Não sou nenhum talento, mas adoro dança. Sobretudo tudo o que esteja intimamente relacionado com hiphop. Por isso, quando me perguntaram se queria ir fazer um workshop de Krump por apenas 5 euros não hesitei em dizer que sim, apesar de não conhecer bem em que consistia este estilo de dança urbana. Já tinha visto uns vídeos e lido alguns artigos, mas confesso que o krumping ainda não me tinha seduzido à primeira vista.
É claro que o que aprendi numa hora e meia de workshop foram apenas os passos mais básicos, mas o suficiente para já me sentir mais conquistada pela intensidade de movimentos do krump. Adorei e confesso que gostava de aprender mais.
De acordo com a Wikipédia, a palavra Krump é um acrónimo para Kingdom Radically Uplifted Mighty Praise. Esta dança urbana apareceu por volta de 1990 em Los Angeles, na Califórnia. Apesar das grandes semelhanças, o que diferencia o krump do hiphop é o facto de ser maioritariamente dançado em freestyle e raramente coreografado. Geralmente é apresentado em competições ou battles.
O clowning é o seu precedente e a sua vertente menos violenta criada por um ex-traficante de droga Thomas Johson, mais conhecido por Tommy The Clown. Tommy e os seus dançarinos (os HipHop Clowns) costumavam pintar as caras e dançavam em festas de crianças e outros eventos como forma de entretenimento. O krumping consiste em movimentos extremamente energéticos, intensos, rápidos, mas precisos. No entanto, apesar de incluir contacto físico entre os dançarinos e movimentos agressivos que lembram lutas reais, a sua filosofia é a de não incitar à violência propriamente dita. E todos são aceites no krumping, independentemente do sexo, cor ou constituição física. Os jovens que começaram a aderir a esta dança viam nela uma forma de fugirem aos problemas dos bairros norte-americanos como as pressões dos gangues, drogas e outras influências negativas. Muitos comparam a intensidade do krumping com aquilo que os fãs de rock sentem num mosh pit.
O estilo tornou-se muito mais conhecido com o lançamento do documentário «Rize», de autoria de David LaChapelle, em 2005, no Sundance Film Festival. La Chapelle teve o primeiro contacto com o krumping quando dirigiu a produção do videoclip «Dirrty» da Christina Aguilera. «What Nirvana was to rock-and-roll in early '90s is what these kids are to hip-hop. It's the alternative to the bling-bling, tie-in-with-a-designer corporate hip-hop thing», disse o fotógrafo.
O krumping já apareceu em vários videoclips, tais como o «Hung Up» da Madonna, o «I'm Really Hot» da Missy Elliott, o «Hey Mama» dos Black Eyed Peas e o «Galvanize» dos Chemical brothers. É ainda a estrela do filme «Bring It On: All or Nothing».
«If movement were words, krumping would be a poetry slam.» (Taisha Paggett, Dance Magazine, 2004)
3 comentários:
E vê lá se dizes alguma coisa às outras pessoas que gostam de dançar?
Para a próxima chamo-te, prometo! Adiciona Jazzy Dance no Facebook para estares a par desses workshops.
Não conhecia, mas bastou alguns videos do youtube para ficar com uma ideia. Fiquei curiosa. Gosto de Hip Hop, mas penso que Krump é capaz de sr um pouco mais agressivo;)
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