sábado, 12 de novembro de 2011

prima,

sei que não vais acordar. Sei que muito provavelmente já nem sabes que por aqui continuas, que à tua volta todos choramos, que te falamos de coisas banais do nosso dia-a-dia para nos confortarmos ("tenho lá um caril de camarão à tua espera", diz o meu pai; "a M tem umas botas novas, anda doida com elas", diz a A), que no fundinho de nós ainda paira aquela esperança por um milagre.  Era a operação ou o fim garantido, ainda que as hipóteses de sucesso nem fossem muito altas. Tomaste a decisão que qualquer mãe tomaria, arriscaste, não te podias conformar, tinhas que lutar, pelo D e sobretudo pela M. Mas não resultou, não voltaste a acordar. É por isso que temos este nó na garganta. Custa-nos perder-te, dizer adeus, é demasiado cedo. Nem parece real. Hoje estive ao pé de ti, dei-te a mão, dei-te um beijo. Todos demos. Podes não saber que estamos lá, mas espero que os tenhas sentido.

4 comentários:

ML disse...

:(

Um beijinho grande.

Analog Girl disse...

Caraças miúda, estou estupefacta.
:(

Beijinho
(temos de falar)

Juni disse...

* mil beijos

Catarina Trindade disse...

Arrepiei .... não tenho palavras Cat.

Bjinho grande é tudo o que neste momento te posso dar :)