quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

querido Pai Natal.

Porque o Natal é uma época de tradições e as minhas listas de pedidos no blog também já são uma tradição, aqui vai a edição Christmas Wishlist 2013!

Agradeço muito o novo álbum do John Legend para o meu carro.
Já tinha dito, mas volto a reforçar que gosto muito deste relógio da Swatch.
"O Quinto Filho", da Doris Lessing. À venda na Wook e na Bertrand. 
Livros da Guerra dos Tronos. Já li os cinco primeiros, preciso do seis, do sete e do oito. 

Também gosto deste da Swatch.
Pulseiras novas para o meu relógio Watx & Colors. Já tenho a rosa e a verde água. O resto fica ao critério de quem me quiser presentear com uma. 

Para a minha casa nova, esta prateleira Batman da Fahmi Sani of Fiction Furniture. É caríssima, eu sei, mas não custa sonhar. Ou pode ser que apareça alguém com jeito para a carpintaria que me faça uma semelhante.
Este casaco bem rosa e bem bonito da Zara. Adoro!
Um bilhete para eu ir ver o Justin Timberlake no Rock in Rio.

Preciso ainda de uma carteira em pele e uns ténis novos, roupa nova de desporto (tops e calças, essencialmente) e nunca digo que não a um bom creme para o corpo, gorros e cachecóis, colares e anéis, bons livros (ver a Wishlist 2012 pois são quase os mesmos, excepto True Blood, Murakami e Game of Thrones) e molduras com fotografias (também já a pensar na casa nova). Quem se quiser chegar à frente com um iPad ou uma viagem, também está à vontade. 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

um simpático guia para Budapeste.

Gostei muito de Budapeste, mesmo. A viagem foi marcada um bocado out of the blue e confesso que não tinha grandes expectativas, mas comprei um guia e fiz muita pesquisa na net para me preparar e saber onde ir. Ainda assim, a cidade surpreendeu-me pela positiva, meio decadente mas majestosa e muito rica em história. Os húngaros não são o povo mais caloroso do mundo, mas, aqui e ali, já encontramos serviços prestáveis e totalmente virados para agradar o turista. Apesar de já fazer parte da UE, a Hungria ainda não aderiu à moeda europeia, mas em alguns locais aceitam tanto forins húngaros como euros, e o nível de vida ainda é relativamente barato (aproveitar enquanto dura!). Além disso, quase todos os locais turísticos têm desconto para quem apresente cartão de estudante. Aproveitando o facto de querer escrever sobre a viagem, decidi deixar aqui um pequeno guia para quem possa estar interessado em visitar a capital húngara, contado na primeira pessoa.

ARREDORES DO PARLAMENTO (PESTE)

O primeiro percurso que fizemos foi dos arredores do Parlamento Húngaro. Estava em obras porque, segundo eles, as eleições parlamentares acontecem em 2014. No entanto, uma amiga húngara disse-me que, regra geral, o Parlamento e arredores estão sempre em obras e que há vários anos que não se consegue tirar uma foto do edifício sem gruas à volta. Mas é obrigatório visitar o edifício por dentro, é mesmo muito bonito. Os bilhetes podem ser comprados no próprio dia (correndo o risco de poder não haver vaga para as visitas guiadas em inglês - que vale a pena fazer) ou pela internet e a visita só pode mesmo ser feita com guia (o que é óptimo).


De seguida, a Basílica de Santo Estevão. Fica a apenas 10 ou 15 minutos a pé desde o Parlamento. É um dos edifícios mais altos de Budapeste e a maior igreja da Hungria. Podemos subir à cúpula (usando o elevador ou subindo uns 364 degraus - nós fomos de elevador, claro) para termos uma vista panorâmica da cidade. Por acaso não chegámos a reparar nisto, mas, de acordo com os guias, na capela atrás do santuário, conserva-se uma relíquia importante: a múmia do rei Estêvão I, primeiro regente da Hungria e fundador da igreja húngara.


À tarde, aproveitámos para visitar a House of Terror (Rua Andrássy nº60, seguir na linha de metro até Vorosmarty utca), antiga sede da polícia Nazi, durante a ocupação alemã, e da AVO, a polícia secreta comunista que ocupou o edifício de 1945 a 1956. Nesse edifício, pessoas que não agradavam a ambos os regimes foram enclausuradas, torturadas e assassinadas, daí que se tenha transformado num museu que mostra os horrores do regime nazi e soviético. É um museu muito rico em material audiovisual e peças recuperadas da altura (fatos, livros, óculos, cartas, armas, mobiliário, etc) e podemos ainda visitar, na cave, as celas e as máquinas de tortura utilizadas. A única falha que encontrei foi o facto de muitas coisas só estarem legendadas em húngaro, limitando muito a nossa leitura das histórias. 

Como anoitece às 16h30, depois da visita ao museu, a melhor opção foi mesmo seguir na linha de metro até Oktogon e ficar na Praça Jokai para tomar um copo numa simpática esplanada com aquecedores. Bebemos uma cerveja e comemos umas bruschettas no Café Vian antes de ir jantar. Nessa mesma praça, podem optar por jantar no Menza, um restaurante simpático e com boa comida. Convém ir cedo porque, segundo nos pareceu, é bastante popular.  Depois do jantar, um pouco mais distante dali, uma boa opção para tomar um copo e ouvir música é o Szimpla Kert (vão porque é mesmo muito giro!). Para quem ainda quer aproveitar mais a noite, sugeriram-nos uma discoteca chamada Hello Baby, na Rua Andrássy (o edifício é bem bonito por fora, pelo menos), mas onde não fomos, porque as estas longas caminhadas diárias a pé acabam com qualquer um.

SZÉCHENYI e ÓPERA NACIONAL (PESTE)

No segundo dia, a manhã foi passada nos
Banhos Széchenyi que, de acordo com a maioria, são os melhores banhos termais de Budapeste. Para chegar lá, é seguir na linha de metro 1 (a mais antiga da Europa Ocidental, by the way) até ao final. À volta, temos um enorme jardim, uma espécie de Feira Popular e um Jardim Zoológico.



Os banhos são realmente extraordinários. O palácio é enorme e todas as salas têm banheiras de água a diferentes temperaturas e com diferentes propriedades (algumas cheiram a enxofre, mas sabe lindamente). No exterior, piscinas enormes de água a 38 graus fazem-nos mergulhar imediatamente para escapar aos 10 graus cá fora. O clima de relaxamento é tal que os reformados passam aí a manhã a jogar xadrez dentro da piscina (sim, a piscina tem mesas de xadrez lá dentro). Também podemos procurar serviços de massagem, alguns mais baratos que outros.

Depois dos banhos, regressámos a Oktogon, onde almoçamos no Oktogon Bizstro, um restaurante com um buffet a um preço muito muito simpático (cerca de 4 euros) e com uma grande variedade de pratos. Foi, aliás, o sítio onde comemos mais vezes. No entanto, para quem tiver tempo, valerá a pena visitar a Praça dos Heróis ou o Castelo Vajdahunyad ainda nos arredores de Széchenyi. 


À noite, arranjámo-nos para ir à Ópera, novamente na Rua Andrássy (é a rua principal de Budapeste). Tínhamos comprado o bilhete no dia anterior, quando voltávamos da House of Terror e ficou-nos por 5 euros. Há espectáculos quase todos os dias e vale mais a pena comprar o bilhete para o espectáculo do que comprar uma visita guiada do edifício (é mais caro). A ópera - The Rape of Lucrecia - era em inglês, mas rapidamente percebi que, quando as pessoas estão a cantar ópera, pouco interessa a língua em que o fazem, porque se percebe muito pouco. Mais vale ficarmos atentos aos actores em palco (e lermos a história algures antes de ir). No final do espectáculo, jantámos num restaurante chamado Cantine, bem pequenino mas com um serviço simpático.  

BAIRRO DO CASTELO E BUDA NORTE

No terceiro dia (ou melhor, quarto, porque no primeiro dia não fizemos nada senão descansar) pareceu-nos bem atravessarmos a Ponte das Correntes a pé até Buda e visitarmos o Bairro do Castelo. A subida pode ser feita pelo funicular, que se encontra logo à saída da ponte (mas é caro e pode ter filas enormes) ou a pé, que foi o que fizemos e aproveitámos a subida para tirar boas fotos da paisagem. No Palácio Real funciona a Galeria Nacional Húngara, que não visitámos porque o tempo não era muito (já disse que às 16h30 já é noite?) e pode assistir-se, em certas alturas do dia, ao render da guarda, além de beber o típico vinho quente com especiarias. 


No Bairro do Castelo, visitámos a Igreja de Matias, usada durante muitos anos para a coroação dos reis húngaros, que é belíssima por fora e por dentro. O Bastião dos Pescadores, por trás da igreja, também merece uma visita, pela vista panorâmica que oferece do Danúbio e de Peste. No topo do Bastião, existe um pequeno wine bar com esplanada panorâmica (mas que não é propriamente barato). Neste dia, para aproveitarmos cada minuto, acabámos por fazer sandes em casa e levar para o almoço, por isso não sei sugerir espaços onde almoçar no bairro. 



Durante a tarde, apanhámos o tram 19 (perto do funicular, novamente) até ao Hotel Géllert, onde existem os Banhos Géllert (que não visitámos, mas que, segundo dizem, também são bons, apesar de mais caros). Ao lado do hotel, podemos visitar a Igreja da Gruta, uma capela escavada dentro da colina, originalmente usada pelo santo húngaro Istvan, mais tarde alargada pelos monges paulinos e oficialmente inaugurada em 1926. Durante a ocupação soviética, o líder da ordem Ferenc Vezer foi condenado à morte e os monges foram expulsos ou presos e a capela esteve encerrada durante quase 40 anos. Desde que foi reaberta que continua a funcionar como local de culto para os cristãos e devotos da Nossa Senhora. A entrada nesta igreja é muito barata e tem direito a guia áudio, por isso vale a pena. 

Depois da visita, é atravessar a Ponte da Liberdade para o outro lado novamente e visitar a Váci utca, a rua com mais comércio de Budapeste (encontramos muitas lojas de souvenirs, muitos restaurantes turísticos e as lojas mais conhecidas como Zara, H&M and so on). Normalmente, na saída da ponte, há um mercado tradicional que vale a pena visitar, mas fecha cedo e acabámos por perder a oportunidade.


Nessa noite jantámos naquele que considerei o meu restaurante preferido de toda a visita, o Zéller Bistro. Quando chegámos, o restaurante estava cheio e não tínhamos mesa, mas o staff prontificou-se a tentar arranjar-nos lugares, desde que esperássemos um bocadinho. As reviews que lemos no Trip Advisor eram bastante boas, por isso esperámos - serviram-nos bebidas e deram-nos petiscos durante esse tempo - e valeu a pena. A comida era caseira e muito boa (comi um delicioso risotto de beringela), o atendimento foi sempre simpático e o mais giro de tudo foi que as toalhas de mesa eram na verdade folhas brancas para desenharmos (o copo com lápis de cor estava em cima da mesa). Recomendo este restaurante a todos os que visitarem Budapeste.

BAIRRO JUDAICO (PESTE)


No último dia, tínhamos somente a manhã para aproveitar antes de seguirmos para o aeroporto, por isso fomos até ao Bairro Judaico para visitar a Grande Sinagoga e o seu Museu Judaico (na Dohány utca). Comprem o bilhete com a visita guiada em inglês para conhecerem toda a história deste imponente edifício. À entrada, os homens recebem o tradicional kippah para colocarem na cabeça enquanto estiverem dentro da sinagoga, em sinal de respeito. Bem diferente das sinagogas ortodoxas, esta é enorme e tem uma miscelânea de estilos arquitectónicos e decorativos, porque, segundo o guia, o objectivo seria que todas as pessoas de qualquer religião se sentissem bem neste espaço de culto (de facto, pelo que fui ouvindo e lendo, senti que existe um grande sentimento de tolerância religiosa na Hungria, é algo que faz parte da sua história, excepto quando estiveram dominados por outros povos). Durante as visitas, homens e mulheres entram pela mesma porta e circulam dentro do mesmo espaço; mas durante as cerimónias é diferente: homens em baixo e mulheres nos camarotes. Facto curioso é que esta sinagoga chegou a ser utilizada pela polícia nazi como posto de telecomunicações, porque eles sabiam que as tropas dos Aliados nunca iriam bombardear directamente o bairro judaico. 


Saindo da sinagoga, atravessamos um corredor que nos leva até ao Museu Judaico e ao Memorial das vítimas do Holocausto. Pelo caminho, passamos por um jardim cheio de lápides. No final de 1944, os nazis enclausuraram os judeus neste ghetto até meados de Janeiro de 1945 e vários foram exterminados. No final da guerra foram abertas, neste local, valas comuns para enterrar uma grande quantidade de judeus mortos. Algumas lápides pertencem a pessoas que foram identificadas, outras têm apenas os nomes de judeus que nunca mais foram encontrados. O Regime Soviético nunca patrocinou a reconstrução da Sinagoga, que ficou bastante destruída no final da guerra e só em 1990 é que o governo húngaro, juntamente com alguns patrocinadores, financiaram a sua recuperação e a construção do memorial.

E chegou ao fim. Penso que só nos ficou a faltar a Ilha Margarida, no meio do Danúbio, que é um local de lazer para os habitantes de Budapeste. Se pensam ir à Hungria nos próximos tempos, usem este mini-guia para se inspirarem. Quatro dias serão suficientes para visitar a cidade; se tiverem mais dias de férias, aproveitem para visitar Praga, por exemplo (a N. fez isso). 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

oh céus.

Odeio ter que lidar com os estilhaços da burrice alheia.

Lisbon Film Orchestra.



Já sei que existem há 7 anos, mas acho que só este ano lhes dei a devida atenção. Muito graças ao programa da manhã na Rádio Comercial que os teve a tocar ao vivo e falou sobre o espectáculo. Quando disseram "entre outros êxitos do cinema, vão tocar músicas da Disney", decidi que tinha que ir ouvi-los, até porque o bilhete para os camarotes não era nada caro. E assim foi. O espectáculo junta um pouco de tudo: a música, as vozes, a dança, a comédia. Acho que dispensaria os bailarinos, até porque não senti que fossem nada de especial, mas, de resto, adorei. A orquestra, composta por muitos miúdos, toca lindamente e juro que em certas alturas me cheguei a arrepiar (com a música da Pequena Sereia, do Príncipe do Egipto, dos Piratas das Caraíbas e do 007 - Tomorrow Never Dies, por exemplo). E foi acompanhada pelas vozes do Ricardo Soler, da Anabela, do Henrique Feist e da Lúcia Moniz, tornando tudo muito mais interessante. Se querem um bom programa pré-natalício, não percam a Lisbon Film Orchestra, no Tivoli. O espectáculo, visto que o de ontem foi um sucesso de bilheteira, vai repetir-se esta noite. 

Em relação a Budapeste, ainda há coisas para contar, mas quero fazer um roteiro mais detalhado da minha viagem e, entre trabalho e outros projectos (e vida social, claro), não tenho tido muito tempo. Mas não passa desta semana.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

diário de um pós-operatório V.

Às vezes, quando bebo água ou chá, sai-me uma parte pelo nariz.
Cheguei a pensar que ia ficar defeituosa para a vida, mas pelos vistos é normal isto acontecer nos primeiros tempos. Ao que parece, os canais ainda estão um bocado dilatados, mas vão voltar ao normal. Respirei de alívio. Já andava a imaginar-me num jantar romântico e o rapaz, assustado, dizer-me "estás a sangrar do nariz", ao que eu responderia "nah, é só metade do copo de vinho que bebi". 

domingo, 17 de novembro de 2013

diário de um pós-operatório IV.

Na sexta-feira fui ao médico e tive as melhores notícias: já estou praticamente recuperada (só falta os pontos desaparecerem mesmo). Já posso comer de tudo, desde que mastigado com muito cuidado, e já posso ir voltando às minhas rotinas. Tenho saudades de ir treinar e de comer sushi, por exemplo. Foram duas semanas difíceis, mas já passou. Acabaram-se as amigdalites e agora até a comida me sabe melhor. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

diário de um pós-operatório III.

Sem amígdalas, com menos três quilos e de volta ao trabalho.
Ainda não totalmente recuperada, mas farta da vida caseira.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

diário de um pós-operatório.

O destino estava traçado e, na quinta-feira, as amígdalas foram à vidinha delas. Eu nunca tinha sido operada na vida, por isso estava super nervosa, mas, depois de me espetarem um cateter no pulso, apaguei e não me lembro de mais nada. As horas depois da operação foram um intercalar de acordar e adormecer, não dava por nada nem ninguém. Quando comecei realmente a acordar da anestesia, senti que tinha um pão saloio enfiado na garganta. Falar era impossível e comer, mesmo que líquidos, era um martírio. Os lábios estavam inchadíssimos e doía-me a boca toda. No hospital, entre morfinas e soro, a situação era suportável, mas o pior foi vir para casa. Nos três primeiros dias, podia perfeitamente ter sido figurante num episódio de Walking Dead, tudo o que fazia era dormir, babar-me e gemer de cada vez que tentava pôr uma colher de gelado na boca. 

Seis dias depois, a coisa começa a melhorar. Ainda tenho a garganta inchada e de vez em quando tenho vómitos (que pelos vistos são normais durante o processo de cicatrização), para não falar de ter sempre um sabor estranho na boca e de estar com voz de desenho-animado. Mas há boas notícias! Hoje larguei os gelados e já pude começar a comer papas e sopas mornas, o que foi um grande alívio. Esta coisa de "ah, que bom, vais poder comer gelados todos os dias" é completamente overrated. O encanto de um gelado é ser uma coisa que não comemos todos os dias. Mais do que isso, é só enjoativo.

Ainda me esperam mais uns dias em casa, mais umas idas ao médico e mais almoços e jantares em formato líquido, mas acho que o pior já passou. Se calhar sou uma maricas, mas o meu conselho é que tirem as vossas amígdalas ainda em criança, porque nos adultos a recuperação não é tão fácil. E todas as noites sonho com comida... Que saudades de um grande bitoque!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

e nunca cheguei a falar deste.


Já foi há mais de um mês que acabei de ler "A verdade sobre o caso Harry Quebert" do Joel Dicker, um livro que ofereci à minha querida Analog e que ela acabou por me emprestar assim que o terminou, recomendando que o lesse sem grandes expectativas. Posso dizer que, tendo em conta que é um livro consideravelmente grande, o li num instante. Tornou-se difícil descolar-me da história à medida que se vão descobrindo mais coisas sobre o desaparecimento e morte de Nola Kellergan, a investigação de Marcus Goldman e as vidas dos habitantes da pequena vila de Aurora. E o final nem foi tão previsível como eu esperava. Não diria que é uma obra prima, às vezes parece faltar algo mais, sobretudo nos diálogos, mas é um livro que se lê bem, tem personagens interessantes e, pela forma como foi "construído", prende-nos à história capítulo após capítulo. Um ponto negativo que me saltou logo à vista é o facto de existirem algumas personagens cliché e ligeiramente exageradas: o Barnasky e, sobretudo, a mãe de Marcus Goldmam. O agente e a mãe do personagem principal parecem às vezes um pouco desajustados em relação ao resto da história, são estereótipos levados a um expoente máximo que se torna chato, os seus diálogos acabavam por se tornar entediantes e irritava-me um pouco cada vez que apareciam. Felizmente, não foram assim tantas vezes. Recomendo a leitura.

Agora voltei à saga da Guerra dos Tronos. Já estou no quarto livro que, infelizmente, sinto que tem sido um pouco mais aborrecido que os anteriores. No entanto, já me garantiram que a coisa anima no sexto e no sétimo e não posso ficar sem ler tudo até ao fim. 

quase inevitável.

Esta manhã, ia eu no meu carro a caminho do trabalho, quando passo por uma senhora que passeava alegremente os seus dois cães Pug, um macho e uma fêmea... Ainda extasiada com a notícia que a Assunçãozinha nos deu ontem, senti logo vontade de abrir o vidro e gritar-lhe: "NÃO DEIXE ESSAS BESTAS REPRODUZIREM-SE, OLHE QUE JÁ ESTÁ NO LIMITE!". Desta vez consegui conter-me, mas o que querem que faça? Eu só quero o bem da comunidade.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

de ministro a palhaço.

Alguém que diga ao Manuel Maria Carrilho que lavar roupa suja na praça pública e falar mal da mulher com quem esteve casado durante 12 anos, independentemente do que possa ter acontecido, é muito feio e não abona nada em favor dele. Muito pelo contrário, só revela uma falta de elegância atroz, algo que pode ser ainda mais condenável em alguém que já foi ministro da Cultura e representante da UNESCO. 

e o Parlamento cheio de ratazanas.


Quando vejo esta notícia, só me ocorre pensar que, em vez de se regulamentar e penalizar os maus tratos e o abandono de animais, vai-se chatear quem gosta deles e os acolhe em casa. Que, visto que já existe uma legislação para estas situações, não se percebe como é que é importante, tendo um país no estado em que está, acrescentar mais regras, diminuindo ainda mais o número de animais sem razão aparente. Porquê 2 cães ou 4 gatos? Em que é que nos baseamos para chegar a este número? Eu sei que há situações em que se ultrapassam os limites da higiene e que são incómodas para os vizinhos (às vezes nem sequer são boas para os animais), mas vamos estabelecer prioridades... Primeiro, como é que isto se organiza? Vamos instituir escalões para número de animais de acordo com as dimensões do apartamento? E existe distinção entre um Jack Russel e um Golden Retriever? Porque se é tudo segundo a mesma bitola, não faz qualquer sentido. E quem vai fiscalizar? A polícia? Ou vamos entrar numa espécie de tempo da Inquisição, em que o vizinho espia e denuncia o outro? E o que fazemos com os animais que estão "a mais"? Enviamo-los para canis/gatis para ficarem lá a definhar de desgosto? Segundo, a meu ver, começamos em sentido contrário, como já referi, não se fazem leis nem se penaliza quem maltrata e abandona animais (e esses casos são em número muito maior do que os das pessoas que tem muitos bichos em casa), mas penaliza-se quem os acolhe em primeiro lugar. Terceiro, estamos em plena crise económica e é com isto com que a Assunção Cristas se incomoda? Ou isto é só mais um fait divers para as massas se entreterem e se esquecerem do OE2014? É que não me parece que seja com estes animais que nos temos que preocupar.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

two women's trash: nova tentativa.


Pois é, no passado domingo a venda Two Women's Trash no Lx Market não se realizou porque houve algum receio da chuva que a meteorologia tinha prometido (mas que, afinal, nem aconteceu). Portanto, as miúdas voltam novamente à carga e prometem boas compras para este domingo, 26 de Outubro. Relembro que são marcas como Nike, Zara, Mango, H&M, Topshop, Asos, Melissa ou Zilian, em segunda-mão e quase novas. Aproveitem!

finais.

"Repito para mim mesma que o fim é sempre uma nova forma de começo, mas sofro só de pensar que tudo o que se conquistou se possa perder na má tradução do final." 

[veio daqui.]

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

e como vai a dieta?

Bom, digamos que 2,5kg já foram à vida. Faltam-me ainda mais 2kg para chegar ao peso que queria. Gostava de já ter alcançado o objectivo, mas a verdade é que quem, como eu, não tem muito peso para perder e já leva um ritmo de vida mais ou menos saudável, o processo de emagrecimento demora um pouco mais. É uma chatice, mas nem por isso estou desmoralizada. Entretanto, também voltei ao boxe e às corridas semanais (só na semana passada foram 18km no total) e comecei a fazer yoga uma vez por semana. Tudo isto a complementar as habituais aulas no ginásio, como o Power Jump, que também me ajudam imenso. E sinto-me cada vez melhor! 

two women's trash.


Este domingo, tenho duas amiguinhas a vender roupa, carteiras e sapatos, semi-novos e usados, no Lx Market da Lx Factory. "Tudo muito bem tratado, simplesmente já não faz sentido nos nossos armários e achamos que merecem nova sorte. Algumas coisas nem tiveram a sorte de ser usadas", asseguram. Aproveitem porque não são velharias e são coisas bem giras, garanto-vos! Há marcas como Zara, Mango, H&M, Topshop, Asos, Melissa ou Zilian. Eu vou lá ver se lhes saco alguma coisa também.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

amígdalas: the end.

Mal acabei o tratamento de uma, veio outra amigadalite.
Operação marcada para o final do mês.

sábado, 21 de setembro de 2013

amígdalas, o (quase) veredicto final.

Afinal vamos (eu e o meu querido otorrino) dar-vos mais uma chance. Mais três meses de tratamento e, qualquer gracinha que façam nesse tempo, é certo e sabido que vão ter que sair deste corpo. Não tenho grande confiança em vocês, nestes 26 anos só me deram chatices. Estou farta. 

quero este relógio.


Da Swatch.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

amígdalas, o vosso destino está traçado.

Depois de me fazerem maldades durante anos, depois daquilo que me fizeram sofrer há uns meses atrás e depois de um tratamento de Broncho-Vaxom durante 3 meses seguidos, vocês resolvem dar um ar de vossa graça novamente. Mais uma amigdalite. Mais dois dias (pelo menos) presa em casa e sem vontade de comer.
Pois bem, amanhã temos consulta no otorrino e vocês já sabem qual é o veredicto 80% garantido: YOU'RE COMING OFF, BITCHES!!! 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

eu não vos disse que fui ver a Selena.


E podia ter continuado calada, para não passar vergonhas. Mas admito, fui ver a Selena Gomez ao Campo Pequeno (obrigada, M!), porque quis proporcionar à minha prima de 15 anos a sua primeira ida a um concerto. E (podem rir agora, vá) até gostei e achei a Selena um amor de miúda. O espectáculo não teve a produção que eu esperava (imaginei logo uma pequena Jennifer Lopez ou Beyoncé em potência), não havia grandes adereços no palco, nem muitos bailarinos e a ela não mudou quase nenhuma vez de outfit. O ambiente era, como já esperava, muito teen, mas as músicas são mesmo para esse target. Mas são giras, até. E, graças a uma cover que ela cantou, descobri a Lorde, uma cantora da Nova Zelândia com apenas 17 anos, e a sua "Royals" que ontem andei a ouvir em loop. Mas a própria postura da Selena indicava que sabia para que faixas etárias estava a actuar. Fez conversa simpática, dançou e demonstrou sensualidade q.b. (ainda não está na fase Miley Cyrus, claramente). No final, chuva de papelinhos coloridos e a histeria total. As miúdas (e miúdos!) gritaram que nem umas loucas do princípio ao fim, acho que nunca tinha estado num espectáculo onde sentisse que, a cada minuto, perdia mais 1% da minha audição. Ou então estou a ficar velha, não sei. Mas a minha prima adorou e só isso foi o suficiente para me deixar contente. 

VFNO


A Vogue Fashion's Night Out é uma confusão que, pela dimensão que tem atingido, quase pode ser comparada a uma noite de Santos Populares. Na Avenida da Liberdade e Príncipe Real a coisa ainda rola com alguma leveza, podemos circular à vontade nos passeios e aproveitar as acções que cada loja e marca está a promover. Na Rua Garrett e arredores, a noite da moda transforma-se num pequeno pesadelo, com as lojas (excepto as mais "caras", claro) a abarrotarem, filas intermináveis para beber cocktails ou tirar fotografias e centenas de pessoas aos encontrões na rua. Ir a um multibanco para levantar dinheiro é perder uma hora de vida, no mínimo, e o caminho entre uma loja e outra pode ser sinónimo de quatro ou cinco pisadelas. 
Mas, apesar de rapidamente ficar sem paciência para a confusão e nunca comprar nada, vejo a VFNO como um evento que já faz parte da agenda de final de Verão em Lisboa e acho giro que as ruas se encham de pessoas e que as marcas se esforcem para estar presentes e terem a oferta mais apelativa. Vê-se gente gira, misturada com alguns freaks e outros que simplesmente se esforçaram demais, mas, apesar da enchente, o ambiente em geral é tranquilo, é uma feira de vaidades onde todos se querem divertir. A maioria dos turistas circula boquiaberta, faz compras para aproveitar os inesperados descontos e pergunta a quem passa com que frequência acontece este evento. E, tal como no ano passado, fomos brindados com uma noite de calor para ajudar a festa. No fundo, acho que é bom para o comércio de rua, para o turismo e para o ânimo dos portugueses (pelo menos dos que gostam destas coisas). Que se mantenha e que vá sempre melhorando.

domingo, 8 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ACABOU O NOVELÃO!


Sinto que perdi uma data de amigos. O que vai ser das minhas noites agora?! Snif. 

o que é uma relaçao?

“Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado. Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso. Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem corpo um do outro quando o cobertor cair. Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro ao médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.”

Há quem diga que o texto é do médico e escritor brasileiro Drauzio Varella, há quem diga que é da escritora - também brasileira - Martha Medeiros. Mas este texto também podia perfeitamente ser meu. Gostei.

compromissos a partir da próxima semana.

- Voltar a correr, pelo menos uma vez por semana.
- Voltar às aulas de boxe.

Tenho a teoria de que, se escrever, mais facilmente irei cumprir.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

random ballet situations.

Nunca fui a menina que faz ballet na escola. Bem, fiz um ou dois anos (porque a maioria das minhas amigas fazia), mas a prática nunca me apaixonou. Sou uma miúda da ginástica e, no que respeita a dança, a minha onda sempre foi para hiphop, brasileiras e africanas. Mas admiro quem faz (bem!) ballet.  Não deve haver dança mais graciosa e mais... fotogénica. Sou fã, por exemplo, do Ballerina Project, do fotógrafo Dane Shitagi. E, dentro da mesma onda, hoje encontrei a colecção fotográfica Dancers Among Us do fotógrafo Jordan Matter, que já deu origem a um livro (e que está à venda no Book Depository, já agora). Basicamente, coloca-se em contraste a graciosidade dos dançarinos com as situações mais quotidianas possíveis. Visitem o site que vale a pena. E, já agora, espreitem o outro projecto dele, chamado Athletes Among Us

coisas estúpidas que me fazem rir que nem uma estúpida.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

depois de 3 livros de Guerra dos Tronos.


Vou fazer uma pequena pausa (de 680 páginas). Já percebi que este livro não reúne consenso: uns amam, outros odeiam, poucos estão no meio. Vou ler e decidir de que lado fico.

o princípio e o fim.

O meu mês de Agosto começou com uma perda da qual ainda não recuperei. Em compensação, o final de Agosto foi marcado por uma alegria, o nascimento da minha sobrinha (de coração), que recebeu o meu nome, para meu grande orgulho. Assim, no sábado, lá foram as três tias (de coração), todas babadas, ao hospital, depois de uma incursão à ZARA Kids para escolher roupinhas (e a escolha foi mesmo muito difícil). Pequenina, cabeluda, com dedinhos compridos e, segundo o pai, "com cara de joelho", a C. já é forte candidata à mais mimada do mundo. Vai ser tão giro.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

like Santa for your vagina!


Vejam este vídeo. Este é provavelmente um dos anúncios a tampões mais geniais que já vi na minha vida. E não devo ser a única a pensar nisso, porque, em apenas um mês, o Camp Gyno já foi visto por quase 6 milhões de pessoas.

A ideia partiu de uma start-up, a HelloFlo, cujo objectivo é fazer com que as mães preparem o melhor possível as suas filhas para a chegada da primeira menstruação, criando um serviço especial de entregas ao domicílio: "Tampons, pads and candy delivered right to your door". O conceito também serve para mulheres adultas, claro, que ninguém gosta de ser apanhada de surpresa e ter que ir a correr para o supermercado mais próximo. Uma ideia inovadora e uma comunicação sem rodeios e com piada, thumbs up

o piropo.

Isa Almeida e Adriana Lopera, duas militantes do Bloco de Esquerda, querem que o piropo seja controlado. É isso mesmo! Estas duas mulheres corajosas levantam-se contra os elogios badalhocos que o género feminino é obrigado a ouvir praticamente todos os dias pelas ruas deste país. Contra o "oh flôr, dá para pôr?", marchar marchar!

Para Adriana e Elsa, "o homem é ensinado desde pequeno a ser sujeito sexual, a ter desejo, prazer, orgasmo e a falar disto abertamente fazendo alegoria dos seus dotes de engate e não só" e "pelo contrário à mulher é reservada apenas a possibilidade de ser objecto sexual". As duas militantes vão mais longe e classificam aquelas típicas frases do homem das obras - "oh estrela, queres cometa?" - como "assédio sexual" e enquadram-nas na prateleira da "violência de género".

Eu concordo que é uma verdadeira seca ter que ouvir os comentários dos rebarbados e machistas que circulam nas ruas deste país. Uma mulher não pode usar um vestido ou uns calções e ir passear para a Baixa plenamente descansada. Pensando bem, não pode usar nada, que, para alguns, basta ver passar uma mulher para desatarem a dizer alarvidades. E eu assumo que há poucas coisas que me deixem tão enojada como um homem com três dentes na boca a dizer-me que a minha mãe só pode ser uma ostra ("para cuspir uma pérola como tu"), mas uma mudança só poderá passar pela educação das pessoas. Classificar o piropo como "assédio sexual" ou "violência contra a mulher", dizer que o piropo não é tão inofensivo como se pensa, só isso, por si, não é nada, não muda nada. Ensinar os meninos a respeitar as meninas, é o primeiro passo (senão o único) para não termos as ruas cheias de trogloditas.

Mas em que é que isto contribuiu para sairmos da crise? Pois, parece-me que nada. Será que este assunto é assim tão relevante nesta altura? Hmmmm... Não. A única coisa a que tudo isto apela é mesmo a reflectirmos sobre o piropo (é um elogio? faz parte da cultura portuguesa? é ofensivo? é assédio? quais os limites?) e sobre a sociedade machista em que ainda vivemos.

Até acredito que se cobrássemos um imposto por cada piropo ordinário que se ouve nas ruas, a dívida portuguesa estaria rapidamente saldada. Mas a verdade é que qualquer tentativa de controlar o piropo jamais conseguiria passar para um formato legislável. E implementar regras que não podem ser fiscalizadas, poderá somente ridicularizar quem impõe essas mesmas regras. Metam lá mais tabaco nisso.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

os primeiros sinais.

O primeiro sinal de que o Verão está a entrar na recta final é quando saio de casa às 7h00 e já não é completamente dia. Aliás, levantei-me da cama às 6h30 e ainda não havia sol. Os dias já estão a mudar e o Verão passou a correr, para não variar. Snif.

porque a Disney não é a Miley nem a Britney.


Escondido nos Arquivos dos Estúdios Disney, estava um projeto dos anos 40 de uma curta elaborada por Walt Disney e Salvador Dali, baseada nas suas artes surrealistas. No entanto, naquela época, o Walt Disney não tinha dinheiro suficiente para continuar e acabaram por ser produzidos apenas 17 segundos da curta original. Agora, o seu sobrinho, Roy Edward Disney, encontrou o projecto esquecido e finalizou-o com a equipa de animação dos Estúdios Disney. O resultado é um sonho animado. E é simplesmente maravilhoso...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

p'ra quê tanto alarido com a Miley Cyrus?

Se o melhor dos MTV VMA 2013 foi mesmo o Justin Timberlake com um espectacular medley de 15 minutos, com muita dança e os 'NSYNC à mistura? 



Ok, vá, eu confesso que também gostei de ver os momentos de vergonha alheia protagonizados pela ex(!) Hannah Montana. Trashy is not sexy, honey.

em casa da avó.

Deixamos bocados da nossa vida em gavetas. Pedaços dos nossos dias mais normais, que fomos guardando em camadas, dentro de caixas, por baixo de panos, atrás de peças mais quotidianas, esquecidos durante anos e deixados para trás quando partimos. Foram a vida que acontecia. São pequenas notas que escrevemos, cartas de quem mais nos amou, convites para os casamentos de quem nos era mais querido, números de telefone e moradas de quem nos era importante, entre tantos outros cartões e papéis amarrotados que, por instantes, tiveram significado e nos fizeram sorrir. Ficam para quem cá ficou, mas sem alguém que os possa realmente explicar. Quem fica, fica-se pelas suposições, porque agora já é tarde. 

Quando for velhinha, espero que os meus filhos ou netos guardem alguns dos pedaços de vida que eventualmente deixarei espalhados pela minha casa. Como eu vou fazer com coisas que encontrei da minha avó e do meu avô. Provas de que fomos vivos, de que amámos e fomos amados. Não deve haver maior tesouro que esse.

mais da Zara.



Like a lot! Mais umas para a wishlist.

domingo, 25 de agosto de 2013

4 dias depois...

Menos 1,5kg com a minha dieta. Nem queria acreditar, porque passou tão pouco tempo, mas é verdade e até já sinto na roupa. Nos primeiros dois dias custou-me um bocado, confesso, a falta de hidratos deixa-me mais irritadiça (fooooomeeeee!), mas agora já me estou a habituar e nem tenho tanto apetite. Motivação em alta... 3,5kg to go! 

sábado, 24 de agosto de 2013

eu fui feita para o Verão.


Mas confesso que estes casacões da nova colecção da Zara (aliás, praticamente toda a colecção!) me estão a fazer suspirar por uns dias mais frescos. Só uns, muito pouquinhos.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

5kg to go!

Pois é, uma pessoa passa um ano a fazer disparates à mesa e é claro que teria que sofrer as consequências. Por isso, visto que engordei 4 kg desde Agosto de 2012, estou comprometida a perder 5kg nos próximos meses. Como faço desporto com frequência, o meu único remédio é mesmo fechar a boca aos petiscos, aos doces, ao vinho e à cerveja (posso, no máximo, beber uma Coca-Cola Zero quando vou jantar fora) e, o mais duro de todos, ao pão a toda a hora, principalmente à hora do jantar (quando o metabolismo é mais lento, aparentemente)
Por isso, procurei uma nutricionista - porque preciso de alguém a quem prestar contas para não fazer batota - e já tenho o meu plano traçado, pelo menos, até dia 2 de Outubro. Basicamente, os hidratos de carbono desapareceram da minha vida e uma pessoa sente que está a ressacar nos primeiros dias.
Durante as próximas semanas, a minha vida resumir-se-á a:
  • Carnes brancas, peixe, legumes e frutas (mas nem todos são permitidos), algumas tostas integrais, ovos e queijo magro;
  • 1,5l de água por dia, misturada com duas colheres de sopa de um drenante que me faz querer ir à casa de banho quase de dez em dez minutos quase (aaarrgh!);
  • Manter o cardio, fazer um bocadinho mais musculação;
  • Fazer "Hide" em todas as páginas de restaurantes no Facebook (ainda agora tive que olhar para a foto de um enorme e suculento hambúrguer do Honorato);
  • Não comprar calças nem saias novas, rezando para conseguir vestir um número abaixo daqui a uns tempos;
  • Lançar olhares de ódio quando me perguntarem "queres sobremesa?";
  • Fazer a maioria das refeições em casa ou com comida de casa, dando aquela típica dica foleira aos convites para jantar: "ah, vou lá ter depois!";
  • Evitar todos os programas de culinária na televisão e publicações que incluam as palavras "brunch", "almoçar", "jantar", "lanchar", "petiscar", entre outros. Time Out, considera-te avisada.
Estou motivada. Vá, apoiem-me.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

estou farta da Judite de Sousa.

Tão farta de vídeos, notícias, status de Facebook e posts, que a minha única referência a este assunto será apenas encaminhar-vos para aqui e para aqui, que estes dois posts juntos resumem muito daquilo que penso sobre a nossa Juju e o tal milionário Lorenzo.
I'm done with this shit!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

a minha avó.

Fez ontem uma semana que perdi a minha avó, a minha segunda mãe, a minha amiga. Ainda não tinha conseguido escrever nada porque, à medida que o vou fazendo, percebo que o meu amor por ela não caberá em nenhuma das minhas frases. Mas posso tentar. 

Foram 26 anos. Eu era a única neta dela e há já alguns anos que ela era a minha única avó. Cresci com ela, no colo dela, na casa dela. Casa onde eu andava a brincar debaixo das mesas e em cima dos sofás, onde fazia playback com velhos discos do Marco Paulo e dos Abba e um comando na mão, onde passava manhãs inteiras de férias a ver desenhos-animados e a fazer desenhos. Ela deixava-me ajudá-la com a limpar o pó ("é para limpar o tecto das prateleiras, avó?"), a lavar a loiça (em cima de uma cadeira, quando nem chegava ao lava-loiças) e a tomar conta do carrinho das compras quando íamos à praça todas as manhãs. Deixava-me brincar com a maquilhagem, contava-me histórias (a eterna história do macaco sem rabo, por ex.) e levava-me ao jardim todas as tardes, sempre com um termo de chá e pão com fiambre para eu lanchar quando já estava cansada e suficientemente cheia de pó. Ensinou-me muita coisa, transmitiu-me valores que tento manter até hoje, moldou a minha personalidade. Rimos muito e chorámos também. Uma parte de mim é a minha avó e agora sinto que me falta um pedaço. Penso nela todos os dias, várias vezes ao dia. Quando o telefone tocou às 8h00 de quinta-feira, o meu primeiro pensamento foi esperar que ela tivesse partido durante o sono, como eu acho que foi, porque ela tinha tanto medo da morte. Sempre foi uma pessoa cheia de vida que, com mais ou menos dores, dependendo dos dias, sempre gostou de fazer as coisas por si mesma. Foi tudo rápido de mais, mas talvez não pudesse ter acontecido de maneira diferente. Ela não tinha feitio para estar num lar, cada vez mais incapaz e à mercê dos cuidados de desconhecidos. 

Há dias, quando estou deitada e algures entre o acordar e o sono, em que ainda a oiço a falar e espero nunca mais me esquecer do som daquela voz. Às vezes penso que não lhe disse vezes suficientes o quanto gostava dela. Ainda choro. Pensar que nunca mais vou encontrar conforto no colo dela, como sempre fazia. Que nunca mais me vou rir de a ouvir refilar por tudo e mais alguma coisa. Que nunca mais lhe vou ouvir a gargalhada, que é tão parecida com a minha. É uma saudade e uma sensação de vazio que não vão passar de um dia para o outro e às quais me vou habituando lentamente. 

Entre todas as mensagens carinhosas que recebi de amigos, familiares e colegas (que agradeço muito), houve uma que me marcou especialmente e fez todo o sentido: "Podia dizer que melhora com o tempo, mas ainda não cheguei a essa fase. Só sei que a sensação de perda vai dando lugar a uma saudade boa, efabulada, quase mitológica, e que nos diz de onde somos e porque somos. Essa existência passa a ser um segredo nosso, íntimo e espiritual, que decidimos partilhar às vezes e sabemos ser indestrutível. enquanto viveres, viverão as duas. E depois as outras que virão e assim viverão para sempre."

Eu não tenho religião. Não sei se existe o Céu, mas a minha avó também não acreditava nele. Não sei se existe algo para além da vida, seja a reencarnação, a ressurreição ou outra coisa qualquer, mas, se existir, espero que haja algo de bom guardado para a minha avó, que foi uma boa mulher até ao fim dos seus dias. Acredito, no entanto, que honramos a memória das pessoas mantendo e fazendo passar o seu legado e os ensinamentos que nos deixaram... E é isso que vou fazer, enquanto puder.

Quando era nova, a minha avó fez teatro de revista e cantava muito bem, principalmente fado. E gostava muito da Amália Rodrigues (ainda a ouvi cantar a "Mouraria" algumas vezes), por isso não encontro melhor forma de a homenagear também.



Adeus, avó.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

quando nos toca a nós.

Fico possuída quando oiço as pessoas dizerem disparates sobre os imigrantes em Portugal. Odeio aquela generalização de que todos são criminosos e indigentes. Das pessoas que já conheci e das experiências que já tive, tenho uma ideia totalmente diferente. Vejo a grande maioria como gente trabalhadora que veio à procura de oportunidades que, na altura, não teria no seu país. Muitos provavelmente não encontraram aquilo que procuravam, mas fazem pela vida, seja como for.  Toda a gente merece uma oportunidade. E, por isso, me deu tanto gozo ler este artigo da Carrossel Magazine, sobre a experiência de um jornalista português na Áustria. Atenção que, quando digo "gozo", não é pela situação do Pedro, mas pelo facto de nada poder ilustrar tão bem a ideia de nos metermos na pele dos outros e sentir o que é sermos o trabalhador estrangeiro. Os cartazes dos partidos de extrema-direita, o preconceito, a xenofobia... São obstáculos que provavelmente não nos fazem arrepender da viagem (pelo menos, enquanto forem em doses moderadas), mas que nunca nos vão deixar sentir 100% em casa nem totalmente confortáveis. E que nos fazem olhar para os nossos próprios preconceitos e começar a questioná-los. Ou, pelo menos, era isso que devia acontecer.

Já conheciam a Carrossel Magazine? É um novo projecto de jornalismo online que nos conta uma história por dia. São histórias de gente real - "problemas, sucessos, dúvidas, ambições" - e que cobrem todas as áreas e formatos possíveis - "da arte à economia, do perfil à reportagem". Com um grafismo muito apelativo e a colaboração de vários jornalistas/autores que têm publicado textos muito interessantes, é a prova de que ainda há projectos jornalísticos de valor em Portugal. Recomendo. 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

mood.




When I was a child I had a fever 
My hands felt just like 
Two balloons 
Now I've got that feeling once again 
I can't explain 
You would not understand 
This is not how I am...
I have become comfortably numb.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

arranjar um trabalho novo é. #1

Chegar  a 1 de Agosto e ter o mesmo tom de pele bege que tínhamos em Fevereiro.
Verdade seja dita, que o São Pedro também não ajudou nada com aqueles fins-de-semana de frio e chuva.

terça-feira, 30 de julho de 2013

mal sabia eu.

Acabei de encontrar um post de Dezembro de 2010 em que eu me queixava da Gasolina 95 estar a €1.499. Se eu encontrasse a Cate do passado, dir-lhe-ia para se contentar com isso, que em 2013 já estaríamos nos €1.679. E não estaríamos mais ricos. Cambada de exploradores!

e depois do post do Papa, um post sobre sexo.



Nunca mais comerei Nutella com a mesma alegria, that's a fact.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

the Good Pope?


«"When I meet a gay person, I have to distinguish between their being gay and being part of a lobby. If they accept the Lord and have goodwill, who am I to judge them? They shouldn't be marginalized. The tendency (to homosexuality) is not the problem ... they're our brothers." The problem, he said was, lobbies that work against the interest of the church.» - sobre o Papa Francisco, via CNN

Ou este Papa Francisco é um grande produto de Marketing da Igreja Católica, destinado a fazer uma pseudo-modernização para entreter as massas ou é o primeiro Papa de quem vou realmente gostar. Eu não sou católica nem estou perto de me converter (a maioria dos rituais da Igreja não me convencem), mas é bom ver a mudança positiva que o Chico quer trazer para uma instituição que já vinha com fama de mentecapta e hipócrita desde há muitos anos. A verdade é que o senhor tem dito coisas bastante sensatas em relação à homossexualidade, aos divórcios, o papel dos jovens na política e das mulheres na Igreja e na sociedade. Parece-me que só se mantém irredutível na questão do aborto, mas também não se pode pedir tudo. Vamos ver o que sai daqui. 

deve ser mesmo um vírus que anda aí.

Mais um caso de intestino directamente ligado à boca, desta vez no Expresso deste fim-de-semana. Com que então, estar de férias na Comporta é "como brincar aos pobrezinhos"...

legen - wait for it - dary !


Mais um "check!" na minha lista "obrigatório-ver-pelo-menos-uma-vez-na-vida". Apesar de ser um espectáculo claramente todo planeado e alinhadinho, o John Legend não me desiludiu, interagiu q.b. com o público (fez o habitual número de chamar uma miúda ao palco para a "Slow Dance" - e infelizmente a miúda não fui eu), cantou todos os sucessos ("Used To Love You", "Save Room", "Green Light", "Ordinary People", "We Just Don't Care", "Slow Dance", etc), apresentou algumas músicas do novo álbum (estou apaixonada pela "All of Me") que sai em Setembro e ainda fez algumas covers de outras bandas. Sexy voice and sexy moves, the way to go.

Olhando para a minha lista (de onde já risquei Dave Matthews Band, Erykah Badu, Lauryn Hill e, agora, John Legend, por exemplo), ficam a faltar-me: Pharrell Williams, Justin Timberlake, Jill Scott e India Arie. E também gostava de ver o idiota do John Mayer que perdi num Rock in Rio qualquer. Mas o John Legend pode voltar que eu vou vê-lo outra vez, sem pensar duas vezes. E é bom que dessa vez me chame para dançar!

Só um pequeno apontamento negativo para a organização do EDP CoolJazz: cobrar 45 euros por um lugar de plateia sentada na relva onde a visibilidade é reduzida(íssima!) não é nada cool. É claro que o pessoal teve que se levantar e encostar às grandes, mesmo com os vários avisos do staff para se sentarem. Valeu a pena pelo espectáculo, mas o espaço foi muito mal aproveitado e nada de acordo com os preços cobrados. Para a próxima façam umas bancadas no relvado. Ou então façam um preço geral de plateia e fica tudo em pé, sempre é mais justo.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

dia dos avós.

É estranho saber que já não vou encontrá-la em casa, no sofá, a ler ou a comentar as novelas ou os concursos da televisão.  E que já não vai haver bolo de iogurte ou arroz doce para sobremesa, nem os habituais almoços de sexta-feira. Estranho pensar que em um mês tanta coisa mudou, que perdeu muita mobilidade, que se vai esquecendo cada vez mais das coisas, que baralha os dias, as tardes e as noites, que fica cansada de falar (ela, que sempre falou pelos cotovelos) e adormece a meio das conversas. E, sobretudo, que às vezes pode estar triste e eu nem lhe posso telefonar. Às vezes martirizo-me a pensar que podia ter visitado e telefonado mais vezes, que se calhar não fui a neta perfeita. Mas depois penso que eu e a minha avó somos grandes amigas desde sempre e que ela me desculpa se alguma vez lhe falhei, como eu também sempre lhe perdoei as coisas menos boas (que toda a gente tem, até os avós). Agora só quero passar algumas horas com ela, mesmo que seja só para estarmos de mão dada, aproveitar o tempo que nos resta (que nem sei dizer se é muito ou pouco) e vê-la feliz por me ver. Mesmo que passado umas horas ela possa nem se lembrar que lá estive.
É a única avó que me resta, a que passou mais anos comigo, a que contribuiu para muito do que sou. Não a pude ver hoje, mas amanhã vou visitá-la e dar-lhe muitos beijinhos.
Os imprevistos são certezas. Aproveitem as vossas pessoas enquanto podem.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

ajudem-me, por favor.


Não consigo decidir se isto é um partido ou uma associação de pessoas com um problema de intestinos ligados à boca. 

terça-feira, 23 de julho de 2013

já passou e eu nem falei do Optimus Alive.

O meu festival começou mais tarde do que era suposto, o que me fez perder AlunaGeorge e Two Door Cinema Club (acho mesmo que não estou destinada a vê-los, perco todos os concertos por alguma razão), e entrei no recinto quando os Green Day já tocavam e o pessoal vibrava com os hits da adolescência. Mas rapidamente fugi para ir ver a Jessie Ware, que foi um amorzinho, esteve sempre à conversa com o público e guardou a Wildest Moments para o delírio final. Mas, querida que é, voltou um pouco depois para cantar com os Disclosure. Antes disso, também fomos presenteados com um bom concerto dos Vampire Weekend e o seu background de flores, apesar do espaço estar completamente a abarrotar. Ainda podíamos ter visto Crystal Fighters? Podíamos, mas o cansaço de um dia de trabalho não me deixou aguentar mais.

Saltei o segundo dia, que o meu budget para festivais/concertos este ano ficou mais curto (para não dizer quase inexistente) e não me permitiu a despesa, mas de qualquer forma os Depeche Mode não mexem comigo. Gostava de ter visto Jamie Lidell, Rhye ou Matias Aguayo, mas fica para uma próxima. 

Terceiro dia, o melhor de todos, do princípio ao fim. Ainda nem consegui decidir qual foi o meu preferido da noite. Começámos a ver Tame Impala da privilegiada varanda da Control, com cerveja e batatinhas fritas, para depois corrermos lá para o meio do público para não perdermos os grandes Phoenix e as músicas que já sabemos de trás para a frente e de frente para trás. Depois foi correr outra vez para Alt-J que, mesmo com uma lista de músicas ainda pequena, são absolutamente fantásticos e ainda conseguir chegar no fim de Kings of Leon para ouvir as 3 melhores músicas deles. No final, quando já me doíam as pernas e começava a perceber que só ia dormir 3 horas antes de ir trabalhar, os Django Django ainda me deram força para andar aos pulos.

E claro que depois há a Punch Magazine que faz SEMPRE os melhores vídeos do festival. Façam o favor de apreciar:


   

 Quero um cartaz tão bom (ou melhor) para o próximo ano!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

o Chico no Brasil.

É impressão minha ou o Papa está a levar esta história da Fé em Deus um bocado a letra?

Andar no Papa-Móbil (é assim que se escreve?) sem vidros de protecção no meio das ruas do Rio de Janeiro pode ser esticar um bocado a corda, mesmo com uma força policial como a brasileira. 

ainda bem que alguém veio esclarecer...

Que afinal a culpa dos males deste país, são os casais que se divorciam e os homossexuais que se casam. Obrigada, César das Neves.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

a ler e a guardar.

"Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo. Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera. 
Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde. 
Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. A vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções. 
A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas".

- Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

segunda-feira, 8 de julho de 2013

diz que este blog fez anos.


Fez 4 anos no dia 5 de Julho (estamos quase a casar os anos!) que comecei a escrever neste blog pela primeira vez. Juro que não estou a dar pelo tempo voar, 4 anos já é algum tempo! Não é um blog espectacular, eu não sou uma escritora assídua (já fui muito mais), acho até que nem sou muito interessante de ler e já tentei acabar com ele algumas vezes, mas confesso que gosto de andar por aqui. Acima de tudo, acho giro ir ler coisas que escrevi em 2009, 2010 ou 2011, recordar acontecimentos e sentimentos da altura e pensar "tão parvinha" ou "sim, senhora, até dizias umas coisas acertadas". O tempo passa depressa e, desde aquele 5 de Julho de 2009, muitas coisas mudaram, mas espero continuar por aqui, a escrever e a ler-vos também (sim, vocês, que estão ali nos Outros Lugares). Cheers!

rir é (mesmo) o melhor remédio.


Adorava ver isto a tocar no Parlamento.

domingo, 7 de julho de 2013

aviso à navegação.

Queria que este blog voltasse a ter posts com piada, mais light e mais positivos. Infelizmente, a tristeza no plano profissional transferiu-se para o plano pessoal. Por isso, se eu for mais nostálgica e negativa do que é normal, não estranhem. Não me sinto a pessoa mais divertida do mundo ultimamente. Nem a mais comunicativa. Mas, eventualmente, tudo vai passar. 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

running wishlist.

Se alguém por aí ainda se sentir em falha por não me ter oferecido um presente de aniversário (foi há duas semanas, sim), aceitem esta simpática sugestão: um Nike Sportwatch GPS by TomTom, para as minhas corridas, só 170 euritos na Fnac. Eu sei que não é tão cromo como os Garmin, mas é bonitinho e não é tão caro (é metade do preço!) e eu contento-me com as funcionalidades. Se ninguém me vai oferecer, eu vou perder a cabeça sozinha, pronto.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

avó.

Há aquela célebre frase "you don't know what you have until it's gone" que repetimos e ouvimos repetir vezes sem conta em todo o lado, mas à qual só damos realmente significado quando experienciamos o sentimento (ou quando chegamos lá perto). Aquele telefonema às 7 horas da manhã, que nos põe o coração aos pulos e nos tira o apetite, faz-nos pensar que devíamos ter telefonado e visitado mais vezes, que queremos ter mais uma chance de provar o quanto gostamos, mesmo que isso nunca sequer tenha estado em causa. Felizmente, o pior não se verificou, mas a preocupação ainda aqui está... Por muito que me tente mentalizar, nunca vou estar preparada para a perder.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

long story short.

Quando pensamos "agora sim, vai tudo correr bem", a vida prega-nos uma daquelas rasteiras de nos deixar a cabeça enterrada na relva. Confesso que me fui abaixo, porque foi uma desilusão e porque me é muito difícil lidar com aquilo que não consigo controlar, com aquilo que não foi causado por falha minha. 
Hoje estou numa secretária nova, com responsabilidades novas e pessoas novas à minha volta. Hoje estou bem - melhor do que estava até - e penso que, da desgraça, se abriram outras (e boas) oportunidades para mim, mas durante um mês andei a bater com a cabeça nas paredes, pela derrota e pela incerteza do futuro. Mas hoje sinto-me melhor, sinto-me melhor a cada dia e quero continuar assim...

terça-feira, 16 de abril de 2013

a propósito de Boston, algo a lembrar.

«So when you spot violence, or bigotry, or intolerance or fear or just garden-variety misogyny, hatred or ignorance, just look it in the eye and think, “The good outnumber you, and we always will.”» - Patton Oswalt (http://bit.ly/11lKK0k)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

no médico.

- "Eu não lhe disse, mas pedi-lhe que voltasse cá hoje porque há sempre a probabilidade de o abcesso voltar a formar-se e aí íamos ter que cortar outra vez."

- "Mas hoje ia ter que me amarrar."

[graças a Deus, safei-me.]

sábado, 13 de abril de 2013

obrigada, vida.

E quando pensamos que tudo vai alinhadinho, os planos alteram-se. Já não há corridas, nem tardes nas esplanadas porque o sol voltou, nem nada. Isto porque, na madrugada de quarta-feira fui fulminada por uma amigdalite, aparentemente normal (tenho um grande historial de amigdalites, pelo que nem estava muito preocupada), mas que em dois dias evoluiu ao ponto de ter deixado de comer sólidos, de falar e quase de conseguir respirar. No terceiro dia, hospital comigo e afinal não era só uma amigdalite, mas um abcesso amigdalino que já me provocava dores no pescoço só de tocar. A cereja no topo do bolo foi terem que me lancetar o abcesso (nunca acreditem nas anestesias em spray) e eu ter passado por uma das piores dores da minha vida. Agora estou em recuperação durante mais uns dias, a ver o sol pela janela, ainda sem comer sólidos e a sonhar com um prego enorme cheio de mostarda. A única coisa boa é que posso aproveitar o tempo todo para ler. Mas pronto... Isto é deprimente e eu estou triste.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

check.

Da minha to do list, começo já a adiantar uns pontinhos:
  •  O sol espreitou e, nesta semana, já fui correr duas vezes na rua. No Domingo tenho a primeira prova do BES Run Challenge, em Cascais, mais 10km.
  •  Juntei-me a um Clube de Leitura, com encontros mensais, para me motivar a ler, discutir ideias e descobrir livros novos.
Até ver, estou motivada.