As irmãs de sangue não são
escolhidas, vemo-las crescer dentro de uma barriga e, um belo dia, são-nos apresentadas numa maternidade qualquer. A partir daí sabemos
que já são um pedacinho de nós e que vamos amá-las e querer protegê-las para o
resto da nossa vida. Ou não, mas normalmente crê-se que sim. Depois há aquelas
irmãs que não estão ligadas pelo sangue, mas que cresceram connosco, demos os
primeiros passos com elas por perto, criámos e contámos histórias, partilhámos gostos,
talentos e hobbies, aturámos as birras umas das outras, andámos à pancada para
fazermos as pazes meia hora depois, abraçámo-nos nos dias mais tristes das
nossas vidas e, quando estamos juntas, conseguimos sempre rir à gargalhada por
nos conhecermos tão bem.
A vida não me deu irmãs de
sangue, mas tenho três irmãs que gosto de chamar “de coração”: a J, a M e a B. Por
todos os anos que já temos de amizade inabalável, mesmo com feitios às
vezes
tão diferentes, sei que nunca vai haver momentos de estranheza, de
silêncio ou dificuldade em partilhar o mais íntimo dos segredos. E tenho
algumas boas amigas das quais gosto na exacta medida, mas sei que estas
três, mesmo que mais afastadas pela rotina da vida e as moradas nem sempre tão
próximas quanto gostaríamos, são um mundo à parte. São minhas como se fossem do meu sangue.
Hoje, a B faz anos e é a mais novinha de nós. 22 anos. Pensar nisso é assustador e ao mesmo tempo arrebatador. Pensar que aquele piolhito pequenino e com o narizinho mais querido do mundo, que passava a vida atrás de nós, a querer participar nas brincadeiras dos mais “crescidos" e que ainda nos faz rir muito com as recordações das férias de há muitos anos, é hoje uma mulher licenciada, bem educada, linda e com um coração enorme, enche-me de orgulho. Enche-me de orgulho porque sinto que participei numa boa parte desse crescimento e faz-me querer continuar a participar. E ainda hoje lhe dou abraços como se ela fosse aquele piolhito de caracóis, de chucha na boca, mas sempre com uma resposta na ponta da língua.
Hoje, a B faz anos e é a mais novinha de nós. 22 anos. Pensar nisso é assustador e ao mesmo tempo arrebatador. Pensar que aquele piolhito pequenino e com o narizinho mais querido do mundo, que passava a vida atrás de nós, a querer participar nas brincadeiras dos mais “crescidos" e que ainda nos faz rir muito com as recordações das férias de há muitos anos, é hoje uma mulher licenciada, bem educada, linda e com um coração enorme, enche-me de orgulho. Enche-me de orgulho porque sinto que participei numa boa parte desse crescimento e faz-me querer continuar a participar. E ainda hoje lhe dou abraços como se ela fosse aquele piolhito de caracóis, de chucha na boca, mas sempre com uma resposta na ponta da língua.
Podem passar mais 22 anos. Vais ser sempre a minha irmã mais
pequenina. Adoro-te.
3 comentários:
bela homenagem, belo texto.
Oh <3.
É tão verdadeiro que emociona.
Oh Qui... quase que me escapou uma lagrimita... :)
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