Ontem decidi não gastar os meus neurónios com mais uma gala dos Ídolos. Aproveitei que tenho um disco externo cheio de filmes por ver, fui para a caminha com o meu computador e escolhi o "Gran Torino". Pensei que o filme era só sobre um carro, por causa do título, mas enganei-me. Já tinha dito que tenho uma fraqueza com filmes de animais, gordinhos e/ou velhinhos? Pois bem, acabei por chorar um bocadinho no fim (o que é que se passa comigo, meu Deus?!). Neste filme, Clint Eastwood interpreta (na perfeição) Walt Kowalski, um velho rezingão, veterano da guerra na Coreia, ex-empregado da Ford, patriota, que olha chineses e pretos de lado e não tem medo de dizer o que pensa a quem quer que seja. O seu passado marca-o, a morte da mulher fragiliza-o, afastamento dos filhos afecta-o e, quando tudo isto se torna perceptível, começamos a ver nele uma personagem muito humana, sentimos ternura e compaixão. No entanto, Walt acaba por baixar as defesas ao conhecer melhor os seus (odiados) vizinhos asiáticos, tentando resolver os seus problemas e defendê-los dos gangues que atormentam a comunidade. Como vai sendo habitual nos filmes do realizador (como "Million Dollar Baby" ou "Mystic River"), há sempre o momento da redenção, normalmente aliado à morte de alguém. A história é simples, mas leva-nos inevitavelmente a filosofar sobre a vida, religião, morte, enfim, dava para ficar aqui a escrever infinitamente. Gostei e gosto do Clint Eastwood, pronto.
6 comentários:
Nem sei se é possível ver este filme sem chorar no fim. Mais: proclamo que não confio em gente que consiga ver este filme e não ficar comovido no fim! :)
Começo a pensar que essa é uma qualidade inerente aos filmes do Clint. Ainda não vi o Grand Torino, nem outros dele que estão em espera, mas sei que ele não desaponta.
Agora deixaste-me curiosa, também tenho lá em casa por ver...
TÁS GRÁVIDA!
AHAH Isso N., pega nas minhas gracinhas e vira-as contra mim :)
Confesso que também senti algo estranho no abdómen quando vi esta obra-prima do Clint Eastwood...
E fizeste muito bem em não ver o Ídolos. Eu cometi esse pecado e também quase chorei com a saída da Carolina... maldita a hora em que não gastei 10000 euros a ligar para lá a votar nela... :)
Grande filme! Também o vi há pouco tempo e adorei! As lágrimas, no final, são inevitáveis :)
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