sexta-feira, 30 de agosto de 2013

like Santa for your vagina!


Vejam este vídeo. Este é provavelmente um dos anúncios a tampões mais geniais que já vi na minha vida. E não devo ser a única a pensar nisso, porque, em apenas um mês, o Camp Gyno já foi visto por quase 6 milhões de pessoas.

A ideia partiu de uma start-up, a HelloFlo, cujo objectivo é fazer com que as mães preparem o melhor possível as suas filhas para a chegada da primeira menstruação, criando um serviço especial de entregas ao domicílio: "Tampons, pads and candy delivered right to your door". O conceito também serve para mulheres adultas, claro, que ninguém gosta de ser apanhada de surpresa e ter que ir a correr para o supermercado mais próximo. Uma ideia inovadora e uma comunicação sem rodeios e com piada, thumbs up

o piropo.

Isa Almeida e Adriana Lopera, duas militantes do Bloco de Esquerda, querem que o piropo seja controlado. É isso mesmo! Estas duas mulheres corajosas levantam-se contra os elogios badalhocos que o género feminino é obrigado a ouvir praticamente todos os dias pelas ruas deste país. Contra o "oh flôr, dá para pôr?", marchar marchar!

Para Adriana e Elsa, "o homem é ensinado desde pequeno a ser sujeito sexual, a ter desejo, prazer, orgasmo e a falar disto abertamente fazendo alegoria dos seus dotes de engate e não só" e "pelo contrário à mulher é reservada apenas a possibilidade de ser objecto sexual". As duas militantes vão mais longe e classificam aquelas típicas frases do homem das obras - "oh estrela, queres cometa?" - como "assédio sexual" e enquadram-nas na prateleira da "violência de género".

Eu concordo que é uma verdadeira seca ter que ouvir os comentários dos rebarbados e machistas que circulam nas ruas deste país. Uma mulher não pode usar um vestido ou uns calções e ir passear para a Baixa plenamente descansada. Pensando bem, não pode usar nada, que, para alguns, basta ver passar uma mulher para desatarem a dizer alarvidades. E eu assumo que há poucas coisas que me deixem tão enojada como um homem com três dentes na boca a dizer-me que a minha mãe só pode ser uma ostra ("para cuspir uma pérola como tu"), mas uma mudança só poderá passar pela educação das pessoas. Classificar o piropo como "assédio sexual" ou "violência contra a mulher", dizer que o piropo não é tão inofensivo como se pensa, só isso, por si, não é nada, não muda nada. Ensinar os meninos a respeitar as meninas, é o primeiro passo (senão o único) para não termos as ruas cheias de trogloditas.

Mas em que é que isto contribuiu para sairmos da crise? Pois, parece-me que nada. Será que este assunto é assim tão relevante nesta altura? Hmmmm... Não. A única coisa a que tudo isto apela é mesmo a reflectirmos sobre o piropo (é um elogio? faz parte da cultura portuguesa? é ofensivo? é assédio? quais os limites?) e sobre a sociedade machista em que ainda vivemos.

Até acredito que se cobrássemos um imposto por cada piropo ordinário que se ouve nas ruas, a dívida portuguesa estaria rapidamente saldada. Mas a verdade é que qualquer tentativa de controlar o piropo jamais conseguiria passar para um formato legislável. E implementar regras que não podem ser fiscalizadas, poderá somente ridicularizar quem impõe essas mesmas regras. Metam lá mais tabaco nisso.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

os primeiros sinais.

O primeiro sinal de que o Verão está a entrar na recta final é quando saio de casa às 7h00 e já não é completamente dia. Aliás, levantei-me da cama às 6h30 e ainda não havia sol. Os dias já estão a mudar e o Verão passou a correr, para não variar. Snif.

porque a Disney não é a Miley nem a Britney.


Escondido nos Arquivos dos Estúdios Disney, estava um projeto dos anos 40 de uma curta elaborada por Walt Disney e Salvador Dali, baseada nas suas artes surrealistas. No entanto, naquela época, o Walt Disney não tinha dinheiro suficiente para continuar e acabaram por ser produzidos apenas 17 segundos da curta original. Agora, o seu sobrinho, Roy Edward Disney, encontrou o projecto esquecido e finalizou-o com a equipa de animação dos Estúdios Disney. O resultado é um sonho animado. E é simplesmente maravilhoso...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

p'ra quê tanto alarido com a Miley Cyrus?

Se o melhor dos MTV VMA 2013 foi mesmo o Justin Timberlake com um espectacular medley de 15 minutos, com muita dança e os 'NSYNC à mistura? 



Ok, vá, eu confesso que também gostei de ver os momentos de vergonha alheia protagonizados pela ex(!) Hannah Montana. Trashy is not sexy, honey.

em casa da avó.

Deixamos bocados da nossa vida em gavetas. Pedaços dos nossos dias mais normais, que fomos guardando em camadas, dentro de caixas, por baixo de panos, atrás de peças mais quotidianas, esquecidos durante anos e deixados para trás quando partimos. Foram a vida que acontecia. São pequenas notas que escrevemos, cartas de quem mais nos amou, convites para os casamentos de quem nos era mais querido, números de telefone e moradas de quem nos era importante, entre tantos outros cartões e papéis amarrotados que, por instantes, tiveram significado e nos fizeram sorrir. Ficam para quem cá ficou, mas sem alguém que os possa realmente explicar. Quem fica, fica-se pelas suposições, porque agora já é tarde. 

Quando for velhinha, espero que os meus filhos ou netos guardem alguns dos pedaços de vida que eventualmente deixarei espalhados pela minha casa. Como eu vou fazer com coisas que encontrei da minha avó e do meu avô. Provas de que fomos vivos, de que amámos e fomos amados. Não deve haver maior tesouro que esse.

mais da Zara.



Like a lot! Mais umas para a wishlist.

domingo, 25 de agosto de 2013

4 dias depois...

Menos 1,5kg com a minha dieta. Nem queria acreditar, porque passou tão pouco tempo, mas é verdade e até já sinto na roupa. Nos primeiros dois dias custou-me um bocado, confesso, a falta de hidratos deixa-me mais irritadiça (fooooomeeeee!), mas agora já me estou a habituar e nem tenho tanto apetite. Motivação em alta... 3,5kg to go! 

sábado, 24 de agosto de 2013

eu fui feita para o Verão.


Mas confesso que estes casacões da nova colecção da Zara (aliás, praticamente toda a colecção!) me estão a fazer suspirar por uns dias mais frescos. Só uns, muito pouquinhos.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

5kg to go!

Pois é, uma pessoa passa um ano a fazer disparates à mesa e é claro que teria que sofrer as consequências. Por isso, visto que engordei 4 kg desde Agosto de 2012, estou comprometida a perder 5kg nos próximos meses. Como faço desporto com frequência, o meu único remédio é mesmo fechar a boca aos petiscos, aos doces, ao vinho e à cerveja (posso, no máximo, beber uma Coca-Cola Zero quando vou jantar fora) e, o mais duro de todos, ao pão a toda a hora, principalmente à hora do jantar (quando o metabolismo é mais lento, aparentemente)
Por isso, procurei uma nutricionista - porque preciso de alguém a quem prestar contas para não fazer batota - e já tenho o meu plano traçado, pelo menos, até dia 2 de Outubro. Basicamente, os hidratos de carbono desapareceram da minha vida e uma pessoa sente que está a ressacar nos primeiros dias.
Durante as próximas semanas, a minha vida resumir-se-á a:
  • Carnes brancas, peixe, legumes e frutas (mas nem todos são permitidos), algumas tostas integrais, ovos e queijo magro;
  • 1,5l de água por dia, misturada com duas colheres de sopa de um drenante que me faz querer ir à casa de banho quase de dez em dez minutos quase (aaarrgh!);
  • Manter o cardio, fazer um bocadinho mais musculação;
  • Fazer "Hide" em todas as páginas de restaurantes no Facebook (ainda agora tive que olhar para a foto de um enorme e suculento hambúrguer do Honorato);
  • Não comprar calças nem saias novas, rezando para conseguir vestir um número abaixo daqui a uns tempos;
  • Lançar olhares de ódio quando me perguntarem "queres sobremesa?";
  • Fazer a maioria das refeições em casa ou com comida de casa, dando aquela típica dica foleira aos convites para jantar: "ah, vou lá ter depois!";
  • Evitar todos os programas de culinária na televisão e publicações que incluam as palavras "brunch", "almoçar", "jantar", "lanchar", "petiscar", entre outros. Time Out, considera-te avisada.
Estou motivada. Vá, apoiem-me.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

estou farta da Judite de Sousa.

Tão farta de vídeos, notícias, status de Facebook e posts, que a minha única referência a este assunto será apenas encaminhar-vos para aqui e para aqui, que estes dois posts juntos resumem muito daquilo que penso sobre a nossa Juju e o tal milionário Lorenzo.
I'm done with this shit!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

a minha avó.

Fez ontem uma semana que perdi a minha avó, a minha segunda mãe, a minha amiga. Ainda não tinha conseguido escrever nada porque, à medida que o vou fazendo, percebo que o meu amor por ela não caberá em nenhuma das minhas frases. Mas posso tentar. 

Foram 26 anos. Eu era a única neta dela e há já alguns anos que ela era a minha única avó. Cresci com ela, no colo dela, na casa dela. Casa onde eu andava a brincar debaixo das mesas e em cima dos sofás, onde fazia playback com velhos discos do Marco Paulo e dos Abba e um comando na mão, onde passava manhãs inteiras de férias a ver desenhos-animados e a fazer desenhos. Ela deixava-me ajudá-la com a limpar o pó ("é para limpar o tecto das prateleiras, avó?"), a lavar a loiça (em cima de uma cadeira, quando nem chegava ao lava-loiças) e a tomar conta do carrinho das compras quando íamos à praça todas as manhãs. Deixava-me brincar com a maquilhagem, contava-me histórias (a eterna história do macaco sem rabo, por ex.) e levava-me ao jardim todas as tardes, sempre com um termo de chá e pão com fiambre para eu lanchar quando já estava cansada e suficientemente cheia de pó. Ensinou-me muita coisa, transmitiu-me valores que tento manter até hoje, moldou a minha personalidade. Rimos muito e chorámos também. Uma parte de mim é a minha avó e agora sinto que me falta um pedaço. Penso nela todos os dias, várias vezes ao dia. Quando o telefone tocou às 8h00 de quinta-feira, o meu primeiro pensamento foi esperar que ela tivesse partido durante o sono, como eu acho que foi, porque ela tinha tanto medo da morte. Sempre foi uma pessoa cheia de vida que, com mais ou menos dores, dependendo dos dias, sempre gostou de fazer as coisas por si mesma. Foi tudo rápido de mais, mas talvez não pudesse ter acontecido de maneira diferente. Ela não tinha feitio para estar num lar, cada vez mais incapaz e à mercê dos cuidados de desconhecidos. 

Há dias, quando estou deitada e algures entre o acordar e o sono, em que ainda a oiço a falar e espero nunca mais me esquecer do som daquela voz. Às vezes penso que não lhe disse vezes suficientes o quanto gostava dela. Ainda choro. Pensar que nunca mais vou encontrar conforto no colo dela, como sempre fazia. Que nunca mais me vou rir de a ouvir refilar por tudo e mais alguma coisa. Que nunca mais lhe vou ouvir a gargalhada, que é tão parecida com a minha. É uma saudade e uma sensação de vazio que não vão passar de um dia para o outro e às quais me vou habituando lentamente. 

Entre todas as mensagens carinhosas que recebi de amigos, familiares e colegas (que agradeço muito), houve uma que me marcou especialmente e fez todo o sentido: "Podia dizer que melhora com o tempo, mas ainda não cheguei a essa fase. Só sei que a sensação de perda vai dando lugar a uma saudade boa, efabulada, quase mitológica, e que nos diz de onde somos e porque somos. Essa existência passa a ser um segredo nosso, íntimo e espiritual, que decidimos partilhar às vezes e sabemos ser indestrutível. enquanto viveres, viverão as duas. E depois as outras que virão e assim viverão para sempre."

Eu não tenho religião. Não sei se existe o Céu, mas a minha avó também não acreditava nele. Não sei se existe algo para além da vida, seja a reencarnação, a ressurreição ou outra coisa qualquer, mas, se existir, espero que haja algo de bom guardado para a minha avó, que foi uma boa mulher até ao fim dos seus dias. Acredito, no entanto, que honramos a memória das pessoas mantendo e fazendo passar o seu legado e os ensinamentos que nos deixaram... E é isso que vou fazer, enquanto puder.

Quando era nova, a minha avó fez teatro de revista e cantava muito bem, principalmente fado. E gostava muito da Amália Rodrigues (ainda a ouvi cantar a "Mouraria" algumas vezes), por isso não encontro melhor forma de a homenagear também.



Adeus, avó.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

quando nos toca a nós.

Fico possuída quando oiço as pessoas dizerem disparates sobre os imigrantes em Portugal. Odeio aquela generalização de que todos são criminosos e indigentes. Das pessoas que já conheci e das experiências que já tive, tenho uma ideia totalmente diferente. Vejo a grande maioria como gente trabalhadora que veio à procura de oportunidades que, na altura, não teria no seu país. Muitos provavelmente não encontraram aquilo que procuravam, mas fazem pela vida, seja como for.  Toda a gente merece uma oportunidade. E, por isso, me deu tanto gozo ler este artigo da Carrossel Magazine, sobre a experiência de um jornalista português na Áustria. Atenção que, quando digo "gozo", não é pela situação do Pedro, mas pelo facto de nada poder ilustrar tão bem a ideia de nos metermos na pele dos outros e sentir o que é sermos o trabalhador estrangeiro. Os cartazes dos partidos de extrema-direita, o preconceito, a xenofobia... São obstáculos que provavelmente não nos fazem arrepender da viagem (pelo menos, enquanto forem em doses moderadas), mas que nunca nos vão deixar sentir 100% em casa nem totalmente confortáveis. E que nos fazem olhar para os nossos próprios preconceitos e começar a questioná-los. Ou, pelo menos, era isso que devia acontecer.

Já conheciam a Carrossel Magazine? É um novo projecto de jornalismo online que nos conta uma história por dia. São histórias de gente real - "problemas, sucessos, dúvidas, ambições" - e que cobrem todas as áreas e formatos possíveis - "da arte à economia, do perfil à reportagem". Com um grafismo muito apelativo e a colaboração de vários jornalistas/autores que têm publicado textos muito interessantes, é a prova de que ainda há projectos jornalísticos de valor em Portugal. Recomendo. 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

mood.




When I was a child I had a fever 
My hands felt just like 
Two balloons 
Now I've got that feeling once again 
I can't explain 
You would not understand 
This is not how I am...
I have become comfortably numb.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

arranjar um trabalho novo é. #1

Chegar  a 1 de Agosto e ter o mesmo tom de pele bege que tínhamos em Fevereiro.
Verdade seja dita, que o São Pedro também não ajudou nada com aqueles fins-de-semana de frio e chuva.