quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

vou dar o grito, II.

Ainda sou demasiado nova para estagnar. Para ver a minha auto-estima a ser lapidada dia após dia. Para achar que não há saída. Tenho a certeza que sou uma pessoa competente, que sou inteligente, sei que gosto de trabalhar e que não conseguiria estar bem comigo sem me sentir útil. Mas também sei que não gosto de trabalhar aqui, como já estou farta de escrever nos últimos meses. Por um lado, as oportunidades falharam-me; por outro, faltou-me uma coragem firme. Mas sei que já não acredito em nada do que estou aqui a fazer, sobretudo por ainda lidar com uma chefia mal-educada e com pouca visão. Sei que já não tiro prazer nenhum de nada disto. Nem conhecimento, nem experiência, nem valor. Isto é um vão de escada e o que eu quero é continuar a subir. Preciso de gostar daquilo que faço, o meu trabalho tem que ser parte da minha vida. Há quem consiga desligar, blindar-se dos pés à cabeça, separar as coisinhas todas, mas (e isto será uma grande incongruência com o título do meu blog) eu não consigo pôr isto por partes. A minha vida pessoal está a ser afectada, bem como o meu mestrado que custa os olhos da cara e merecia mais concentração e dedicação. Tive que pesar tudo na balança. E já aguentei muito tempo. 

Para mim chega de adormecer todas as noites com um nó no estômago, de acordar todos os dias (depois de meia hora a pensar simular uma doença qualquer) e pensar "foda-se, lá vou eu". Tenho que me resgatar, é uma questão de sobrevivência. O meu mísero ordenado pode pagar roupas, jantares, copos e viagens (que é tudo o que uma miúda da minha idade pode querer), mas não me chega. Preciso daquela motivação, da alegria de trabalhar. E sem dúvida que o mísero ordenado também não paga a minha saúde mental. Por isso, tomei a decisão que mais me te assustado. Vou enfrentar o medo do desconhecido, do desemprego (sem subsídio, convém frisar antes que alguém se lembre de dizer que vou ser mais uma daquelas encostadas à boa sombra da bananeira), da concorrência. Sei que saio daqui com experiência que antes não tinha, até porque isto teve os seus bons momentos. Mas há mais vida além disto. Tem de haver. E eu tenho que ir procurá-la e agarrá-la.

vou dar o grito.

Cada um tem o seu limite. E eu acho que cheguei ao meu.

e nunca mais chega a primavera.

Gosto muito da linha Candy da colecção de Primavera/Verão 2011 da Furla. Apesar de ter uns mixed feelings em relação a malas com transparência, estou a adorar as cores destas (devem ser as saudades do Verão). Quero uma em salmão, verde ou amarelo. São só 179 eurinhos. E, mesmo a calhar, faço anos em Junho!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ainda no outro dia brincávamos com o navio dos Playmobil...

... e agora vais-me de malas aviadas para a Holanda. Tão crescida, pá. E agora quem me vai fazer companhia nos jantares de sexta-feira na churrasqueira nos próximos meses? E quem é que vai falar comigo horas e horas sem se calar? Já agora, obrigada por me emprestares o livro do Murilo Carvalho, vou tentar lê-lo até voltares. Ou até ir lá visitar-te (tens uma caminha p'ra mim, não tens?)!

hoje é o dia...

... apesar de eu achar que tem sido o mês inteiro.

Quanto ao 20 de Junho: acredito que seja o dia mais feliz, sobretudo porque vem a seguir ao meu aniversário (e eu prefiro o day after).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

e o dia de ontem...

... que já tinha sido tão bom (ironia, ironia) só podia ter terminado com uma paragem de digestão. Voilá!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

é demasiado material para não comentar.

«Queridas amigas e amigos,

É com muita alegria e felicidade, que partilhamos este momento tão ansiado e esperado por nós e por tantos de vocês (de nós?! quem?!) há tanto tempo. A nossa princesa quis fazer-nos uma surpresa no dia da Nossa Senhora de Fátima (pronto, a parolice vem sempre à tona), dia em que também casamos, dia 13.
Nasceu a 13 de Janeiro de 2011, com 2.920kg e 48cm. É uma linda princesinha com o nome de LYONCE VIIKTÓRYA (seriously?! é possível registar isto em Portugal? cada vez que leio este nome tenho um ataque de riso!). Lyonce da fusão de Luciana e Yannick (mentirosa, é Luciana e Beyoncé, onde é que está Yannick nesta história?) e Viiktórya (porquê dois i's e um y?) pelo nosso amor ter triunfado e ter vencido todos os obstáculos e má lingua de tanta gente (tipo..eu?), principalmente daqueles que até hoje só apareceram na nossa sombra (o Yannick já é, de si, uma sombra), graças à nossa luz (ahn?) e por sermos fuguras públicas tão mediáticas (LOL <-). Deus é grande e justo (e toca de castigar a criança?). Estamos a escrever este Diário junto da nossa princesinha que está embalada no sono (se ela soubesse o que a vida lhe reservou, nem dormia). Agora já não somos 2 em 1 mas sim 3 em 1 (oh, bonito). E como é de costume em grandes acontecimentos, nós vamos partilhar com vocês o momento único e maravilhoso de trazer a nossa filha ao mundo (me-do!). Vocês já sabem que ele é vosso fã e adora fazer o Diário comigo (imagino!, deve ser para não te ouvir) e escrevê-lo também (escrever?! ahahah). Antes disso queremos apenas agradecer do fundo do coração ao Hospital dos Lusíadas que foi incansável connosco. (...)
Queremos agradecer-vos também por todas as mensagens, comentários e e-mails, que nos têm chegado constantemente, de carinho e felicidade pelo nosso momento e chegada tão desejada da princesa Lyonce Viiktórya (e ninguém vos manda um e-mail a defender o direito da criança a ter nome de gente?). E por fim, o agradecimento mais especial de todos, à nossa fada dos bebés (fada dos bebés?! foooooooooda-se!), a Dra. Maria João Garcia. (...) Sem ela, nada teria sido tão especial, tão perfeito, nem com a máxima felicidade que ambos conseguimos sentir. Graças à Dra. Maria João Garcia, eu pude cortar o cordão umbilical da minha filha e o Yannick pôde ajudar no parto. (...) Temos tudo registado com fotografias e vamos poder um dia partilhar com vocês (não, por favor, não).
A vovó Bia, também assistiu ao parto. Foi a maior alegria que eu lhe podia ter dado. Andava com os braços para cima e só dizia: «Obrigada meu Deus, obrigada meu Deus, obrigada meu Deus» (nesta altura ainda não lhe tinham dito qual seria o nome da neta). E numa foto, ela está a fazer força comigo, parece que ela é que vai ter o bebé (ou então eram gases. dos nervos.). É a avó mais babada do mundo pela sua Floribella (ainda estamos no registo Floribella?) pequenina. A titi Luisa, ficou a ouvir o primeiro choro da sobrinha. Quando a viu pela primeira vez ficou em choque (deve ter ficado pior quando soube o nome!), não sabia se pegava nela se tirava fotos primeiro (fotos por favor, alguém tem que actualizar o site da Lucy!).
Agora nós (ainda não tinham sido?)...

Lucy: Sentir a minha filha nascer e ver o Yannick com a menina (A MENINA! mais parolice.) nas mãos, foi o momento mais lindo da minha vida. Ouvir o choro dela e sentir o quentinho do corpinho dela no meu peito, foi a melhor coisa que me poderia ter acontecido no mundo. Depois de tantos meses com ela dentro de mim, tê-la libertado (podias ter escolhido outro verbo, oh Lucy) para o mundo, ao cortar o cordão umbilical, foi uma sensação única e indescritível. Foi o momento mais lindo da minha vida. É perfeitinha e cheia de saúde. É a filha com que sempre sonhei. A luz dos meus olhos e será para sempre o meu reflexo (lamento.).

Yannick: Foi a sensação mais linda (?) que senti em toda a minha vida. Foi tudo tão mágico e perfeito que até hoje não tenho palavras para descrever tudo o que senti (pudera. foi tipo... ontem?). Foi a surpresa mais linda (surpresa? o que pensavas que estava lá dentro? notas de 10 euros?) que me podiam ter proporcionado. A minha princesa sempre me disse que não queria que eu fosse assistir ao parto e a 2 horas antes do parto ela disse-me que eu ia ajudar (ah, foi essa a surpresa!) a tirar a nossa princesinha de dentro dela (ooooh, que imagem tão boa.). Eu quase não queria acreditar e fiquei tão feliz que nem cabia em mim (e a Lucy já não cabia nos vestidos). Quando chegou o verdadeiro momento estava tão nervoso como nunca estive. Nem sabia como havia de estar. Foi o momento mais mágico que já vivi em toda a minha vida (portanto, 'bora lá cagar no Christian Martim). Foi tudo muito especial. Somos a familia mais feliz do mundo.

Amigas e amigos, um dia a princesinha Lyonce Viiktórya, também vos vai poder dar umas palavrinhas (porra, vai tudo ter um Diário?) mas até lá os papás é que vão dando notícias (quando ela começar a dar na coca, avisem.).
Mais uma vez obrigada por todo o carinho. Fiquem com Deus (e que Deus esteja com a Lyonce quando também ela der uso a um saca-rolhas).

Beijinhos da família Abreu Djaló. (calma: Lyonce Viiktória Abreu Djaló? COITADINHA, vai ser tão gozada na escola!)»

Agora eu: Amigos e amigas, se Deus existe, fará com que o senhor da Conservatória do Registo Civil não deixe que estas duas alminhas registem uma criança como Leyonce Viiktórya. Rezem, minha gente, rezem! Ninguém merece. (a propósito, já viram a lista de nomes permitidos no Registo Civil? é de morrer!)

uma única razão para rir hoje.

Afinal não era Lucyanni. É Leyonce Viiktórya.
Primeiro, os pássaros mortos. Agora isto. É o Apocalipse.

eu.

Destroçada.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

devia morrer-se de outra maneira.

Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimónia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pólen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de Outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...

(José Gomes Ferreira)

Adoro especialmente a parte do "traje de passeio".

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Golden Globes Outfits: Dislikes.

Christina Aguilera: Não consegue separar-se do look Burlesque.
E é um burlesque que lhe assenta mal, mal, mal. Podias fazer tão melhor, Christina.

Gabourey Sidibe: Será que a Gabourey esteve em Portugal?
É que parece mesmo um vestidinho de praia comprado na Costa da Caparica.

Halle Berry: Estes vestidos curtos com cauda nunca
me convencem.

Jane Krakowski: Ai, não. A racha combinada
com a barriga de grávida: Me not like it.

Jennifer Lopez: Tremendo potencial totalmente desperdiçado.
Esta mulher não sabe escolher vestidos. Aquele véu por cima dos ombros...

Jennifer Love-Hewitt: Não dá. Tem uma parola dentro dela.

Julia Stiles: Hello, Black Widow.

Tilda Swinton: Esta mulher dá-me arrepios e pesadelos.
E ainda por cima veste-se desta forma. Chiça.

Tina Fey: Não gosto nada do vestido. Nada, nada.

Nicole Kidman: Morta.
Helena Bonham-Carter: É um mix de like e dislike. É que ela faz
isto tão de propósito que é impossível não lhe achar piada. E é
das minhas actrizes preferidas, por isso tem o meu perdão.

Nota: Pela primeira vez, não ponho a Kelly Osbourne num ranking de Dislikes. Não estava linda de morrer (é um tremendo desafio), mas estava bastante aceitável, tendo em conta aquilo que costumam ser os seus outfits. Surpreendeu-me!

Golden Globes Outfits: Likes.

Eva Longoria: Já a vi melhor, gostava mais se o vestido
tivesse uns centímetros a menos, mas estava elegante na mesma.

Catherine Zeta-Jones: Gosto do vestido, sobretudo da cor.

Olivia Wilde: Adoro. O vestido, o corte de cabelo...
Sem dúvida, a mais bonita da noite.

Leighton Meester: Simples e giro. Só mudava a mala, não
gosto daquela franjinha de cortinado.
Sandra Bullock: Está com um ar um bocado apagadinho, mas
até gosto do vestido.

Lea Michelle: Eu que nem sou muito fã de vestidos com caudas muito compridas,
fiquei bastante agradada com este. Não sei se é pela cor, mas acho um amor.

monday, again.


"And once the storm is over you won't remember how you made it through, how you managed to survive. You won't even be sure, in fact, whether the storm is really over. But one thing is certain. When you come out of the storm you won't be the same person who walked in. That's what this storm's all about."

(Haruki Murakami, "Kafka On The Shore". Um dos meus livros preferidos. Roubado
daqui.)

domingo, 16 de janeiro de 2011

O Turista.

Por favor, não está assim tão mau como andavam a dizer. Não é o filme do ano, mas até gostei, está girinho, vê-se bem. E também não achei que a Angelina estivesse esquelética como diziam, estava bem pior no "A Troca". Achei-a linda e elegante como sempre (é tudo uma cambada de invejosas, Jolie!), apesar de sentir que já teve papéis bem melhores (ando com saudades de ver o "Girl Interrupted", por acaso). Só o Johnny é que me deixou um bocado mais entristecida. Já o vi mais bonito/novo. Talvez seja daquele cabelinho meio saloio (não nos podemos esquecer que ele era um professor do Wiscosin, right?). Mas continua charmoso, com ou sem pés de galinha. Não ponham "O Turista" no topo da vossa "must see list", mas também não deixem de ver... Dá para duas horinhas bem passadas.

emoção vezes dois.

O Bettencourt demitiu-se. Haja, finalmente, bom senso.

sábado, 15 de janeiro de 2011

emoção.

100 seguidores! Não sei muito bem para que serve, mas acho espectacular. Merci.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

mas é que nem pensar!

Mudar de signo? Passar de Gémeos a Touro? Caramba, eu não tenho NADA a ver com Touro. Gémeos é a minha cara e não vai ser por dois dias que vou mudar de signo.

(no fundo, eu nem sou muito crente nestas coisas, mas isto é como o clube de futebol: não se muda!)

nasceu!

Luciana Abreu e Yannick Djaló já são pais!
Nome da criança? (rufar de tambores): Lucyanni! (aplausos)

almost grown.


"We all want to grow up. We're desperate to get there. Grab all the opportunities we can to live. We're so busy trying to get out of that mess, we don't think about the fact that it's going to be cold out there. Really freaking cold. Because growing up sometimes means leaving people behind. And by the time we stand on our own two feet, we're standing there alone."

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

thanks, life.

Se há um ano e meio atrás me tivessem dito que eu hoje estaria num estado de desmotivação total, eu não acreditaria. Mas todas as expectativas foram pelo cano abaixo. Ultimamente, piorou. Desde Dezembro que os meus dias são uma tentativa de preencher tempo com coisas que não me dão prazer nenhum. E nada daquilo que tento alcançar parece concretizar-se. Tudo se esfuma, tudo se arrasta, tudo leva tempo demais a acontecer. Alimentam-se as vontades para depois espezinhá-las. São meses disto e estou cansada. Começo a duvidar. Começo a ter preguiça. De ler, de sair, de ir ao ginásio, de comer, de conversar. Mas, se não fosse por essas pequenas coisas, não sei o que seria de mim. É que até já tenho preguiça de me lamentar. Mesmo que seja só para mim mesma.

nos dias que correm.

Como é que uma empresa pode dizer-se "jovem" quando nem sequer tem um website?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

isn't it strange how we change?


A minha música desta semana. Oh Dave, you always speak right to my heart.

Jamaica?


Pessoas desta blogoesfera, alguém já foi à Jamaica? Se sim, recomendam este destino ou aconselham outro? Qual a melhor agência para reservar? Qual o melhor hotel? Qual a melhor altura para ir? O que é que se pode fazer e o que é que se deve ver na Jamaica? Além de tudo o que está relacionado com o Bob Marley. Já agora, o que é que escolhiam: Jamaica, Brasil ou México?

obrigada, FNAC online.

Chegou a minha Moleskine 2011, finally.

domingo, 9 de janeiro de 2011

fame is morally neutral.

O Carlos Castro nunca foi uma pessoa que eu admirasse. Nunca me cruzei com ele em trabalho, nem sequer lia qualquer crónica que ele escrevesse nas revistas cor-de-rosa. Sei que tinha por hábito falar mal das pessoas, mas quem nunca pecou que atire a primeira pedra, certo? Pelo menos fazia-o publicamente. Nesta história macabra e hollywoodesca que tem marcado os últimos dias, acho que pouco importa se ele era boa ou má pessoa, se era homo ou heterossexual... Ninguém merece ser assassinado desta forma tão brutal (ok, há quem mereça, mas são pessoas que fazem coisas mil vezes mais horripilantes), por muito que a morte dele, de facto, me passe ao lado.

O Carlos Castro dormia com um miúdo de 21 anos? Dormia sim senhor. E como ele devem ter existido outros. Mas o menino era ingénuo? Aparentemente não. Aparentemente procurou o jornalista através das redes sociais, após ter sido um dos finalistas do concurso de modelos "À Procura de Um Sonho", porque queria conhecê-lo e queria uma oportunidade para subir na vida. Pelo que dizem os amigos de Carlos Castro, este apaixonou-se pelo rapaz quase que à primeira vista. É possível? Apesar de ele ter 65 anos, até poderia ser. Caramba, eu apaixonar-me-ia pelo Renato Seabra! Que corpaço, valha-me nossa. Adiante. Pelos vistos o rapaz mandava mensagens a Carlos Castro, dizendo que o amava e que nunca o deixaria. Nos últimos 6 meses, além de receber caros presentes, já teria viajado com ele para Madrid e Londres, logo Nova Iorque não terá sido a primeira vez que dormiram no mesmo quarto, certo? Por muito ingénuo que fosse, depois de conviver um dia com CC e seus amigos, dava para perceber onde se estava a meter, não? Aos pais nunca falou da suposta relação, disse simplesmente que ia para um desfile de moda. Ter-se-á arrependido, visto que afinal de contas era heterossexual? Ou estaria com pressa para que o cronista cor-de-rosa lhe arranjasse um trabalho na televisão? Foi um crime passional? Ou estaria só com uma bad trip de uma droga qualquer? Alguma coisa terá despoletado o conflito entre os dois.

Agora, o que me tem irritado são os comentários absurdos que se vê por esses jornais online e redes sociais. Como é que as pessoas se conseguem congratular por um ser humano ter sido brutalmente assassinado e mutilado? Como é que conseguem acreditar que ser homossexual é justificativo para merecer um fim destes? Era, no fundo, um ser humano, bolas. Tudo bem que são 45 anos de diferença e que ele provavelmente percebia que era a sua fama e contactos no mundo do espectáculo que lhe valiam a atenção do miúdo e aproveitou-se disso (ou forçou-se a acreditar que o miúdo poderia gostar mesmo dele). Mas caramba, será que o Renato Seabra também era assim tão ingénuo que só ao fim de 6 meses resolveu sentir-se abusado? Não acredito que um velho de 65 anos tivesse força para obrigar um homem de 21, jogador de basquetebol, a fazer o que quer que fosse. Mas claro que deve ter acontecido algo de muito desesperante para que o modelo decidisse assassinar um homem, arriscando-se a ser preso e, sabe-se agora, a ser condenado a prisão perpétua nos EUA, sem hipótese de extradição (basicamente, a arruinar a vida toda). A castração pode ser indicadora de que o crime teve a ver com algo do foro sexual, portanto eu aponto para o arrependimento de se ter que fazer passar por gay sem ver grandes frutos desse sacrifício. A meu ver, nenhum deles está isento de culpa. O Renato aproximou-se e vendeu-se a troco da fama, o Carlos Castro não disse que não a um miúdo com idade para ser seu neto e, mesmo conhecendo-o há pouco tempo, cego de paixão/desejo, carregava-o para todo o lado. De qualquer das formas, não fico contente pelo destino que calhou aos dois. Este não é um mundo melhor por um homossexual ter morrido. Este é um mundo cada vez pior, por tanta gente ainda achar que o homicídio é a solução de todos os males.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

in the mood for some Radiohead.


"I'm not living, I'm just killing time. Your tiny hands.Your crazy kitten smile. Just don't leave. Don't leave. And true love waits in haunted attics. And true love lives on lollipops and crisps. Just don't leave..."

Nunca mais é sábado.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

a cura para os dias tristes.

Hoje chegou-me às mãos, directamente de Nova Iorque, um saco cheio de M&M's, incluíndo aqueles óptimos com manteiga de amendoim por dentro que não existem cá. Assim não há querido Holmes que me salve. Mas não me estou a queixar.

baby steps.

Há dias mais fáceis que outros.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

e às 17h00 fui embora.

Hoje ninguém apareceu. Uns foram trabalhar para o Norte, outros ficaram em casa por causa das obras no escritório e outros estão em casa doentes com aquelas gripes horrorosas. Por isso, calhou-me ficar o dia todo sozinha com os homens das obras, no meio da desarrumação, a ouvir aquela melodia tão agradável do berbequim. E o toque de telemóvel da Shakira que um deles tinha (para mim a música do Mundial 2010 passou a ser sinónimo de tinta de areia, pladour, estuqueberbequins e sujidade). Depois ainda apareceu o senhorio e o senhor da Prosegur para tratar do alarme e eu pensei que tudo isto podia dar um óptimo enredo de um filme pornográfico de qualidade duvidosa. Melhor ainda foi não poder usar o meu computador, ou seja, passei o dia a fazer muito pouco (o pouco que podia).
Lá me valeram os meus três amigos giros que, pelas 14h00 (eu = esfomeada), me levaram a almoçar no La Paparrucha. Uma pessoa sempre se anima com a(s) vista(s).

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

regresso às aulas.

E o terceiro ciclo começa logo com Finanças. Quem mais está em pânico?

self-esteem boost.

Hoje fartei-me de ouvir elogios. O vestido combinado funciona mesmo.

esta noite quase matei a minha família (de susto, pelo menos).

Deixei a cafeteira do chá ao lume, não sei bem como nem porquê. Tenho o hábito de beber uma caneca de chá todas as noites, antes de ir para a cama. Revejo todos os meus passos e não sei como consegui deixar o lume aceso, mesmo depois de já ter deitado o chá na caneca. Mas foi o que aconteceu e a minha mãe, que estava na cozinha comigo à conversa, também não reparou. Fomos ver um filme e adormecemos tranquilamente. A cafeteira esteve ao lume durante mais de 6 horas e a sorte é que era feita de um material mais resistente, senão tinha mesmo pegado fogo. Acordei às 6h30, mais cedo do que o costume porque queria ir ao ginásio, e estava super enjoada, tudo me cheirava a plástico queimado. Pudera, a cafeteira já estava a ficar negra, as folhas do chá tinham-se transformado em cinza e o passador (que ficou lá dentro) derreteu quase por completo. Se tivéssemos acordado uma hora mais tarde, como é habitual, se calhar já estávamos lixados com um grande F.

O meu cão, para variar, deu novamente provas da sua inutilidade enquanto cão de guarda... Não é suposto eles sentirem o perigo e começarem a ladrar que nem uns desvairados? Para a próxima peço um Pastor Alemão. Pfff.

saldos.

O casaco em azul escuro, como na foto, e o vestido combinado em preto e branco. Tudo na Zara. Mais uma camisola da Desigual e roupa interior da Intimissimi. E para mim já chega de saldos. Quero colecções Primavera-Verão, isso sim!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

diz que é da humidade.

O tecto do nosso piso de baixo desabou. Ai, mas que chatice (inserir ironia).

mais uma alegria de 2011.

Gasolina a €1.50, na BP e na Galp. Brincamos, meus senhores, brincamos.

da bestinha #2.

Começo a ficar farta de saber que ela me trata como "a outra" quando eu não estou. Acho que da próxima vez vou ter que intervir, nem que seja no dia em que me despedir (já não faltará muito, so help me God, mas nem quero falar muito disso para não dar azar). Cínica de merda, é bem feita que hoje esteja a cuspir os pulmões em casa.

e em 2011, o inesperado.

"Vou mudar de sexo." (José Castelo Branco, na Flash)

sábado, 1 de janeiro de 2011

primeiras impressões de 2011.

O vinho dá uma ressaca fulminante, principalmente quando combinado com uns quantos shots de tequilla.
Os colchões insufláveis não são muito confortáveis.
Empadão frio às cinco da manhã pode saber a lagosta.
Para a próxima, não decidir ir fazer xixi antes da meia-noite, pensando que ainda dá tempo (felizmente, alguém deu pela minha falta e foi lá buscar-me).
Não bebi champanhe, não comi passas, não usei roupa interior azul e não saltei para cima de cadeiras. Mas também não será nada de grave, certo?
Os meus novos sapatos Aldo foram um bom investimento.
Vou pintar as unhas de azul muito mais vezes.
Adoro as minhas pessoas.