segunda-feira, 19 de julho de 2010

Bichinhos.



Regra geral, não compreendo as pessoas que não gostam de animais. Não entendo como é que há pessoas que não sentem afecto pelos bichinhos, que não sentem vontade de afagar o pêlo a um cãozinho ou de pegar num gatinho ao colo (pessoal com alergias está excluído, obviamente). Mas compreendo que uma pessoa que assumidamente não gosta de animais também não os tenha em casa. Ter um animal é uma responsabilidade, tal como ter um filho. Com a diferença que um filho pode vir por acidente, enquanto que o animal não. Supõe-se que um animal venha por escolha, que entre em nossa casa porque lhe abrimos a porta. Portanto, quem não está virado para as responsabilidades e custos que implica a adopção de um bichinho, é bom que não o faça. Para depois pouparem os animais - que nos oferecem a forma menos egoísta de amor e devoção - ao medo e à tristeza de, de um momento para o outro, se verem à beira de uma estrada. Antes de os deixar (se tem mesmo que ser), tentem oferecê-los a amigos, alguém próximo, alguém interessado. Hoje em dia há sites, blogues e redes sociais onde podem ser publicados apelos desse tipo. Não é um esforço assim tão sobrenatural, pois não? Se tudo isso não resultar, deixem-nos com alguma instituição (uma pesquisa na net é o suficiente para encontrar algumas) que poderá acolhê-los durante um tempo e tentar encontrar-lhes novos (e gratos) donos. Não me obriguem a rogar-vos pragas, a sério.

2 comentários:

Rachelet disse...

"Non-violence leads to the highest ethics, which is the goal of all evolution. Until we stop harming all other living beings, we are still savages." (Thomas Edison)

Muito se diz de uma civilização pela forma como tratam os bichos. Enquanto continuarmos sem leis sobre o respeito dos animais e/ou sem as aplicar activamente, continuaremos a ser uns atrasados.

MissGummyBear disse...

Concordo com cada vírgula.