terça-feira, 29 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

e eis que...

... contra todas as expectativas, inclusive as dos médicos, ela acorda. O cérebro voltou a ordenar ao coração que batesse normalmente. O cérebro, até então dado como quase morto, parece querer voltar a funcionar. E ela ouve. E parece ver. E parece ter memória. Olha para nós, sorri quando se fala de algo familiar, quer dar a mão aos filhos. O braço esquerdo mexe. Mas ainda não fala nem anda. No entanto, está fora de perigo e, se a sorte estiver do lado dela como esteve até agora, ainda pode melhorar muito. Estamos a tentar não alimentar muitas esperanças, mas queremos ao mesmo tempo acreditar que quem venceu isto pode vencer muito mais.

às vezes tenho momentos de loucura.


Mas só porque é tudo tão bonitinho. They're miiiiine. ♥

(isto já foi para aí há um mês, mas entre trabalho novo, exames de faculdade e problemas de família, fui-me desleixado aqui no blog. agora que voltei a ter tempo, tinha que partilhar estas duas pequenitas alegrias.)

sábado, 12 de novembro de 2011

prima,

sei que não vais acordar. Sei que muito provavelmente já nem sabes que por aqui continuas, que à tua volta todos choramos, que te falamos de coisas banais do nosso dia-a-dia para nos confortarmos ("tenho lá um caril de camarão à tua espera", diz o meu pai; "a M tem umas botas novas, anda doida com elas", diz a A), que no fundinho de nós ainda paira aquela esperança por um milagre.  Era a operação ou o fim garantido, ainda que as hipóteses de sucesso nem fossem muito altas. Tomaste a decisão que qualquer mãe tomaria, arriscaste, não te podias conformar, tinhas que lutar, pelo D e sobretudo pela M. Mas não resultou, não voltaste a acordar. É por isso que temos este nó na garganta. Custa-nos perder-te, dizer adeus, é demasiado cedo. Nem parece real. Hoje estive ao pé de ti, dei-te a mão, dei-te um beijo. Todos demos. Podes não saber que estamos lá, mas espero que os tenhas sentido.