quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Muito provavelmente na sequência do post anterior...

Talvez porque nunca enfrentei grandes contrariedades na vida - filha única, papás queridos que sempre me ajudaram, etc e tal - acho que não estou preparada - ou melhor, habituada - para não me revoltar com a má vontade de muitas pessoas que por aí circulam. E a hipocrisia, sobretudo, dá-me nojo.
Ao fim de um ano, já percebi que o mundo do trabalho é uma selva. Felizmente, tenho a sorte de estar a trabalhar num sítio onde sinto que o meu trabalho e o meu tempo são, desde o ínício, respeitados e onde sei com o que posso contar. Mas, como eu disse, tive sorte. Cada vez me deparo com situações de empresas que não têm qualquer respeito por leis de código de trabalho e sem um pingo de sentido de responsabilidade social - apesar de fingirem que sim! - dá-me vontade de lá entrar e mandar dois berros na cara dos responsáveis (só dois, porque depois também fico rouca).
Mas se existe alguma forma de justiça divina, eu quero acreditar que todas essas pessoas que usam e abusam do esforço de outras, que enganam, enrolam, inventam histórias e desculpas para não facilitarem a vida de ninguém (só porque lhes convém) ainda vão ter aquilo que merecem! E eu estou a torcer por isso.

Isto também se aplica aos imprestáveis da função pública (só aos imprestáveis), que fazem tudo menos ajudar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Atitude!

Finalmente alguém toma uma posição em relação à exploração dos recém licenciados e jovens trabalhadores!

«Ainda que acreditemos na liberdade e responsabilidade individual dos cidadãos e na boa conduta e responsabilidade social das empresas e empresários portugueses, ao longo dos últimos tempos temos detectado um número crescente de ofertas que indiciam algum desconhecimento do direito do trabalho ou das normas do Instituto de Emprego e Formação Profissional e que têm valido ao Carga de Trabalhos várias reclamações e até alguma desconfiança, que coloca em causa o nosso trabalho em prol dos profissionais da área da comunicação.
Assim, lembramos que à luz do Código do Trabalho e de acordo com a opinião de vários especialistas na matéria, entre os quais o Dr. Garcia Pereira, os chamados estágios não-remunerados ou estágios com "ajudas de custo" são claramente ilegais, por constituírem, segundo a legislação, um verdadeiro e próprio Contrato de Trabalho (...)»

Uma salva de palmas para o Carga de Trabalhos!

Mais um blog para a lista.

Hoje descobri este blog porque foi publicitado pela autora de outro delicioso blog. Basicamente, o rapaz envia e-mails para serviços de atendimento de lojas e empresas com as perguntas e comentários mais estúpidos... E depois publica as - inesperadas - respostas que lhe enviaram. Já me ri com alguns dos posts.

Depois da almoçarada de hoje...

... o meu xixi cheira a champanhe.
Achei que devia partilhar isto.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Querido Holmes, (*)




Obrigadinha pelo fim-de-semana num Vila Galé à escolha!
Eu sabia que estes dois anos de árdua dedicação iriam certamente resultar em algo bom. E voilá! Primeiro, menos sete quilos. E agora, dois dias de descanso.

(*) sim, N., eu às vezes também tenho uma palavrinha a dizer ao Holmes.
O escritor Richard Zimler comenta - e muito bem - a recente polémica de Saramago, no Público.

domingo, 25 de outubro de 2009

Banda sonora de Domingo #7


"Samba da Benção" - Vinicius de Moraes

(...) A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão (...)

 


"Samba da Benção" - Bebel Gilberto

(...) Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração (...)


Não consegui escolher uma.

sábado, 24 de outubro de 2009

Vinicius


(...) E por fim, quando quando o tempo fugir,
E a saudade nos der de nós dois,
E a vontade vier de dormir,
Sem ter mais depois.
Dormiremos sem medo nenhum,
Pois aonde puder dormir um,
Podem dormir dois.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Presentinhos.



Se me oferecerem algum destes dois livrinhos (ou os dois ao mesmo tempo), vão deixar-me muito feliz.
 E quando eu estou feliz, todos estão felizes. Vá, pensem nisso com carinho, sim?

20º Festival Internacional de BD da Amadora


No outro dia estava a pensar com os meus botões, ou melhor, estava a fazer uma espécie de lista mental sobre as pessoas que eu gostava de um dia poder conhecer, apertar a mão, dar duas palavrinhas, etc, e uma das primeiras em que pensei foi no Maurício de Sousa, o criador dos quadradinhos marcaram toda a minha infância e adolescência: a Turma da Mónica. Ainda hoje gosto de ler e reler algumas historinhas. Ok, eu assumo: adoro a Turma da Mónica! O Maurício já cá tinha estado numa edição do Festival Internacional de BD da Amadora, mas infelizmente não tive oportunidade de ir, logo o "sonho" de lhe apertar a mão ficou por aí.
E não é que hoje, poucos dias depois de pensar neste assunto, me deparo com a notícia de que o Maurício vem mesmo a Portugal? Primeiro que tudo: Obrigado, Deus, por leres os meus pensamentos, foi mesmo simpático da tua parte, bem sei que me tenho portado bem ultimamente. Portanto, este ano vou ao festival e espero poder apertar a mão ao senhor Maurício de Sousa - ou talvez só dizer "olá", porque a Gripe A anda aí. Depois disso, vou poder assinalar o nome dele com um check na minha To Do List.
O destaque da 20ª edição do Festival de BD são precisamente os 50 anos de carreira do Maurício, bem como os 50 anos da famosa BD do Astérix e Obélix. Por isso, se gostam de BD, não percam este evento, de 23 de Outubro e 1 de Novembro. Na Amadora, claro.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

No nosso pequeno Portugal...

... tudo está a tomar proporções exageradas.

Primeiro foi a publicidade do Pingo Doce. Sim, é ridícula e poucas são as pessoas que gostam de ouvir aquilo continuamente a passar na rádio ou na televisão. Sim, alguém fundou um grupo no Facebook, mas foi claramente uma brincadeira entre as muitas que se passam nesta rede social. Do nada, o tema é notícia nos telejornais, já se fala em boicote à marca, etc e tal. Primeiro exagero.

Segundo exagero. A Maitê Proença faz comentários (muito pouco) humorísticos sobre Portugal e a sua cultura. De repente, desata tudo a chamar nomes à mulher, a falar em violência contra ela, a falar mal dos brasileiros que, como todos os povos têm defeitos (e nós temos mais é que admitir os nossos), mas que não têm culpa pelo que diz a Maitê Proença. Senhores, para quê dar tanta importância a uma actrizeca vinda do nada que diz umas quantas baboseiras para um programa que nem deve ter assim tanta audiência ou boa reputação? Juro que ficava muito mais chateada se um brasileiro (ou chinês, ou italiano, ou grego) realmente inteligente e prestigiado viesse dizer baboseiras sobre o meu país. Agora... a Maitê Proença? É simplesmente uma senhora que achou que um vídeo caseiro era uma coisa gira para se passar num programa de televisão. Não teve dois dedos de testa para perceber que cuspir numa fonte do Mosteiro dos Jerónimos e passá-la na televisão poderia não ter assim tanta graça. Só isso. E podemos não gostar e sentirmo-nos meio injustiçados.. Mas falar em apedrejamentos? A meu ver temos mais é que nos rir perante tamanha ignorância e fraco jeito para o humor. E não comprar os livros dela em que fala da vida miserável que teve (e, a meu ver, só compra quem não tem amor ao dinheiro). Ponto final.

Terceiro exagero. O Saramago publica um livro chamado Caim em que conta a sua própria versão da história bíblica. Na altura do lançamento do livro, faz umas declarações completamente anti-religião e assume-se como ateu. Tudo cai em cima dele. Então mas o homem não tem direito à liberdade de expressão? É a opinião dele, ninguém é obrigado a pensar da mesma forma, todos temos massa cerebral (ou pelo menos gosto de pensar que sim). E até pode ser um golpe de publicidade, mas isso é lá com ele. Quem quer comprar  livro, compra... Quem não quer, não compra! Claro que a Igreja veio novamente à televisão fazer o desnecessário papel da vítima. A eles digo-lhes que fico muito mais ofendida quando vejo o Papa em África, um dos países com as maiores taxas de infecção de HIV (uma doença assim a dar para o terrível porque é... como hei de dizer... mortal) a dizer às crianças para que não usem preservativos. Como se costuma dizer, cada um sabe de si e Deus sabe de todos. Entretanto, em jeito de cereja no topo do bolo, o I lança um inquérito: "Deverá Saramago renunciar à nacionalidade portuguesa?" E eu pergunto-me se estará tudo louco. O conservadorismo hipócrita está novamente a ganhar força? Espero bem que não, senão dou o braço ao Saramago e vou com ele também para terras de nuestros hermanos.

Isto para não falar da postura - também ela exagerada - do Presidente da República, por quem hoje em dia começo a sentir uma enorme antipatia. Haja bom senso, Portugal.

Sentimental, again.

E para dar mais um toque no meu actual estado de (estúpida) sensibilidade, acabo de ler um post feito por uma amiga de anos a dizer que me admira e que em certos aspectos gostava de ser como eu.
E eu lembro-me de como desde pequenina sempre a olhei como a perfeita role model. Agora estamos quites, tu motivaste-me e agora motivo-te eu a ti. E já sabes que estarei aqui sempre para te dar a maior força. Mas o primeiro passo é teu.

Agora, se não se importam, vou ali chorar um bocadinho debaixo da secretária... Eu juro que isto não é TPM, é só a chegada do Inverno.

Ando sentimental ao ponto de ler a "O: The Oprah Magazine"...

... mas esta é uma história mesmo mesmo perturbadora e triste.

Susan Klebold, mãe de Dylan Klebold, um dos jovens responsáveis pelo massacre de Columbine, fala pela primeira vez do que aconteceu na revista "O":
http://www.oprah.com/article/omagazine/200911-omag-susan-klebold-columbine

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

sábado, 17 de outubro de 2009

Rouca.


Porque mesmo estando doente fui a um jantar de aniversário e quis falar e rir até que a voz me doesse, descobri que a Mebocaína pode mesmo ser a nossa melhor amiga.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Planos de finde


Já está marcado! Fim-de-semana em Aveiro, em Novembro, no Aveiro Rossio Hostel. É tão giro!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

No próximo finde...


... estou numa de ir aqui!

Casa das Histórias, da Paula Rego, em Cascais.
Entrada gratuita, todos os dias, das 10h às 22h.

domingo, 11 de outubro de 2009

Banda sonora de Domingo #5



Seu Jorge - Mina do Condomínio

Porque gostava de ter ouvido o Seu Jorge a cantar para mim na sexta-feira. Mas não ouvi, porque o meu pai fazia anos. E uma pessoa tem que saber estabelecer prioridades. Mas volte depressinha, viu Seu Jorge?

Krump it.


Não sou nenhum talento, mas adoro dança. Sobretudo tudo o que esteja intimamente relacionado com hiphop. Por isso, quando me perguntaram se queria ir fazer um workshop de Krump por apenas 5 euros não hesitei em dizer que sim, apesar de não conhecer bem em que consistia este estilo de dança urbana. Já tinha visto uns vídeos e lido alguns artigos, mas confesso que o krumping ainda não me tinha seduzido à primeira vista.
É claro que o que aprendi numa hora e meia de workshop foram apenas os passos mais básicos, mas o suficiente para já me sentir mais conquistada pela intensidade de movimentos do krump. Adorei e confesso que gostava de aprender mais.

De acordo com a Wikipédia, a palavra Krump é um acrónimo para Kingdom Radically Uplifted Mighty Praise. Esta dança urbana apareceu por volta de 1990 em Los Angeles, na Califórnia. Apesar das grandes semelhanças, o que diferencia o krump do hiphop é o facto de ser maioritariamente dançado em freestyle e raramente coreografado. Geralmente é apresentado em competições ou battles.
O clowning é o seu precedente e a sua vertente menos violenta criada por um ex-traficante de droga Thomas Johson, mais conhecido por Tommy The Clown. Tommy e os seus dançarinos (os HipHop Clowns) costumavam pintar as caras e dançavam em festas de crianças e outros eventos como forma de entretenimento. O krumping consiste em movimentos extremamente energéticos, intensos, rápidos, mas precisos. No entanto, apesar de incluir contacto físico entre os dançarinos e movimentos agressivos que lembram lutas reais, a sua filosofia é a de não incitar à violência propriamente dita.  E todos são aceites no krumping, independentemente do sexo, cor ou constituição física. Os jovens que começaram a aderir a esta dança viam nela uma forma de fugirem aos problemas dos bairros norte-americanos como as pressões dos gangues, drogas e outras influências negativas. Muitos comparam a intensidade do krumping com aquilo que os fãs de rock sentem num mosh pit.
O estilo tornou-se muito mais conhecido com o lançamento do documentário «Rize», de autoria de David LaChapelle, em 2005, no Sundance Film Festival. La Chapelle teve o primeiro contacto com o krumping quando dirigiu a produção do videoclip «Dirrty» da Christina Aguilera. «What Nirvana was to rock-and-roll in early '90s is what these kids are to hip-hop. It's the alternative to the bling-bling, tie-in-with-a-designer corporate hip-hop thing», disse o fotógrafo.
O krumping já apareceu em vários videoclips, tais como o «Hung Up» da Madonna, o «I'm Really Hot» da Missy Elliott, o «Hey Mama» dos Black Eyed Peas e o «Galvanize» dos Chemical brothers. É ainda a estrela do filme «Bring It On: All or Nothing».
«If movement were words, krumping would be a poetry slam.» (Taisha Paggett, Dance Magazine, 2004)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Parabéns.




Só para dizer que gosto muito do meu pai.

(E parabéns ao meu cão que também faz anos hoje)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Nosolo Itália, em Belém


Numa noite quente de Setembro fui apresentada ao Nosolo Itália, em Belém, por uma grande amiga minha. Mesmo à beira-rio, encostadinho ao Padrão dos Descobrimentos. Acho que fiquei fã. Não das pizzas ou massas - que não provei - mas dos crepes com gelado. São óptimos!
Gostei tanto que voltei lá este fim-de-semana... Em jeito de comemoração, um crepe para dois, com três bolas de gelado (manga, baunilha e stracciatella) e topping de chocolate... E mais virão, tenho a certeza.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Às vezes...


... gosto de me sentir turista na minha própria cidade.

Vista cansada.



Parece que as horas a fio passadas em frente ao computador começaram a ter os esperados efeitos nocivos nos meus ricos olhinhos. Dores de cabeça e alguma dificuldade em focar no final do dia começaram a preocupar-me. E se há coisa que eu prezo e que gostava de manter é uma boa visão. Por isso, hoje lá fui fazer um exame de optometria para ver exactamente o que se passava.
Felizmente não era nada de preocupante, apenas vista cansada. Lá me recomendaram uns óculos com uma graduação fraquinha para deixar os olhos descansar um bocado, seja em frente ao computador, televisão, cinema, a ler ou a conduzir à noite.
Enquanto escolhia o modelo que iria passar  a usar lembrei-me de como em míúda ficava horrorizada perante a ideia de algum dia ter que usar óculos. Ainda tive o azar de ter que usar aparelho nos dentes e só isso foi trauma suficiente na minha adolescência.
Mas até gostei de escolher os óculos e de me ver com eles (fico tão espantosamente intelectual)... Talvez porque não são de uso obrigatório durante 24 horas por dia.

domingo, 4 de outubro de 2009

Banda sonora de Domingo #4



Nada melhor do que esta música para celebrar um fim-de-semana prolongado.
Calvin Harris - Ready for the Weekend (2009)