quarta-feira, 22 de junho de 2011

e às vezes parece que nunca se esquece.

"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?

As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar."

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

terça-feira, 21 de junho de 2011

"queres ter o look da Miley Cyrus?"

Gosto muito de receber a revista Bravo aqui no escritório. Basta-me ler duas páginas para me sentir contente por já não ser adolescente. Me-do.

domingo, 19 de junho de 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

ways to go.


Alice: "Oh, no, no. I was just wondering if you could help me find my way".
Cheshire Cat: "Well that depends on where you want to get to."
Alice: "Oh, it really doesn't matter, as long as..."
Cheshire Cat: "Then it really doesn't matter which way you go."

eleições.


Cada vez me convenço mais que os portugueses gostam é de chorar e lamentar-se, de cantar o fado do "ai-somos-tão-coitadinhos-todos-nos-fazem-mal-isto-assim-não-dá". Mas na altura de ir votar, tomem lá 40% de abstenção. E a praia nem estava muito cheia, portanto ou somos muito preguiçosos ou estamos a perder completamente a fé na nossa classe política.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

de 0 a 10.

Qual é o nível de estupidez de ter sonhado que era amiga do Cristiano Ronaldo e da Irina, eles viverem nos Olivais e conduzirem um carro tipo Opel Corsa velho?
Estes meus sonhos preocupam-me.

P.S.: A Irina continuava a ser gira e boa. E eu dizia ao Cristiano "ela é muito querida". Ridículo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Junho.

Começou o meu mês preferido.

quase a fazer anos.

Por isso, para não quebrar a tradição, tomei a liberdade de fazer uma pequena(!) birthday wishlist:

Malas Candy, da Furla (170 euros, por aí).

Este relógio Komono Bond Gold. À venda nas lojas WESC.
Pulseira Bimba&Lola. Também há o anel e adoro os dois.
Mala Zara (em amarelo ou verde, 69 euros)
Asos Summer Dress with Cross Strap Detail (size 10, preto ou lima)


Ray-Ban Cats, tão lindinhos.



Marc, by Marc Jacobs. New Wayfarer. Adoro.


"Impressions", o álbum de covers do Mayer Hawthorne.

"A Strange Arrangement", o álbum de originais do Mayer Hawthorne.
Este, size 10. Também do Asos.




Asos, size 10.

Gosto muito deste, apesar de me parecer mesmo curtinho.


Por fim, uns sapatinhos da Zilian e um bilhetinho para o Super Bock Super Rock e ficamos todos contentes. Boa? :)
 







a mais recente revista de música online.


Chama-se PUNCH e estou a apostar que vai ser um sucesso. Boa música, notícias, novidades, agenda, vídeos, passatempos e muito mais. Totalmente em português!
É para ler, adorar e partilhar, sim? :)