O site AskMen UK elaborou uma lista das 10 melhores cidades do mundo para andar de bicicleta, apresentando todos os argumentos. Isto surge numa altura em que estes veículos de duas rodas vão ganhando cada vez mais popularidade no modo de vida cosmopolita das grandes cidades mundiais. O norte da Europa - sempre mais à frente - é aquele que regista um maior número de países amigos dos ciclistas.
Em primeiro lugar surge a capital holandesa, Amesterdão, onde 40 por cento das deslocações dentro da cidade são feitas de bicicleta. Os números reflectem as boas condições de deslocação e segurança existentes na cidade: tem uma vasta rede de ciclovias, bicicletas públicas disponíveis para alugar, parques para as estacionar e até sinais de trânsito destinados apenas às bicicletas. Em seguida, surge Copenhaga, na Dinamarca, uma cidade que está no top 5 de quase todos os rankings mundiais que dizem respeito à qualidade de vida dos habitantes. Aqui, cerca de 32 por cento dos trabalhadores vão trabalhar de bicicleta, pois existem boas e extensas ciclovias, separadas do trânsito automóvel, além de um sistema público de aluguer de bicicletas gratuito. O terceiro lugar é ocupado por uma cidade sul-americana: Bogotá, na Colômbia. Aqui, apenas 3 por cento da população possui carro e a bicicleta é uma necessidade para os seus habitantes, que uma vez por semana podem ter 70 quilómetros de vias públicas fechadas ao trânsito. Também na América do Sul, a cidade brasileira de Curitiba ocupa o 4º lugar do ranking, pois há mais de 40 anos que estimula a utilização de bicicletas como meio de transporte. A cidade é conhecida pelo seu bom planeamento urbano, tendo ainda uma grande e activista comunidade pró-bicicleta.
Em 5º lugar está Montreal, no Canadá, a primeira cidade na América do Norte a adoptar um sistema de aluguer de bicicletas. Recentemente, investiu cerca de 100 milhões de euros para renovar todas as ciclovias e construir um ambiente mais favorável para os ciclistas. Nos Estados Unidos da América, a melhor cidade para pedalar é Portland, no estado do Oregon, onde existem 480 quilómetros de ciclovias. A cidade oferece bicicletas aos cidadãos com menos possibilidades financeiras, acompanhadas de cadeado, capacete, bomba para encher pneus, mapas e capas para a chuva.
Em 7º lugar, surge Basileia, na Suíça, onde existem ciclovias e faixas exclusivas para ciclistas, no lado esquerdo da via, com sinalização adequada e mapas com as melhores rotas. Existem também ciclovias que ligam Basileia a outras partes da Suíça. Em 8º lugar ficou a espanhola Barcelona, conhecida pelo Bicing, o programa de aluguer de bicicletas lançado em 2007 que empresta bicicletas em cerca de 100 postos espalhados por toda a cidade. Além de uma ciclovia que rodeia toda a área metropolitana da cidade, existem 3250 vagas de estacionamento para bicicletas na rua e garagens subterrâneas.
A capital chinesa, Pequim, tem uma grande tradição na utilização da bicicleta, mas o boom económico chinês deu à população o poder de compra para adquirir um carro. No entanto, o excesso de carros acabou por trazer de volta o hábito da bicicleta, sendo essa a melhor forma para as pessoas se moverem de um lado para o outro da cidade. Por fim, no 10º lugar desta lista, surge mais uma cidade escandinava: Trondheim, na Noruega. Aqui existem elevadores para bicicletas que levam os ciclistas nas subidas mais íngremes. Segundo o website inglês, cerca de 18 por cento da população utiliza a bicicleta diariamente como meio de transporte, apesar da íngremes subidas citadinas.
É uma pena que Lisboa ainda não esteja incluínda num ranking destes. Já agora, uma mensagem para quem manda neste país: Se fizerem uma mega ciclovia, espero que também façam uma que vá desde minha casa suburbana até ao centro lisboeta. Dava imenso jeito.
(*) post dedicado à J. e à S. (S., andas a fazer uma espécie de tour por cidades de ciclistas?).
5 comentários:
Lisboa tem é um pequeno problemita... nao é plana. Só se pode usar a bicicleta para passeios nalgumas zonas, porque como meio de transporte nao dá:-(
mia1974: "cerca de 18 por cento da população utiliza a bicicleta diariamente como meio de transporte, apesar da íngremes subidas citadinas". Não há desculpas! :)
Obrigada Qui!
E pela minha experiência, digo:
1-as subidas não é "O" problema. Em Aarhus (Dinamarca) havia imeeensas subidas. O importante é as vias ou os passeios serem bons, largas, bem sinalizadas, etc... Em Aarhus, o meu percurso casa-Uni era de 30 min sp a subir (a chover e c menos de 10º!)
2-AMS já é mais "cultural" que funcional. No fundo, há pouquissimos carros logo é facil e os transportes nao estao bem interconectados. Mas às vezes é um bocado selva (juro que não percebo como é que nã há mais acidentes).
3-Até diria que Copenhaga é mais bike-friendly que AMS. 100% plana, mega ciclovias, carros hiper-respeitadores e mais de metade das pessoas usa bici nas deslocações diárias.
4-AMS não tem bicicletas públicas!
(Copenhaga tem mas funciona tipo carrinho do supermercado com moeda e raramente havia disponíveis)
5-"Ai nós não temos essa tradição" também não é desculpa. BCN só começou a ser "bike-friendly há pouco mais de 3 anos. Primeiro com o bicing, depois, ciclovias, etc,etc.. Td começa com um empurraozinho da Câmara e uma open-mind. Antes ninguém andava de bici. Paris the same.
6- Sem conhecer as outras, acho que BCN devia estar mais para cima na lista! (mas isso sou eu, parcial quanto baste)
7-Se não podem ir de bici po trabalho/escola, andem quando podem, no fds ou nas férias. Em Viena, Berlim, Paris usámos bici sp que possível.
E agr que já escrevi o maior comentário da História, despeço-me com amizade e um grande "Viva" às bicicletas
WE LOVE BIKES!
Lisboa é a casa da chamada "Ciclovia intermitente"...
E isso das subidas é uma tanga. Aqui um colega meu vem desde Santos até à Av. EUA. Ou seja, sobe toda a av da Liberdade e o Saldanha. E sabem o que ele diz?: "P'ra casa é lindo, vou o tempo sempre todo sem pedalar!"... Por isso é mais uma questão de perspectiva! ahaha
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