domingo, 31 de janeiro de 2010

Só me meto em trabalhos.

Tenho um trabalho de uma disciplina da pós-graduação para fazer, mas hoje o meu cérebro decidiu bloquear por completo e não me sai nada de jeito. Não consigo concentrar-me, não consigo analisar gráficos, não consigo escrever um texto como deve ser. Melhor ainda, são 20h30 e acabei de me aperceber que afinal o trabalho é para entregar na próxima terça-feira (eu pensava que ainda faltava uma semana)! E visto que amanhã trabalho o dia todo, não estou a ver como vou resolver este problema. É nestas alturas que eu penso se não terei consumido drogas pesadas no dia em que decidi que trabalhar e estudar ao mesmo tempo era capaz de ser fixe.

The Antichrist, by Lars Von Trier

Acho que nunca um filme me perturbou tanto ao ponto de ter suores frios na sala de cinema. É um bom filme, sem dúvida, o Willem Dafoe e a Charlotte Gainsbourg (os únicos personagens existentes) estão brilhantes,  mas é um filme com uma carga emocional muito forte, muito visual e completamente psicótico. Muito diferente daquilo a que estou (ou estamos) habituada  ver ultimamente num qualquer thriller ou filme de terror. Por isso aconselho-o somente a pessoas de cabeça e estômago fortes. O Anticristo não é para meninos...

Banda sonora de Domingo #19


We Have Band - "Honeytrap", para a nova campanha da Diesel.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Largar tudo e viajar pelo mundo? Adorava!

Colômbia (foto de Gonçalo Oliveira)

Despediu-se do emprego, vendeu o carro, arrendou a casa e decidiu ir dar uma volta ao mundo. De 7 de Agosto de 2008 até 24 de Dezembro de 2009, João Oliveira percorreu praias, selvas, aldeias e cidades de países como o Irão, a Índia, a Tailândia, o Cambodja, Austrália, EUA, México, Brasil, entre muitos outros. Depois de viajar durante 17 meses pelo mundo fora, João Oliveira, 34 anos, assegura: "Não são as paisagens que nos mudam, são as pessoas" (o que é que eu vos disse?).
Todos os detalhes da viagem podem ser acompanhados aqui: http://www.emviagem.net/. Hoje, João Oliveira vai dar uma conferência ("Eu dei a volta ao mundo. Uma experiência humana em diferentes culturas") onde falará da sua experiência e responderá a dúvidas de outros viajantes, na Sociedade de Geografia em Lisboa pelas 18 horas.
"As pessoas que mais me fascinaram foram aquelas que acabei por conhecer por acaso", diz na entrevista ao Expresso. Nem consigo imaginar o tamanho do orgulho e da riqueza que uma pessoa pode trazer de uma viagem destas. O João Oliveira é mais um role model para a minha lista, sem dúvida.

Charlaine Harris

Dia 12 de Março, às 18h, no Maxime, em Lisboa.

Eu não gosto do novo acordo ortográfico!

E não vou usá-lo, pronto.

Mais um sonho estranho...

Esta noite sonhei que estava numa quinta e que lá conhecia uma das autoras de um blog que costumo ler todos os dias. E de repente já fazia parte da família dela. Fucking weird.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Dormir 3 horas e ir trabalhar? Não, obrigado.

Não entendo como algumas pessoas conseguem, depois de um dia de trabalho, ir sair à noite e ir trabalhar no dia seguinte. Hoje é 5ªfeira, para muitos é dia de Bairro Alto, mas eu estou mortinha para me enfiar na cama quentinha. Nem me passa pela cabeça voltar a vestir-me para sair. Estarei a ficar velha precocemente? Ou o problema é mesmo dos outros que não têm amor ao descanso?

Filmes a ver nos próximos 15 dias.


"O Laço Branco", de Michael Haneke


"O Anticristo", de Lars von Trier - Estreia hoje!

Volume III já foi...


... venha o IV! (já está na mesinha de cabeceira à minha espera)

Desabafo.

A minha vida era tão melhor se a 2ª circular não fizesse parte dela. Oh estradinha do inferno!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Preciso de calor, sol e mar.




É impressionante como só o facto de sair do trabalho às 17h30 e ainda haver sol corresponde a quase 50 por cento da minha boa disposição! Só é pena estar frio. Sei que ainda estamos em Janeiro, mas já aguardo ansiosamente a chegada da Primavera e, claro, do Verão! Sobretudo porque, apesar de dizerem que nos próximos tempos a moda serão as peles branquinhas tipo bonequinhas de porcelana, a mim ninguém me tira o direito ao bronze! E agora quero vingar-me de não ter férias há um ano e meio, por isso vou torrar torrar torrar e ficar uma preta autêntica! Que saudades. Quero lá saber das modas, vai ser tão bom...

Comida no chão: Comer ou não, eis a questão!


Tomem a decisão certa.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Up In The Air



Começou por ser um documentário sobre o desemprego, mas tornou-se num filme. Parecia uma comédia romântica (George Clooney, cliché, cliché, cliché), mas afinal não era bem isso. Na verdade, é um filme capaz de nos torcer o estômago e o coração, fazer-nos desejar não acabarmos sozinhos porque só olhamos para as nossas carreiras, estarmos num emprego que odiamos ou sermos insensivelmente despedidos ao fim de muitos anos de trabalho árduo. O mesmo tipo de sátira social que encontramos em "Juno" e "Obrigado Por Fumar", também realizados por Jason Reitman, todos eles filmes bastante fortes na minha opinião. Entre os três, dou ao "Up in The Air" o segundo lugar, pois não ultrapassa o "Juno". Mas ainda assim gostei bastante.
Estou tão cansada.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A moda dos Vampiros.



A última série de vampiros que vi na minha vida foi a "Buffy" e lembro-me que também adorava a novela brasileira "Vamp" com a Cláudia Ohana. E depois do "Blade", do "Drácula de Bram Stoker", do "From Dusk Till Dawn" ou do "The Queen of The Damned", poucas foram as vezes que voltei a ver argumentos com vampiros. Mas parece que agora se tornou moda e as histórias de vampiros voltaram em grande força... ao ponto de se tornar irritante! Não li o "Crepúsculo" da Stephenie Meyer nem fui ver o filme aos cinemas e confesso que a curiosidade já foi maior. Comecei há pouco tempo a ler os livros "True Blood" da Charlaine Harris (sou fã, confesso) e, embora gostasse muito, não consigo acompanhar a série da HBO na RTP1. Penso que ainda existe uma outra série chamada "The Vampire Diaries" cujo argumento me pareceu uma cópia descarada do "Crepúsculo". E agora a televisão portuguesa também decidiu apostar nos sanguessugas de forma exaustiva. Em simultâneo, a SIC e a TVI vão lançar duas séries de vampiros... DUAS séries com argumentos iguais? Seriously? Não há originalidade? O exagero das modas enjoa-me e já me estou a passar seriamente com esta dos vampiros. Para piorar tudo, vem aí o Carnaval... Adivinhem só.

Quem tem amigas (*)


(*) a trabalhar no Disney Channel,

... vai ver a ante-estreia de "A Princesa e o Sapo" (thank you, N.). Confesso que já tinha saudades de um bom clássico Disney com as músicas, as coreografias, os animais falantes, as bruxarias, e tudo e tudo e tudo. A versão portuguesa não está mal, mas confesso que não fiquei fã da voz da Nayma, que faz a parte musical da Tiana (a personagem principal, imagine-se!). E também lamento a escolha do Angélico para o princípe Naveen, talvez nem tanto pela sua (fraca) qualidade como cantor, mas pela pessoa em si (armadinho em estrela). Eu ainda sou do tempo em que se escolhiam as vozes dos personagens pela própria voz e não pela fama cá fora - sei que o mesmo acontece nas versões originais e não deixa de ser uma pena na mesma. E lembro-me que, sendo uma criança habituada às versões brasileiras do Herbert Richers, adorei os primeiros filmes em português como o Rei Leão ou a Pocahontas, mas, a partir daí, sinto que a qualidade foi baixando. No entanto, para meu espanto, achei um piadão à Mafalda Teixeira na voz de Charlotte, a melhor amiga da Tiana. O filme, como não podia deixar de ser, é lindo, muito ao estilo Disney com que cresci (Pocahontas, Pequena Sereia, Bela e o Monstro), mas acho que ainda vou tentar ver na versão original, só porque acho que a banda sonora é sempre melhor.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Da interacção humana.

Uma das melhores partes de viajar é poder interagir e conhecer as pessoas, as suas histórias, as suas artes, as suas filosofias e modos de estar na vida. Independentemente da beleza dos nossos destinos, são as pessoas que nos fazem ganhar um carinho mais especial por aquele país, região, cidade, vila ou aldeia por onde passámos. Lembramo-nos melhor desse lugar porque lá conhecemos alguém que, de alguma maneira, nos impressionou e conquistou. Seja lá fora, seja aqui no nosso Portugal, conhecer as pessoas é como a cerejinha no topo do bolo. Eu, pelo menos, começo a achar isso.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Plano para os próximos dois dias, capítulo 3.


Aqui, em pleno Algarve.
Podia era ser Verão.

As mulheres são terríveis (*).


(*) ou de como um passatempo de sapatos no Facebook se transforma num festival da ressabiadice.

Primeiro começou com a polémica que era uma autora de um livro, que escreve num blog conhecido e que, por acaso, adora a Zilian (a marca de sapatos em questão) estar a participar no concurso (que consiste em conseguir obter o meior número de "Like's" na respectiva foto e frase). As primeiras vozes do ressabiamento levantaram-se logo aí, ai que não pode ser, ai que é competição injusta, ai que nem por cima do meu cadáver ela saca os sapatos todos, ai que vou votar em todas menos nela, ai que na Zilian já a conhecem, ai que ela tem a mania, ai que ela é pirosa, ai que eu nem sei quem é mas já que ninguém quer eu também não quero, ai ai ai. E agora, pelo que já vi, começam a circular perfis falsos que difamam umas, tentando passar a ideia de que estão a fazer batota, para favorecerem outras. E eu pergunto-me: As pessoas não se conseguem concentrar só nelas? Estas coisas não são só pela diversão? Não é só um passatempo? Não são só sapatos? São lindos, eu sei, mas caramba, é preciso começarem logo todas a dar uma de gatas assanhadas cruzadas com cobras venenosas? E o problema, no fundo, é que este tipo de atitudes não acontece só nas redes sociais; há mulheres que conseguem ser as maiores cabras à face da terra, 24 sobre 24 horas. Quando não se tem qualidades...

Coisas obviamente criadas por um homem #1.




Quem criou a calçada portuguesa era claramente um homem. Mulher nenhuma que se prezasse iria lembrar-se de tamanha tortura para os pés de quem tem que andar de saltos altos. Fosse o senhor vivo hoje em dia e a vida deveria correr-lhe muito mal com tanta praga rogada pelas mulheres portuguesas (eu, pelo menos, já roguei umas quantas vezes).
E quem criou os cacifos do meu ginásio também só poderia ser um homem. Cada compartimento é tão apertado e tão juntinho ao seguinte que é impossível que as mulheres, com todas as suas tralhas de roupa, produtos de beleza, produtos de banho, toalhas e sapatos se consigam vestir ali dentro. E em horários muito frequentados torna-se ainda mais difícil, pois quase todos os cacifos estão ocupados. É óbvio que se fosse uma mulher a idealizar o espaço e os armários, as coisas seriam bem diferentes. Aliás, no outro dia, devido à falta de espaço, encostei acidentalmente o meu rabo despido ao rabo despido de outra senhora, o que criou ali um certo momento de constrangimento, um certo suster de respiração. Não sei o que lhe passou pela cabeça, mas desejo que tenha feito o mesmo que eu: Não olhei para trás e fingi que não se tinha passado absolutamente nada. Não sei se o mesmo se passa nos balneários masculinos, mas acho que prefiro ficar na ignorância.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Já começa a ser demais, não?




Haiti, Argentina, Guatemala, México, Ilhas Caimão.. Tudo numa semana, tudo acima dos 5 na escala de Richter. Alguém me explica o que se passa com os sismos na América do Sul? É que já mete medo, a sério.

A Garota de Ipanema.


Helô Pinheiro
(foto: Milan Alram, 1960, Rio de Janeiro)

"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é ela a menina que vem e que passa num doce balanço, a caminho do mar. Moça do corpo dourado do sol de Ipanema, o seu balançado é mais que um poema, é a coisa mais linda que eu já vi passar..."
Tom Jobim e Vinicius de Moraes são mestres. Criaram uma música sobre uma mulher que se transformou numa música de todas as mulheres. Linda que só ela. E eterna. Quão bom será ouvirmos uma música como esta e sabermos que foi inspirada em nós?


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Golden Globes Awards - Dislike!


Diane Kruger.
(de repente apeteceu-me comer algodão doce)


Drew Barrymore.
(o que são aquelas coisas penduradas?)


Heidi Klum e Seal.
(Heidizinha, sei que tiveste agora o teu bebé, mas não te preocupes porque estás novamente com formas perfeitas e invejáveis. No entanto, esse vestido é um bocadinho prom queen demais - eu sei que é Cavalli, mas pronto, não é dos que te favorece mais)


Lea Michelle.
(demasiado grande, demasiado preto)


Mariah Carey
(A Mariah trouxe os seus dois globos de ouro. Ouch.)


Cher e Christina Aguilera
(a Christina ainda se safa, mas a Cher.. medo!)


Julianne Moore
(no, no me gusta.)


AnnaLynne McCord, after-party.
(um bocado slutty este vestido, não?)


Lindsay Lohan, after-party.
(estás no bom caminho Lilo, mas acho que ainda não chegaste lá.)

Golden Globes Awards - Like!


Zoe Saldana
(gosto sobretudo da cor do vestido)


Jennifer Aniston
(com um vestidinho preto, nunca me comprometo)


Kate Hudson
(qualquer trapinho lhe fica bem, mas este vestido é especialmente giro)


Kate Winslet
(preto, simples e elegante)


Marion Cotillard
(esta mulher é linda!)


Penélope Cruz
(que bronze!, vê-se mesmo que esteve com o Javi no Brasil.)

Woo-hoo!

Chegou a altura de marcar os primeiros dias de férias!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Preciso de mais tempo...

... para ver mais séries e mais filmes! Tenho um disco a abarrotar de coisas por ver, incluíndo uma season 6 de The L Word, mais um resto de Californication, um Better Off Ted para começar (desculpa, C.), entre muitos outros. E dos filmes então nem se fala. Aliás, acho mesmo que hoje vou dispensar a gala dos Ídolos mais uma vez e ver o Milk, por exemplo.

Banda sonora de Domingo #17


Madonna - "Devil Wouldn't Recognise You"

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Plano para os próximos dois dias, capítulo 2.


Mealhada, Luso, Anadia, Coimbra. Dormir no Hotel do Bussaco (na foto). Ser obrigada a comer leitão da Bairrada (que eu não gosto lá muito, mas pronto, é só uma vez). Beber uns bons vinhos. Dormir pouco e andar muito. Apanhar frio e/ou chuva, muito provavelmente. Beijinhos, abraços e até Sábado.

Das metáforas do Saramago e das catástrofes naturais.

No Haiti, já não existem casas, hospitais, esquadras de polícia, igrejas e, de momento, nem electricidade. Enquanto que uns ajudam a salvar pessoas e retirar mortos dos escombros, outros choram e gritam e, os mais monstruosos, roubam e incendeiam o que resta, como se isso lhes fosse valer de muito numa cidade em ruínas. Curiosamente, ontem acabei de ler "O Ensaio Sobre A Cegueira", do Saramago e, parvoíce minha ou não, encontro muitas relações entre o livro e aquilo que se vê acontecer no Haiti (e não só, claro). A cegueira é no livro uma metáfora da desumanização, do homem reduzido a um estado de indignidade tal que o faz despertar para um estado animal, de crueldade, violência e de sobrevivência do mais forte. É assim que vejo, pela televisão, a situação dos habitantes daquele pedacinho de ilha. Habitantes de um país que está em guerra há anos, já quase nem devem saber porquê, vêem-se reduzidos a quase nada, sentados nas beiras dos passeios sem saberem para onde ir, enquanto que outros ainda se contentam com pilhagens. Mas, tal como descreve Vítor Aguiar e Silva na contracapa do livro, "no meio desta catástrofe horrenda, no meio de tanta miséria física e moral, de tanta dor e tanta aflição, a esperança do homem ainda guarda sentido, alimentada por uma tenaz consciência moral, pela capacidade espantosa de sacrifício e pela generosidade de alguns (...)". Felizmente, há quem queira ajudar, não só habitantes locais, mas também de outros países, seja por motivações religiosas, políticas ou por pura compaixão. Felizmente, existe a Cruz Vermelha, que foi a primeira a ter uma equipa destacada para o local e que, a par de outras organizações humanitárias ajuda quem mais precisa em todo o mundo. Felizmente, existem ainda pessoas que, não podendo ajudar fisicamente, vão querer doar dinheiro para a reconstrução. Felizmente, no meio do egocentrismo que faz o mundo de hoje girar (ou não), ainda existem pessoas que conseguem fazer a diferença.  "E após a expiação, o sofrimento inumano e a morte de muitos, os cegos começaram de novo a ver...".

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

First trip of the year, booked!



Nos vamos a Madrid en febrero! Guaaaay!

Quais as probabilidades...


... de, quinze minutos depois de ter lá passado, anunciarem na rádio que a estrada foi cortada devido às cheias? Com um bocadinho de atraso hoje não tinha vindo trabalhar. E eu, que estou sempre atrasada, hoje saí a horas certas (porquê?!)! Logo hoje que era um dia tão bom para ficar em casa, debaixo dos cobertores, a ouvir a chuvinha lá fora. Maldito tempo...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Gran Torino. Grande Eastwood.


Ontem decidi não gastar os meus neurónios com mais uma gala dos Ídolos. Aproveitei que tenho um disco externo cheio de filmes por ver, fui para a caminha com o meu computador e escolhi o "Gran Torino". Pensei que o filme era só sobre um carro, por causa do título, mas enganei-me. Já tinha dito que tenho uma fraqueza com filmes de animais, gordinhos e/ou velhinhos? Pois bem, acabei por chorar um bocadinho no fim (o que é que se passa comigo, meu Deus?!). Neste filme, Clint Eastwood interpreta (na perfeição) Walt Kowalski, um velho rezingão, veterano da guerra na Coreia, ex-empregado da Ford, patriota, que olha chineses e pretos de lado e não tem medo de dizer o que pensa a quem quer que seja. O seu passado marca-o, a morte da mulher fragiliza-o, afastamento dos filhos afecta-o e, quando tudo isto se torna perceptível, começamos a ver nele uma personagem muito humana, sentimos ternura e compaixão. No entanto, Walt acaba por baixar as defesas ao conhecer melhor os seus (odiados) vizinhos asiáticos, tentando resolver os seus problemas e defendê-los dos gangues que atormentam a comunidade. Como vai sendo habitual nos filmes do realizador (como "Million Dollar Baby" ou "Mystic River"), há sempre o momento da redenção, normalmente aliado à morte de alguém. A história é simples, mas leva-nos inevitavelmente a filosofar sobre a vida, religião, morte, enfim, dava para ficar aqui a escrever infinitamente. Gostei e gosto do Clint Eastwood, pronto.

Querido S. Pedro...

... Já que está um frio do caraças, bem podias alegrar-nos e dar-nos um bocadinho de neve aqui em Lisboa. Mas só um bocadinho, que eu bem sei que a neve, se não estivermos numa estância de ski, só é gira nos dois primeiros dias.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Banda sonora de Domingo #16


Jay-Z feat. Alicia Keys - "Empire State of Mind"
Já que hoje tenho muito trabalho para fazer, ao menos que seja ao som de uma música assim. Adoro.

Second Life.


Eu sei que já falei sobre este assunto, mas volto a sublinhar que não percebo porque é que os filmes portugueses têm que ser sempre a mesma coisa. Eu estava curiosa em relação ao Second Life e ontem à noite aproveitei o TVC4 para ver o que é que este tão falado filme teria de especial. Infelizmente, acabei por concluir que é mais do mesmo. Temos gajas boas? Temos (avé Liliana Santos). Temos gajas boas despidas? Ah pois temos. Temos o Nicolau Breyner? Obviamente que sim (e vá lá que desta vez não faz papel de corrupto). Temos argumentos fraquinhos e histórias sem sabor? Sem sombra de dúvida. O pior de tudo é terem posto o Ruy de Carvalho a fazer de Karl Lagarfeld (urgh!). Lado positivo: Pelo menos não gastei dinheiro nisto.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Realmente...

... Uma pessoa passa dois dias completamente isolada do mundo da internet e dos blogues e, mal chega a Lisboa e liga o computador, depara-se com isto. What tha...? Caríssima Clara Pinto Correia, a menina escreveu no seu conto que a «companhia íntima dos homens já me desiludiu que chegue e a das mulheres não me interessa absolutamente nada», não foi? Pois fique sabendo que a mim não me interessa mesmo mesmo nada saber detalhes (visuais, sobretudo) sobre o seu êxtase sexual (e tão pouco sensual). E eu que comi tão bem nestes últimos dois dias, neste momento sinto-me algo enjoada. Chiça!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Plano para os próximos dois dias.


Ponte de Lima. Muito trabalhinho com muito friozinho.
Mas pronto, eu até gosto de passear. Até Sábado.

Double Denim? It's a no-no!


Tenho lido em vários sites/blogues de moda que o fenómeno de usar calças de ganga com blusões de ganga está a voltar. Ora, eu aviso desde já que, pela parte que me toca, tal tradição dos anos 80/90 que marcou tão brutalmente a minha infância continuará a ser proibida. A sério, ganga com ganga? Não fica bem, seja em homens ou mulheres, e sobretudo se as duas peças forem de tons diferentes. Há umas poucas pessoas no mundo (umas 5, vá) que conseguem usar um outfit todo em ganga e ficarem bem, mas isso não é para qualquer um, portanto não se ponham a inventar. Usem uma (!!!) peça de ganga e aproveitem a vossa vida social.

Mulheres...

... botem a mão na consciência! Lá porque está frio não é desculpa para deixarem crescer os pelinhos do vosso corpo! A sério, façam depilação no Inverno. Mesmo que ninguém vos vá ver de perna ao léu ou vos vá tocar (e nunca se sabe o que a vida vos reserva), façam-no por vocês, façam-no para se sentirem mais bonitas, o que seja. E pensem - envergonhem-se, se for preciso - que há homens por aí que andam com uma depilação mais bem feita do que a vossa.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

E falando em música (da boa)...

... seguem os concertos que gostava de poder ver este ano (até agora), se conseguir esticar o dinheirinho.


Joss Stone - Coliseu de Lisboa - 15 de Fevereiro

The Arctic Monkeys - 3 de Fevereiro - Praça de Touros do Campo Pequeno (já é a segunda vez, mas não me importo)

La Roux - 13 de Março - Lux

E, como já disse, os Muse, no Rock in Rio. Agora só falta saber como vai ser o cartaz do Optimus Alive.
Ah, e ouvi dizer que os Crookers vêm cá no dia 27 de Fevereiro, mas não sei onde.. Será Lx Factory? Lux, outra vez? Alguém sabe?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Porqué no te callas?

Eu gosto de música portuguesa e acho que é importante incutir-se nas pessoas que por cá se faz música boa. Mas, apesar de cada um ter o direito às suas preferências, desgosta-me ver que demasiadas pessoas adoram estes quatro seres dos infernos. São eles:

Mafalda Veiga. Por favor, não há saco para tanta lamechice, tanta letra com tanta metáfora, sempre a mesma coisa, sempre tudo igual, do mesmo estilinho triste, de romancezinho depressivo, de coraçõezinhos bonitos e borboletinhas na barriga. Enfim. E depois rodam repetitivamente na rádio, ora é um dueto com o André Sardet, ora com o João Pedro Pais, ora com o Tiago Bettencourt. E são o quê? T-o-d-a-s-i-g-u-a-i-s-! Confesso que fui (e sou) rapariga para  ouvir a "Cada Lugar Teu" ou a "Canção de Macau", mas uma vez a cada 4 meses, nada mais do que isso. Não gosto, pronto.


André Sardet. Este, para mim, é o mais diabólico de todos. Já o vi uma vez ao vivo (quase obrigada!) e achei que o meu cérebro ia explodir. As músicas são irritantes de tão enfadonhas que são. E então aquela nova do "gosto de ti desde aqui até à lua, gosto de ti desde a lua até aqui", por amor de Deus! Seca, seca, seca.


Sónia Tavares. Esta é a mulher que faz com que a Amália esteja a dar voltas no túmulo neste momento. Assassinou a Gaivota e, para piorar, puseram-na como genérico de uma telenovela da TVI (é a sentença de morte) e ainda a põem a tocar na rádio para aí umas dez vezes por dia. Estou tão farta que fico com enxaquecas cada vez que a oiço. Além disso, acho-a um bocadinho presunçosa demais. E eu que já achei uma certa piada aos The Gift.


Também achei piada ao Tiago Bettencourt, nos tempos do primeiro álbum dos Toranja. Agora também não o suporto. Estes gajos agarram-se a um estilo, a um modo de escrever e cantar e toca a produzir músicas a nível industrial, quase tudo igual e quase tudo muito fraquinho. E depois deste novo dueto com a Mafalda Veiga - que é absolutamente deprimente - o Tiago é, para mim, um homem morto.

Call (me a) Girl.


Ontem à noite estive a ver - num zapping entre SIC e TVI - o filme português Call Girl. Primeiro, acho que a maioria já sabe e concorda, a Soraia Chaves é boa nas horas. Como actriz também não desilude (comparando com muitas que por aí andam), apesar de gostar de a ver interpretar outra coisa que não papéis de femme fatale. Também não entendo porque é que o Nicolau Breyner tem que estar em tudo o que é filme, sempre a fazer de velho tarado e mafioso. Porquê?! E, por fim, apercebi-me que me faz muita confusão a necessidade que os filmes portugueses têm de meter um ou dois palavrões a cada duas frases, como se isso tornasse a cena mais realista. Nos últimos 45 minutos de filme que vi, perdi a conta ao número de impropérios proferidos por todos os actores. Não sei se o que me choca é a quantidade de palavrões em si, porque a verdade é que nos filmes americanos também se dizem muitos. Acho que o problema é mesmo a abismal diferença de intensidade entre, por exemplo, um «Wanna fuck?» e um «Queres foder?». Ainda por cima dito pela Soraia Chaves que, verdade seja dita, é mestre a fazer ar de puta ordinária. (Aos mais sensíveis, peço desculpa pelos palavrões.)

Frase do Dia #1

"Tenho um macho alfa cá dentro" - Margarida Rebelo Pinto

domingo, 3 de janeiro de 2010

Banda sonora de Domingo #15


"One Life Stand", novo single dos Hot Chip

Vão ver.


"Avatar" - Confesso que, apesar de ser obra do sr James Cameron, estava meio desconfiada em relação a este tão falado filme. Entrei na sala de cinema com expectativas zero (até pensava que ia ser uma grande banhada) e saí de lá com um sorriso na cara. A história é um bocadinho cliché, mas não deixa de nos prender, enquanto que os efeitos especiais, os cenários, toda aquela caracterização, são capazes de nos fazer sonhar. Foi também impossível não perceber as subtis mensagens políticas que o realizador imprimiu no argumento. Adorei e acho que é daqueles filmes que vou comprar em dvd.


"Sherlock Holmes" - Gostei. No início pensei que uma versão cinematográfica da obra literária de Arthur Conan Doyle seria algo demasiado profundo e pesado. Mas não foi esse o caso, algo que, para mim, foi um alívio. O lado bom do filme deve-se, sobretudo, à interpretação de Robert Downey Jr, que conferiu uma imagem fresca ao famoso detective. O Sherlock de Downey Jr aprecia a racionalidade e a lógica, mas é ao mesmo tempo sarcástico e tem um humor negro bastante engraçado. E, surpresa das surpresas, é perito em artes marciais. Depois temos o interessante Jude Law no papel de Watson. Isto para mim também é um ponto a favor, porque eu - vá-se lá saber porquê -sempre imaginei que esta personagem fosse um senhor baixo e gordinho. E também gostei muito de Mark Strong, que interpreta o vilão da história, Lord Blackwood.

Se ainda não viram nenhum destes dois filmes, tratem de o fazer. Valem muito a pena.