sexta-feira, 30 de março de 2012

mais sonhos.

Quando estou a passar por períodos de emoções fortes, positivas ou negativas, tenho imensos sonhos. Sonhos enormes, cheios de personagens (da vida real ou inventadas por mim) e cheios de situações absurdas. Quando bebo vinho também me acontece. Mas esta noite não foi o caso.

Esta noite sonhei que estava grávida. E agora que conheço o Dream Decoder, graças à Rachelet, é lá que procuro o significado de algumas parvoíces que me passam pela cabeça enquanto durmo. Normalmente bate certo com o que o resto das pessoas - aquelas que gostam de se informar sobre estas coisas - me dizem. Ora bem, portanto estava grávida, e de acordo com o Descodificador de Sonhos, é isto que se passa: "Dreaming of pregnancy predicts long term happiness if you are a woman. However, it also expresses apprehension in sexual relationships, an ambivalent feeling of wanting to be a mother but not feeling that you are good enough, even anxiety about giving birth if you are already pregnant."

Depois, no meio do sonho, estou na minha sala, no meu trabalho, e a porta que normalmente dá para as escadas de emergência, passou a dar para um maravilhoso jardim. E eu estou a regar uma árvore enorme e gorda que, mal eu deito a água junto das raízes, começa a ficar cheia de flores enormes e coloridas (confesso que adorei esta parte do sonho). Ora, vem o Descodificador de Sonhos e diz-me: "If the tree you are dreaming about is dense, covered with buds, leaves or flowers, a period of abundance is being predicted, because the tree symbolises growing happiness, slow but steady".

Basicamente, ando a sonhar com felicidade.
Tenho que dormir mais.

terça-feira, 27 de março de 2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

domingo, 25 de março de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Há uns meses atrás achámos que este dia não iria mais ser assinalado, pelo menos não em forma de celebração. Hoje, contrariando as expectativas, celebramos o facto de estarmos perante um milagre. Reconheces toda a família e amigos, sabes as nossas datas de aniversário, ris com as nossas piadas, consegues ler, tens memória e até já jogas às cartas (e ganhas!), reparas em todos os pormenores. 
Claro que recuperação total está longe e vai ser custosa, mas tem sido tão evidente que nos é difícil não acreditar que há ainda muito mais para conseguir. Às vezes choras e desesperas, porque não conseguir dizer as palavras que queres é um desespero e porque não conseguir andar é sentires-te impotente, mas há uma força interior em ti que te está a levar para a frente. Se pensarmos no que eras em Novembro e no que és agora, os progressos foram tantos e tão bons. Para grande alegria de todos nós.
Parabéns, prima.

terça-feira, 20 de março de 2012

sexta-feira, 16 de março de 2012

coisas que eu gostava de ter escrito.

"Nos dias que correm só gosto do Amor que respira silêncio, que é no toque desse silêncio que sinto a sua certeza."

Daqui. Gostei muito.

quinta-feira, 15 de março de 2012

facebook.

A sério que acreditam mesmo que se partilharem uma foto de um talão do Euromilhões alguém vai dividir o prémio com vocês no caso de ser a chave vencedora?

facebook.

Francamente, não tenho o mínimo interesse em saber quem andou a ver as minhas fotos ou o meu perfil.
E ainda bem. Assim também não caio nas infinitas teias de mensagens de vírus e SPAM que andam aí a espalhar-se pelo perfil de muitos amigos.

continuamos leões. (aviso: post nada a ver com o meu amado Sporting)



«A ideia de que não podemos decidir quem fica ou não nas nossas vidas é forte. É contra tudo o que queremos, chama-nos de impotentes, delimita o espaço em que aquela criança birrenta que viceja dentro de nós pode actuar. É um alerta: o outro tem o direito de ir (e nunca mais vir) só porque assim deseja, porque descurtiu-nos, achou que o fizemos foi de mais ou de menos, cansou, partiu para outra, seguiu sua vida decidido a não mais nos amar. Também reflecte o contrário, que o outro pode continuar a ser motivo de nosso afecto, mas não de convivência. Que o outro faz-nos mal, não nos respeita, não merece a nossa companhia e, mesmo assim… Sim, continuamos a gostar dele. Contra o bom senso, contra o que é direito, contra a opinião dos nossos outros amigos ou amados que, recorrentemente, alerta-nos para o mal que aquele afecto nos traz.
No fim, há o verbo “aprender”, diferente de “sentir”, “perceber”, “admitir”. “Aprender” é um termo mais severo. Recorda ordem de pai, conselho de mãe, comando de preceptora alemã. “Aprender” é pôr cá para dentro algo alheio a nossa natureza. Como animais de circo temos que aprender coisas que não faríamos em ambiente selvagem. Somos elefantes que precisam dançar valsa para não levar chicotadas e ganhar alimentos. Somos leões que dão a pata. O problema, senhor domador, cuidado connosco, nunca se esqueça, continuamos leões.»

(Edson Athayde, na Sábado)

quarta-feira, 14 de março de 2012

leituras em dia #7

"Pensa um pouco em mim, mas calmamente, porque se tu estiveres calma eu estarei também." (Arpad Szenes)

Vou querer muito este livro.

o meu sobrinho-de-coração.

Já tem um mês e meio, está tão maior e gordinho.
E tem um cheirinho de bebé delicioso.
Ontem dormiu no colo da tia C. e até sorriu. ♥
(ou pode ter sido uma cólica, mas prefiro acreditar que ele estava mega confortável.)

terça-feira, 13 de março de 2012

time flies when it's awesome.

Hoje reparei que já passou um ano.
Um ano desde que saí do emprego que me fazia a mais infeliz do mundo, a menos realizada, a mais inquieta. Lembro-me de quando comecei: estava entusiasmada e acreditava no projecto e nas pessoas que o conduziam. O primeiro ano fez-se relativamente bem, fechando os olhos a algumas coisas. Depois, veio a completa desilusão. Todos os dias desesperava com a falta de visão e flexibilidade da entidade patronal, com a falta de honestidade da mesma e com a falta de meios que tinha para fazer um bom trabalho, que me pusesse orgulhosa. Dormia mal, chorava e desesperava todas as semanas.
Foram centenas de currículos que enviei, durante um ano, para conseguir sair dali. Acabei por me inscrever no mestrado com a ambição de algo diferente, de ter mais conhecimentos para me lançar em coisas novas, de ter contactos que me ajudassem a fazê-lo. Um ano depois, consegui. Saí em Março, em Abril entrei numa empresa de gente fixe, onde comecei a pedalar mais depressa, e seis meses depois consegui chegar onde queria. Ainda com muita coisa para aprender, mas sobretudo com vontade de o fazer.
Num único ano, a minha vida deu muitas voltas e sei que aquele desespero, aquele medo de ficar numa empresa de vão de escada a apodrecer e a lidar com gente estúpida, foi a força de que precisei para investir em mim. E acho que, para variar, a sorte me quis sorrir um bocadinho.
Seja como for: I'm so very proud of myself today. E isto já ninguém me tira.

leituras em dia #6

Comecei a ler "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" do Saramago e está a custar um bocadinho a arrancar. Não é propriamente o livro que se consiga ler na cama, depois de um dia de trabalho e ginásio. É preciso uma capacidade de concentração e compreensão que ultimamente, depois das 22h, não estou a conseguir atingir. Mas eu chego lá. Eu chego lá.

quinta-feira, 8 de março de 2012

mulheres going wild.

Basicamente, a colecção da Marni para a H&M já esgotou na loja da Baixa. Houve pancadaria e tudo, mulheres a levarem 50 peças que depois não podiam pagar e iam largando pelo caminho para outras apanharem sofregamente. Disse-nos uma senhora que viveu o momento. Fez-nos um relato espectacular - incluía uma grávida a cair no chão e tudo!

Tem tanto de cómico como de triste. Credo.

mulheres pouco mulheres.

Há mulheres tão sonsas, tão falsas, tão invejosas e tão ressabiadas, quer para amigas como para colegas de trabalho, que não deveriam celebrar o Dia da Mulher. Há mulheres que simplesmente não gostam de facilitar a vida de outras mulheres. Incomoda-as, faz-lhes comichão, dá-lhes dores quase menstruais. Têm instintos de aniquilação. E pelas mais variadíssimas razões.
Fala-se muito - e sobretudo neste dia - da injustiça e do horror que é existirem mulheres do outro lado do mundo que andam de cara tapada, que não podem ter carreiras, que são violadas, que são mutiladas e desrespeitadas. E isso é tudo muito bonito, porque é efectivamente injusto e horrendo e quem nos dera poder fazer qualquer coisa para mudar isso - e há quem realmente faça, mas não é para todos. Mas depois há aquelas mulheres que sentem inveja da vida de uma amiga e desejam que tudo lhe corra mal, que "deixam escapar" segredos que uma outra lhes confidenciou porque isso lhes convém, que recebem com desprezo e arrogância uma nova estagiária na empresa ou cujo objectivo diário é prejudicar a colega da secretária ao lado porque o talento dela - ou o cabelo, ou as unhas, ou a roupa ou a juventude - as incomoda.
Por isso, porque fica sempre bem assinalar qualquer coisa nesta data (e em tantas outras que vamos instituíndo para nos sentirmos bem connosco próprios), fica o desejo de que as mulheres vençam os obstáculos e deixem de ser discriminadas, torturadas e aterrorizadas. Não só pelos homens, esses grandes sacanas (let's not forget!), mas sobretudo pelas outras mulheres. Aquelas que todas as semanas partilham a mesma sala connosco e com quem temos de trocar ideias, aquelas que nos garantem o posto de trabalho, aquelas a quem chamamos família e aquelas que nos põem um braço por cima, indecisas entre um gesto de amizade ou um desejo de estrangulamento. Já que, ao longo dos séculos, sempre tivémos que batalhar duas vezes mais que os homens para termos aquilo que queríamos da vida, ao menos que não andemos a passar rasteiras umas às outras pelo caminho. Além de chato, é contraproducente.
Resumindo: Incomoda-me a quantidade de cabredo mal formado que ainda anda por aí.

ser gaja na Baixa-Chiado PT Bluestation.

Porque hoje, dia 8 de Março, é Dia da Mulher e esta é uma marca gira: Em vez de flores ou chocolates, oferece-se "tempo de antena" (e mais umas coisinhas). É ir até à estação da Baixa-Chiado, entrar na cabine e responder à eterna questão: O que é que as mulheres realmente querem? Desafio válido para homens e mulheres!


Mas há mais. Continuando na onda do "girl power", na sexta-feira, dia 9 de Março às 21h00, é a vez da Da Chick (membro da The Discotexas Band) animar a Baixa-Chiado PT Bluestation.


Não digam que não vos dou boas sugestões para celebrarem o facto de terem um pipi e de viverem num país onde o vosso pipi não é (tão) discriminado (apesar de continuar a achar que o motivo da celebração não deveria sequer existir, em lado nenhum). Apesar de tudo, já que vos estendem a passadeira vermelha, mimem-se e deixem-se mimar, porque podem. Eu já dei a minha contribuição para este dia. As flores e os chocolates, peçam aos vossos homens.

quinta-feira, 1 de março de 2012

one minute you're here, one minute you're gone.

Hoje morreu um senhor no café em frente à minha casa. Estava lá sentado numa mesa e de repente caiu no chão. Morto. Veio o INEM e a Polícia, montou-se um alarido à porta, vieram os familiares que ficaram dentro do café cerca de duas horas, com o corpo enrolado em papel de prata até chegar o médico do Instituto de Medicina Legal e a carrinha da polícia poder levá-lo para a morgue (eu não sabia, mas pelos vistos o INEM não pode transportar mortos nas ambulâncias e, mal viram que não era possível reanimar o senhor, foram-se embora).
Às vezes estamos doentes e definhamos aos poucos. Outras vezes vamos só ao café da esquina e acabamos por não sair de lá vivos. Nenhuma das opções é boa. Ainda estou um bocado arrepiada. Não sei se pela ideia de estar um cadáver no meio do café, se pela enorme e incontornável fragilidade da vida. Talvez os dois.

da Fé.

Está a chover. Alguém vá dizer à Assunção Cristas que já pode parar de rezar.