terça-feira, 18 de maio de 2010

Mirandelagate.

Eu acho bem que as pessoas possam fazer aquilo que lhes dá na telha e acho que não devem ser censuradas pelas suas escolhas. Exemplo disso é o facto de hoje estar contente pela nova lei que permite o casamento entre homossexuais; a vida é deles, a escolha é deles, que sejam felizes. Mas ao mesmo tempo, acho que uma professora cujo pipi foi visto pela vila inteira (para não dizer país inteiro), alunos menores incluídos, nunca conseguirá reunir o respeito necessário, tanto dos pais como dos educandos, para seguir com esta profissão para a frente. Não é pior professora por causa disso, é verdade, e nem estou a defender o seu despedimento, mas sinceramente acho que, depois de andar de perna aberta e mamocas à mostra, ninguém consegue ser levado a sério pelos alunos, encarregados de educação, colegas de profissão e patrões. Nem pelo homem do café! A mente trapaceia-nos e a imaginação é uma coisa tramada, como sabem.

E não acho que seja um problema da mentalidade portuguesa, não acho que seja sequer falso moralismo. Ser moderno não é aceitar toda a asneirada que nos aparece pela frente, apesar de parecer que há uma crescente tendência para o fazer. Acho que é normal que este "entrave" surja em qualquer lado, em qualquer país. Há profissões que exigem um pouco mais de decoro que outras e quando se opta por certos caminhos também há que ter noção das muito prováveis consequências. Não é que os miúdos não vejam mulheres nuas quando quiserem, afinal de contas estamos numa época dominada pela internet onde o acesso a essa "informação" é sempre facilitado. No entanto, trata-se de uma professora, alguém que tem o dever de os educar e de lhes incutir valores e penso que, ao perder aquela aura de respeito (porque perde, nem que seja pelo facto de lidar com miúdos cujas hormonas já começam a saltar que nem pipocas), a tarefa ser-lhe-á mais difícil de concretizar. Mas ela devia seria livre de querer tentar.

P.S.: Tendo em conta o historial da menina de Mirandela (que envolve reality shows manhosos) também não me parece que ela queira ficar-se pela profissão de professora. Fiquei com a ideia de que quer mesmo é dar nas vistas e, a exemplo de outras tantas, tornar-se numa estrela da moda e/ou televisão. Ou então é só mal paga e precisa de uns trocos fáceis.

10 comentários:

N disse...

estes escândalos lá do bairro q se tornam nacionai tiram-me do sério.

Cate disse...

N.: É o mundo em que vives. Hoje qualquer tricazinha de vão de escada se transforma num falatório a nível nacional, em boa parte graças à tecnologia, à internet, aos blogues, às redes sociais e, por fim, aos meios de comunicação (que, por sua vez, ainda põem mais importância na circulação destas histórias). O fenómeno das vizinhas coscuvilheiras expandiu-se para um nível global. Isso acontece cá em Portugal, como em França ou nos EUA. As pessoas sempre prefeririam olhar mais para a vida dos outros do que para as suas próprias, não é uma novidade.

Não acho grave que se falem destes temas, são actualidades como quaisquer outras. Não aceito é que se transformem em abafadores de outras questões mil vezes mais importantes.

Analog Girl disse...

Concordo, até porque com isto tudo não se falou do casamento da Luciana Abreu... Raios partam estas prioridades trocadas!

Anónimo disse...

Cate, eu nao diria melhor. Acho que todos temos liberdade para fazer as nossas opçoes, etc e tal, mas digo-te já que nao achava muita piada se a professora de um filho meu se apresentasse nestes preparos.

O quê? Aluciana Abreu casou-se?
:-)

Mário Ventura disse...

Pipi... adoro esta palavra!

ML disse...

E não é que concordo com tudo?!

Ela quer tudo menos continuar a exercer a profissão de professora.

Morais disse...

Escreves mt bem Quina ;). Bom post

Patife disse...

O Patife é um liberal e não vê mal algum.

Cate disse...

Patife: Calculei que sim! ;)

Dylan disse...

Não conhecia esse "historial manhoso"...