Sinto que começa a ser o retrato da minha geração. Está tudo a fugir para o Brasil, África, Inglaterra ou países nórdicos. A cada mês que passa, acrescenta-se um nome novo à lista de amigos/conhecidos emigrantes.
Podíamos todos olhar para isto como uma coisa gira, uma aventura e uma oportunidade para ter novas experiências, que é, mas não deixa de ser triste, porque sabemos que a maioria está a sair não só motivada pela maravilha que é estar numa outra cidade e numa outra cultura, mas sobretudo porque cá dentro não consegue crescer profissionalmente, ter um melhor salário, conseguir pagar uma casa e/ou começar a constituir família. E, claro, se têm uma oportunidade, agarram-na. Ou então juntam uns trocos, enchem-se de coragem e vão tentar a sua sorte para outros lados. A maioria vai com prazos curtos para voltar, um ou dois anos, mas, dado o panorama nacional, passado uns meses, começam a apagar dos seus planos as hipotéticas datas de regresso. Alguns simplesmente decidem que, depois daquele país, partirão para outro qualquer, mas ainda não para Portugal.
Podíamos todos olhar para isto como uma coisa gira, uma aventura e uma oportunidade para ter novas experiências, que é, mas não deixa de ser triste, porque sabemos que a maioria está a sair não só motivada pela maravilha que é estar numa outra cidade e numa outra cultura, mas sobretudo porque cá dentro não consegue crescer profissionalmente, ter um melhor salário, conseguir pagar uma casa e/ou começar a constituir família. E, claro, se têm uma oportunidade, agarram-na. Ou então juntam uns trocos, enchem-se de coragem e vão tentar a sua sorte para outros lados. A maioria vai com prazos curtos para voltar, um ou dois anos, mas, dado o panorama nacional, passado uns meses, começam a apagar dos seus planos as hipotéticas datas de regresso. Alguns simplesmente decidem que, depois daquele país, partirão para outro qualquer, mas ainda não para Portugal.
E eu, para já, não afasto a hipótese de um dia ter que escrever o meu nome nessa mesma lista. Por um lado, gostava e acho que até seria bom. Por outro, Lisboa é sempre Lisboa e acho que não haverá cidade no mundo onde me dê tanto prazer viver.
2 comentários:
Isso tb eu pensava, mas depois começas a ganhar do belo, a conhecer pessoas impecáveis e a conhecer coisas nvas todos os dias e lisboa passa-te num instante!
Pois, se calhar é isso.
Mas os casos que conheço não são assim tããão sorridentes.
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