terça-feira, 29 de setembro de 2009

Autumn blues.


Aproxima-se de mansinho, acaba lentamente com o calor de fim de tarde e dá início a manhãs mais frescas e nebulosas. As folhas caem das árvores e estalam debaixo dos nossos pés antes de serem arrastadas por um vento que se vai tornando habitual. O Outono traz-me sempre uma certa nostalgia, mas uma nostalgia que aquece o coração em vez de o apertar. Nada que se compare ao Inverno que eu acho sempre triste, chuvoso e a puxar para o dramático - menos quando vou para a neve, claro! Mas o Outono é bom e trouxe-me algumas saudades do tempinho frio. Comprei um casaco quente e já ando a sonhar com umas botas novas e camisolas fofas. Mas eu sei que não é uma paixão duradoura, entre mim e o Outono. Porque depois chega o Inverno, depressa demais para o meu gosto e parece durar sempre tempo demais. E aí já estou cansada do frio, da chuva, do vento e só me apetece ir para um país bem quente afogar as mágoas.
Mas por agora estou a curtir a entrada tranquila do Outono...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Banda sonora de Domingo #3.



Charlie Brown Jr. - Me Encontra
Álbum: «Camisa 10 joga bola até na chuva», 2009

Eu sei que já não é Domingo, mas não podia deixar passar esta música.
Que saudades que eu tinha de Charlie Brown Jr.!
«Só é feliz quem sabe o que quer...»


Sabedoria popular.

É nas costas dos outros que vemos as nossas. Tenho aprendido que quando nos deparamos com pessoas que repetidamente tendem a falar maldosamente de outros que lhe são próximos, é preciso "fugir" o mais depressa possível. Falam mal de uns, idolatram outros, mas em pouco menos de um mês  invertem-se as opiniões e os que eram bons já se tornaram maus e os que eram maus são agora os maiores. Estes "amigos de ocasião", fingindo que não, vivem de momentos, de aparências, de futilidades, de conveniências. Mas "when the going gets rough", eles não estão lá, não se preocupam, não querem saber e nem pensam em disfarçar. Porque simplesmente nunca chegam a gostar de ninguém a não ser do seu próprio umbigo. E face a este tipo de pessoas o essencial é dar pouca confiança, ter muita paciência e a noção que, mais cedo ou mais tarde, a facada pode ser nas nossas costas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

The Ting Tings


Em casa, no carro, no ginásio...
Há 2 meses que não consigo parar de ouvir este álbum.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

True Blood

Já li o primeiro e segundo livros. Agora preciso do terceiro.
Pre-ci-so! Senão vou dar em doida!
(e também quero começar a ver a série, alguém arranja?)

Projectando-me.

Apercebi-me que ultimamente ando a fazer muitos planos. Pesquiso muita coisa, desde cursos e workshops a pequenos trabalhos e viagens. Tenho vontade de fazer tudo e mais alguma coisa, aprender, conhecer, melhorar... E não me fico só pelo "ah como eu gostava"...
Gosto do meu novo trabalho, sinto-me a evoluir com o próprio projecto. Acabei agora um pequeno (mas divertido) workshop, estou prestes a saltar para uma pós-graduação e já tenho mais duas ou três coisas na manga para ir preparando.
E estou a adorar toda esta actividade!
Será que os entusiasmos têm prazo de validade?

domingo, 20 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Citação #1

«If I leave this Earth, I want to leave this Earth just knowing I’ve tried to give something back and tried to do something worthwhile with myself.»
– Patrick Swayze.

domingo, 13 de setembro de 2009

Cabo Carvoeiro

Buddha Eden - Garden of Peace

Fica na Quinta de Loridos (freguesia do Carvalhal, no Bombarral) e chama-se Jardim da Paz ou Buddha Eden. Trata-se de uma área de 35 hectares com um lago artificial, um espaço que abriga 6 mil toneladas de estátuas. Tudo isto foi idealizado por Joe Berardo com o intuito de responder à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan por parte do Governo Talibã, um dos maiores actos de barbárie cultural que eliminou da face da terra várias obras de Arte de Gandhara. Neste jardim oriental, repleto de soldados de terracota e outras figuras recuperadas, presta-se, de certo modo, homenagem aos colossais Budas esculpidos na rocha do vale de Bamyan, no centro do Afeganistão, que durante séculos foram referências culturais e espirituais.
Não existem fins religiosos nem económicos, o Buddha Eden está «ao serviço da comunidade nacional e internacional», pelo que as entradas são livres. No entanto, se quiser pode deixar uma contribuição (dentro das suas possibilidades) para que este espaço de tranquilidade e beleza possa ser mantido.
O jardim está fantástico, acho que foi um grande feito do Berardo, digam lá o que disserem dele. Entrámos e já não estávamos em Portugal. O espaço é enorme e parece que acabámos de entrar num qualquer país oriental, a aura do lugar era diferente. O que fica a faltar são algumas indicações do significado, história e origem das esculturas.
Peguem no carrinho e vão visitar os budas num destes fim-de-semanas. Não se vão arrepender!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

«Eat Pray Love», por Elizabeth Gilbert

Houve momentos neste livro em que simplesmente deixei de respirar, por não querer acreditar que as palavras de uma jornalista/escritora americana de 35 anos falavam tão bem ao meu coração. Muitas páginas foram dobradas e marcadas, muitas frases foram sublinhadas e ficou o desejo de mais tarde o reler.
«Eat Pray Love», escrito na primeira pessoa, relata a viagem de Elizabeth por locais tão diferentes - mas tão igualmente sedutores - como Itália, Índia e Indonésia.
Emocionalmente desfeita por um pesado divórcio e um insatisfatório romance extra-conjugal, Elizabeth procura a paz interior e um sentido para uma vida fora dos padrões em que sempre a concebeu. Durante um ano dedica-se aos prazeres mais simples e tranquilizantes da vida. Primeiro, em Roma, onde se delicia com culinária italiana (pizzas, massas, vinhos e condimentos), onde aprende uma nova língua e onde faz novos amigos, experienciando a autêntica dolce vita. Depois parte para a Índia, vivendo num ashram, aprendendo técnicas de meditação, praticando yoga, orando durante horas, entrando em contacto com os seus dolorosos sentimentos reprimidos, procurando vencer os seus velhos fantasmas. Depois, Bali, na Indonésia, um local entre o corrupto e o espiritual, onde ainda há espaço para amar.
O que nos prende a este livro é a maneira como Elizabeth narra aos leitores tudo aquilo que vê e tudo aquilo que sente, num estilo leve e inteligente, com alguma ironia e humor. Se queremos contar uma viagem, temos que saber como o fazer. E Elizabeth soube. Não há nada de aborrecido ou demasiado pesado neste livro.
Uma experiência de sensualidade e espiritualidade que todos nós gostaríamos - e quem sabe precisaríamos - de viver.