nem trabalhar a recibos verdes. Eu, licenciada (e parva) que sou, nunca recebi 80% mais que um empregado de mesa ou de loja e, por isso, sinto-me ofendida pelas suas disparatadas conclusões. Acho que nem os jornalistas do Destak devem ter ficado muito agradados com as suas palavras, tendo em conta que um jornalista ou trabalha sem receber (pelo privilégio de ser escravo em prestigiados orgãos de comunicação, uuh) ou anda anos a receber misérias, ambicionando chegar aos 1000 euros/mês lá para os 40 anos. Amanhã talvez escreva uma carta para o Destak. Ou então começo a escrever um livro. Ser escritora fará de mim uma pessoa inteligente e apta a opinar sobre tudo um pouco, certamente.
30 comentários:
Solução para o seu problema: trabalhar num café ou numa loja.
Caro Anónimo: Não é hipótese que eu rejeite, sinceramente.
Ora ai está então o que Isabel Stilwell dizia. A isso chama-se dar a volta por cima e não ficar em casa a choramingar porque ninguém nos dá trabalho a fazermos aquilo que queremos. Aplaudo!
Caro Anónimo: Ninguém aqui falou em ficar em casa a choramingar, o que não significa que as pessoas não queiram lutar por melhores condições e por um trabalho que não seja uma exploração(algo que também existe para muitos não-licenciados).
É óbvio que há muitas pessoas desta geração (e não só) que se encostam à sombra da bananeira e na casinha dos pais, que prolongam cursos durante anos para jogarem às cartas nas esplanadas. Mas há quem não queira isso como futuro. Há quem queira um futuro e quem ainda tenha sonhos e ambições. Se tiver que trabalhar num café, que seja, é melhor que ser um parasita! Mas que não desista de tentar alcançar aquilo que ambiciona. As pessoas estudam por alguma razão e querem ter oportunidades. Que, neste momento, são muito escassas.
E o que a menina Isabel Stilwell escreveu não está de acordo com a realidade. Mas são opiniões.
Sinceramente li o que Isabel escreveu, e parece-me que está perfeitamente de acordo com a realidade. Tirar um curso superior não é garante de arranjar um emprego, e a esta nossa geração já devia ter percebido disso. Principalmente para curso que não lembram ao diabo. O nosso mercado de trabalho está sufocado pelo estado social que o fustiga com impostos e leis laborais desactualizadas qua reprimem a economia e a criação de emprego. E as empresas é que têm culpa? Não há trabalho e há excesso de mão de obra, e isso leva a esta situação. A nossa geração fala das empresas como se elas fossem obrigadas a darem-lhes a vida com que sonham, e não conseguem ver para além do que é ser um empregador. Felizmente já fui um empregador e hoje dou graças por ser um empregado e ter um trabalho razoável. Para além da superficialidade do seu post que se limita a mandar uns lugares comuns para o ar, não vejo mesmo onde está o motivo de revolta contra a crónica da Isabel Stiwell.
Claro que um curso não é sinónimo de emprego e há cursos que nunca sequer deviam ter sido abertos (também não é culpa nossa). Mas a Isabel Stilwell falou dos licenciados como pessoas que até têm uma vida tranquila, que não têm do que se queixar. E irrita-me porque não fala com conhecimento de causa. Nunca fui empregadora e acredito que não seja fácil, mas trabalhei numa empresa jovem e sei o que custa andar com projectos destes para a frente. Mas há que ter noção daquilo que se exige às pessoas e daquilo que lhes damos em troca. E vejo, em situações revoltantes passarem-se com muitas pessoas da minha idade que querem trabalhar naquilo para que andaram a queimar pestanas durante 4 ou 5 anos. Mas pronto, provavelmente serão superficialidades para si.
Peço imensa desculpa, caro Anónimo, por ter caído no erro de querer estudar e ter uma formação superior. E que o meu sonho não seja trabalhar num café ou numa loja, nem viver em casa dos meus pais até aos 35 anos porque 500 euros por mês não chegam para nada. A culpa não é só das empresas, mas lamento que a resignação com a situação seja, para si, a única solução.
E cada um tem a sua opinião. Eu tenho a minha, o anónimo tem a sua. Fiquemos por aqui, sim? Bem haja.
Tirar um curso superior não é sinónimo de arranjar emprego da mesma forma que não é sinónimo de ganhar "o dobro" ou "mais 80%" que quem não tenha um. E isso não são opiniões, são factos.
Mas se calhar o anónimo não tem curso superior (o que não tem nada de mal), ou então tem e faz parte da minoria que ganha o tal dobro (melhor ainda).
Cate, depois desta disputa, podes começar seriamente a pensar escrever um livro, sim.
Beijinhos.
Pois há cursos que não deviam existir e existem, a culpa passa a ser nossa quando optamos por frequentá-los. Devemos tentar saber que tipo de oportunidades os cursos nos reservam no futuro. Agora porque uma pessoa queimou pestanas a estudar durante 5 anos e tem um sonho em trabalhar naquilo que gosta e levar para casa um bom ordenado, as empresas (que são quem emprega) têm a obrigação de se adaptar a essa situação?! Não será antes o contrário...? Não teremos nós que nos adapatar ao mercado de trabalho e tomarmos opções que vão ao encontro da necessidades do mercado de trabalho? Parece-me que sim, e o contrário passa apenas por músicas de protesto sem efeitos práticos...
Mas faça assim: tenha uma ideia, boa de preferência. Arranje capital (uns 10, 20 ou 50 mil euros). Se não tiver peça emprestado à banca. Monte uma empresa. Estabeleça contactos comerciais e comercialize o seu produto/serviço. Contrate contabilista. Equipe o seu escritório. Contrate empregados. Pague-lhes 14 meses por ano, por 11 meses de trabalho. Para além do que lhes paga, pague todos os meses mais 50% ao estado. Continue a trabalhar. Todos os meses pague o iva ao estado, mesmo que já tenha facturado e não tenha recebido... Pague no inicio do ano o PEC sobre a facturação que prevê fazer para esse anos fiscal. No fim do ano entregue ao estado 25% dos seus lucros, mesmo que não os tenha recebido. Se sobrar alguma coisa para si, pague mais 45% de irs. Depois aumente os empregados, contrate mais, pague horas extraordinárias e faça estágios remunerados... Eu poupo-lhe o trabalho e digo-lhe como vai acabar: na falência a fechar a empresa.
N,
"Tirar um curso superior não é sinónimo de arranjar emprego da mesma forma que não é sinónimo de ganhar "o dobro" ou "mais 80%" que quem não tenha um. E isso não são opiniões, são factos."
Exacto. São factos que dizem que quem tem curso superior ganha em média entre mais 50% a 80% de quem não tem. Percebeu? Ganha MAIS. Logo, não percebo a sua conclusão.
Não percebe porque não leu que eu disse que não ganha. Não é verdade que isso aconteça. É uma média, sim senhor, mas não sei baseada em que ordenados. Talvez em ordenados de licenciados com 10 anos de experiência. Acha justo? Eu não acho. Não acho que sejamos uma geração de coitadinhos , somos uma fornada que saiu numa altura má, azar do caraças, mas isso não faz de nós desgraçados. Mas daí a uma crónica destas... c'mon.
Se diz que não é verdade... Mas depois diz que é uma média sim senhor... Enfim.
E a crónica da Isabel diz exactamente aquilo que diz o seu comentário: somos uma fornada que saiu numa má altura. Azar. Agora temos é que saber usar os recursos que devemos ter aprendido nas instituições de ensino superior, para darmos a volta por cima. Criarmos o nosso emprego, as nossas oportunidades. Ter idéias boas e colocá-las em prática. Continuo a não perceber qual o erro da crónica.
Eu nem estou a dignificar a música dos Deolinda. Claro que esta tem que ter um efeito prático que se traduz nas pessoas acordarem e fazerem qualquer coisa! Passará por participarem de forma activa nos assuntos que realmente interessam e não ficarem só pelas queixas, certamente. Nisso estou de acordo consigo. E acredito que isso venha a acontecer.
Agora não me digam que as empresas não têm culpa, quando há muitas (!) que se aproveitam desta situação para terem mão de obra barata. Contratam jovens (que, para eles, são dos 20 aos 25, no maximo) porque têm "legitimidade" para lhes pagar menos. Aliás, sei bem em que condições se pagam aos jornalistas do Destak, o que ainda motiva mais a minha indignação com as palavras da senhora directora. Há muitas empresas onde uns andam com bons carros, bons fatos e bons ordenados, enquanto outros recebem mal ou não recebem nada durante meses a fio. É justo? Não, não é. Fala dos recibos verdes com um desdém que não entendo. Há pessoas a trabalhar anos a fio com recibos verdes, sem garantias de nada na vida, sem conseguirem comprar casa ou constituir família em segurança. É óbvio que não foram criados para escravizar, mas nos tempos que correm é uma situação que deve ser revista com urgência. Certamente que a Isabel Stilwell - e respectiva descendência - não saberá o que é trabalhar nessas condições. Aliás, tem o cargo que tem porque o marido é fundador do jornal.
E garanto-lhe que a maioria dos licenciados de hoje não ganha 50% (e muito menos 80%) do que ganha um não licenciado. Muito pelo contrário.
O erro da crónica é falar de factos que não se confirmam (tsc tsc, parece que não andou na faculdade, onde ensinam a pesquisar antes de escrever), o erro da crónica é achar que é tudo tão fácil - como para ela decerto será. Detesto generalizações e, como tal, não gostei da crónica da Stilwell. Ainda tenho direito a isso, certo?
Pelos vistos essas pessoas que são as donas das empresas e que andam de bons carros e bons fatos a ganharem belos ordenados, não têm mérito nenhum no que criaram. Aliás se é assim tão fácil e simples, porque não faz o mesmo? Arrisque. Abra uma empresa, ganhe um bom ordenado, ande de bom carro e bem vestida e seja justa para os seus empregados. Pelo que escreve é simples.
Os recibos verdes só são usados (pelas empresas e pelo estado) precisamente porque a dificuldade em despedir é tão grande que faz com que contratar seja um risco tão grande que o empregador não tem capacidade de suportar. Fala das pessoas que trabalham anos a fio sem segurança e sem garantias de nada na vida. E um empresário, que garantias têm? Os serviços que presta aos clientes estão sujeitos a concorrência, a valores mais baixos que são praticados por outras empresas, a descdida de honorários, a cessão do contrato, etc... Enquanto isso os seus empregrados têm o ordenado certo, mesmo que a empresa perca clientes e facturação, não podem ser despedidos a não ser que façam merda, logo não há concorrência, o ordenado não pode baixar em função do mercado, etc. Que garantias tem um empresário quando se a sua empresa fechar não tem direito sequer ao subsidio de desemprego? E se tiver dividas o fisco congela-he as contas a ele e à familia?
Fala da cunha que a Isabel Stilwell tem como se todos nós não tivessemos as nossas cunhas. A única coisa de errada aqui é que às vezes a nossa cunha não é tão boa como a do vizinho. Isto é a maior hipócrisia. Ninguém se lembra quando estamos sempre a dizer a amigos e conhecidos para verem se sabem de alguma coisa para nós, ou para nos arranjarem uma entrevista ou uma reunião com fulano x ou y.
Ok, é a sua opinião, aceito-a a respeito-a. Toda a sorte para si.
Ok, prefere não ver o problema. Fico-me por aqui também. É sempre mais simples culpar o mundo, a sociedade, as empresas pela dita "injustiça" e pelo falhanço das nossas vidas, do que reconhecer que são na grande maioria das vezes as escolhas que vamos fazendo ao longo da vida que nos empurram para onde estamos. Seja isso bom, ou mau. É sempre mais reconfortante depositar nos outros a resposnabilidade pelo nosso sucesso, pois assim já temos quem culpar, caso ele teime em chegar. Se chegar, paciência, já cá canta e um obrigado basta.
Tenha uma boa vida!
We'll do our best, com toda a certeza. Que, aliás, é precisamente the whole point.
Isso só prova que não leu (ou não entendeu) metade do que eu escrevi. Não se preocupe que eu não ficarei sentada a atirar culpas à toa. E terei uma boa vida, certamente, tenho-me esforçado por isso.
O problema é mesmo esse, a boa vida que temos a maioria de nós hoje em dia. Provavelmente posta dum portátil, com ligação à net em banda larga. Um telemóvel ultima geração com bluetooths e merdas assim. O armário recheado de roupa que dava para usar até ao fim do ano sem repetir peças. Sem falar das malas e calçado que davam para vestir metade da população do Sudão. Férias todos os anos preferêncialmente lá fora. Uns programas culturais ao fim-de-semana, e assim se vai vivendo a cantarolar a música dos Deolinda...
O Anónimo deve estar a falar do alto da sua posição confortável de empregado, só pode. A culpa é dos outros por frequentarem cursos com fraca empregabilidade? Tem uma certa graça, já que esta sempre foi variável consoante as épocas e as tendências: línguas, gestão, informática, webdesign..é suposto ficar à espera da altura certa para frequentar o curso certo? Não me parece.
E sim, esta boa vida que todos "nós" temos, de contas e contas para pagar. Ah, espere anónimo, os 6 anos que trabalhei na função pública a recibos verdes e os quais não chegaram sequer para ter subsídio de desemprego, foi uma parvoíce minha...aliás, como é parvoice das pessoas que conheço e que há 10 anos, sim 10, tarbalham nessa mesma situação, a levarem com descontos brutais, como se fossem trabalhadores independentes e não tivessem uma entidade patronal a quem prestar contas ou horários para cumprir. Aliás, falando de trabalhadores independentes, basta ver a situação do Destak há uns meses...(cala-te boca!) mas claro, com a qual a querida isabelinha não teve de lidar não é?
Não percebi o problema de ter muita roupa (e nada pra vestir ahah) e (querer) fazer férias fora e cenas. Agora é que fiquei ofendida, meu. Quem mexe com a minha roupa, mexe comigo!
E QUEM É QUE AQUI TEM A O-U-S-A-D-I-A DE FAZER PROGRAMAS CULTURAIS, AINDA POR CIMA PAGOS?
Ps. qualquer merdinha de telemóvel tem bluetooth praí há 70 anos, não precisa de ser de última geração. Já pra não dizer que bluetooth é uma aplicação que não gasta dinheiro.
Já aqui disse que sim sou um empregado com um ordenado e vida confortável, e que em tempo já fui um jovem empreendedor, dai saber do que falo. A Helena quando pergunta "a culpa é dos outros por frequentarem cursos com fraca empregabilidade?" e "é suposto ficar à espera da altura certa para frequentar o curso certo? Não me parece." Pois a mim parece-me!!! Está à espera do quê? Que alguma entidade crie por decreto empregos que não existem para ocupar os licencidados em determinados cursos?! Acha que é assim que funciona o mundo? Porque não cria você emprego para essas pessoas? Faça o favor de colocar e arranjar trabalho para licenciados em filosofia, recursos humanos, engªas de tudo e mais alguma coisa, sociólogos, psicólogos, etc. Ou está à espera que seja o estado a criar?? Toda a gente deve perseguir o seu sonho, mas devem saber quais as consequências das suas escolhas. O que vai fazer um licenciado em filosofia, que não seja ir para professor, por exemplo...? Ninguém diz para não tirar o curso, depois não fiquem à espera que venha alguém, e muito menos o obeso do sr estado criar um emprego que o mercado de trabalho não valoriza.
Quanto ao recibo verde já expliquei que se as leis do trabalho estivessem adaptadas aos nossos tempos e fossem flexiveis (como nos países nórdicos que toda a gente gosta de falar!), os empregadores não teriam o risco em contratar que têm hoje, e o recibo verde passaria a ser usado para aquilo que foi criado: uma prestação de serviços. Agora, pegando no seu exemplo, quando é o próprio estado a dar o (mau) exemplo e a infrigir a lei ao contratar por recibos verdes situações que não o são, está à espera que as empresas façam o quê?
E digo-lhe uma coisa, se tem amigos nessa situação fique a saber que facilmente eles provam junto das entidades que não são prestadores de serviços, e passam automaticamente a ter um contrato de trabalho. A não ser que sejam funcionários do estado... Ai o sr estado não brinca. Quando é para ser ladrão é à séria.
Por isso em vez de andarem a berrar alarvidades muito bonitas e muito revolucionárias contra as empresas, pensem bem quem estrangula o mercado de trabalho e quem é o responsável pela precariedade que se vive hoje em dia. E já agora acordem, já não há empregos para a vida!
N,
O problema é realmente não perceber nada. Escreve de barriga cheia com certeza. É o problema da classe jovem burguesa que temos.
Ena o que para aqui vai... O Sr. anónimo diz e muito bem, que já não há empregos para a vida. nem eu conheço outra realidade, uma vez que passo a vida a mudar de poiso. Por vezes já foi por vontade própria (e de mudar, de crescer, de aprender...), outras porque não dá, simplesmente. E bem vejo o tramado que é uma empresa subsistir com sucesso, vim de uma agorinha mesmo e está absolutamente na merda.
Acho no entanto, que aqui a revolta é precisamente a mesma em todas as partes e o Anónimo não está a atingir o significado. Claro que o Estado não está a favorecer ninguém, sejam os empresários e empreendedores (porque às vezes são dois conceitos diferentes), sejam os trabalhadores jovens que não conseguem encontrar trabalho.
E o erro no texto da Isabel Stilwell, é, simplesmente, generalizar. Ainda por cima sem conhecimento de causa. Como disse ali acima a Cate, e muito bem, a Sra. Stilwell deve estar a referir-se aos licenciados dos anos 90. Eu sou licenciada há quase 7 anos (ainda me posso considerar jovem, acho), trabalho há 6 anos e meio, e já tirei fotocópias, fiz estágios não remunerados, e andei à procura do melhor que pudesse aparecer, e tive a sorte de ter tido contratos de trabalho e nunca ter estado parada mais que um mês e meio, infelizmente, terei de me contentar com o que aparecer agora que estou no desemprego.
E lixa-me um bocado, vá, bastante conhecer uma cabeleireira cujo conceito de fim-de-semana bem passado é ir ao shopping estourar dinheiro, ganha praticamente o dobro do que eu ganho. Nada contra a rapariga, nem contra os seus ideais, mas frustra-me que a minha competência seja tão desvalorizada. Porque ninguém se inibe de pagar 100 euros por uma permanente, mas pedir 600 euros por um website é um roubo. Há uma perversão nos valores que é absurda. E a Sra. Isabel Stilwell demonstra bem este facto no seu texto.
Mas o que é que vocês querem afinal? Quem alguém, por decreto, mude o preço das permanentes e da construção de websites? Que por decreto se defina o ordenado duma cabeleireira e duma web designer? Percebam que essas regras são definidas pela sociedade, pelo mercado de trabalho e pela lei da oferta e da procura. Se hoje em dia se fazem websites quase de imediato na net sem grandes conhecimentos de informática, se há empresas que fazem websites low cost, se há milhares de webdesigners freelancer disponiveis, estão à espera de quê? Que o preço suba...? Não há milagres...
E já agora, mas alguém conhece a vida da Isabel Stilwell para fazer juizos de valor, e dizer que fale sem ter conhecimento de causa, e que os filhos não passaram por isto e por aquilo...? Parece-me que não.
Olá, bom dia, Anónimo, tudo bem? Acordou mais bem dispostinho hoje, menos aziado?
Olhe, era só para dizer que nem eu conheço a vida da Isabelinha, nem o menino conhece a minha para fazer os juízos de valor que andou a fazer por aí acima, está bom?
E entretanto se quiser mesmo, mesmo perceber aquilo que lhe tentei carinhosamente explicar, leia o texto no link que se segue:
http://amacadeeva.blogspot.com/2011/02/enquanto-nao-me-tirarem-o-pio-nao-me_25.html
Se quiser diga que vai da minha parte, não tem problema.
Passar bem!
Oh N.... Disseram que eras da classe jovem burguesa! Olha só o chique que não é! :D
Por acaso esse comment escapou-me. Ontem de facto escrevi de barriga cheia, pq enfardei imenso ao almoço. (E ainda por cima, sem vergonha nenhuma nesta cara, fui almoçar fora.)
Mas sim, sou claramente uma petite burguèse.
N. estiveste bem miúda. Ao anónimo, não me digno a comentar. É por causa de mentalidades destas que as coisas não avançam, lamento mesmo.
O grande culpado disto tudo foi durante os "anos de ouro" ou seja decada de 80/90 em que portugal estava grande, graças a Salazar que conseguiu criar mais riqueza, que a propria uniao europeia, de entao agora. Quando Portugal entrou para a uniao europeia com o assinado do primeiro ministro Mário soares, portugal tinha meios de subsistir e desenvolver-se por si mesmo.
Mas foi uma opçao que se tomou,e durante 10 anos Portugal ( mamoes) ops enganei-me queria dizer os portugueses? receberam bilioes de contos, para criarmos vias de acesso para grandes epresas, por exemplo se tiver um aeroporto em lisboa o que a sua area envolvente necessita? pontes? vias etc... MAS! e aqui é que está o problema que muitos senhores criaram: é de que viram que a uniao europeia dava dinheiro de borla entao abriram a bocae criaram muitos chamados "tachos" por isso funciona muito bem a cunha... e como se criou uma sociedade de FAVORES e pensam que sao poderosos, eles brincam com os peos que somos nós. Agora soluçoes? fácil, guerra civil porque? porque ja nao ha sitio para falinhas mansas(infelizmente). Aliás, este mundo principalmente este país vive-se de invejas. poruqe uma pessoa que viva com 500 euros mes e compre uma boa bicicleta por exemplo , é capaz de ser olhado de lado ou de alto por alguem que ganha 1500 mes. e sim vivemos num país de burgueses e burguesas. Ainda falavam da monarquia? lol povo na merda burgueses a tentar subir na vida nem que para isso fodam os amigos ou a sociedade, e depois o rei (poder) è um mundo de vicios e sem valores, e na minha opiniao deviam esta todos na merda. TODOS! acabava-se o: "ah akele tem isto akela tem isto bla bla .e mais tenho a certeza que se ajudariam uns aos outros para encontrar comida casa etc, os pretos que vemos a morrer á fome nao é so na televisao que existem. para acabar toda a gente pensa que é melhor que a outra porque tem mestrado, porque é mais velho ou porque tem mais dinheiro. e assim vai o nosso país.
Arrivederci.
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