segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Porqué no te callas?

Eu gosto de música portuguesa e acho que é importante incutir-se nas pessoas que por cá se faz música boa. Mas, apesar de cada um ter o direito às suas preferências, desgosta-me ver que demasiadas pessoas adoram estes quatro seres dos infernos. São eles:

Mafalda Veiga. Por favor, não há saco para tanta lamechice, tanta letra com tanta metáfora, sempre a mesma coisa, sempre tudo igual, do mesmo estilinho triste, de romancezinho depressivo, de coraçõezinhos bonitos e borboletinhas na barriga. Enfim. E depois rodam repetitivamente na rádio, ora é um dueto com o André Sardet, ora com o João Pedro Pais, ora com o Tiago Bettencourt. E são o quê? T-o-d-a-s-i-g-u-a-i-s-! Confesso que fui (e sou) rapariga para  ouvir a "Cada Lugar Teu" ou a "Canção de Macau", mas uma vez a cada 4 meses, nada mais do que isso. Não gosto, pronto.


André Sardet. Este, para mim, é o mais diabólico de todos. Já o vi uma vez ao vivo (quase obrigada!) e achei que o meu cérebro ia explodir. As músicas são irritantes de tão enfadonhas que são. E então aquela nova do "gosto de ti desde aqui até à lua, gosto de ti desde a lua até aqui", por amor de Deus! Seca, seca, seca.


Sónia Tavares. Esta é a mulher que faz com que a Amália esteja a dar voltas no túmulo neste momento. Assassinou a Gaivota e, para piorar, puseram-na como genérico de uma telenovela da TVI (é a sentença de morte) e ainda a põem a tocar na rádio para aí umas dez vezes por dia. Estou tão farta que fico com enxaquecas cada vez que a oiço. Além disso, acho-a um bocadinho presunçosa demais. E eu que já achei uma certa piada aos The Gift.


Também achei piada ao Tiago Bettencourt, nos tempos do primeiro álbum dos Toranja. Agora também não o suporto. Estes gajos agarram-se a um estilo, a um modo de escrever e cantar e toca a produzir músicas a nível industrial, quase tudo igual e quase tudo muito fraquinho. E depois deste novo dueto com a Mafalda Veiga - que é absolutamente deprimente - o Tiago é, para mim, um homem morto.

6 comentários:

N disse...

A Mafaldinha é só estrelas e céu e mar e luz e as palavras não cabem nos versos. Seca, seca, seca. Há para aí uma música que ouço e acho fofa, depois acabou-se.

O André Sardet gostei dele na 4ª classe quando lançou o "Azul do Céu", que era uma música com ritmo. Depois no 10º achei piada às primeiras duas vezes que ouvi o "Feitiço", a partir daí sinto sempre que é uma bruxa que me está a lançar feitiços de cada vez o ouço e agradeço a Deus por o ver poucas vezes. Essa do gosto porque gosto dá-me vómitos. E é quase plágio de um livro infantil giríssimo.

A Sóninha não está mal nesta reinvenção, se queres que te diga. Só que está overmegaoverplayed. E agora é genérico do.... guess what? Perfeito Coração na SIC. Depois aquela outra única que cantou alguma vez em português tb é genérico da TVI, portanto, tá feita.

O Tiaguxo é de se bradar aos céus, mas para mim tem mais uma oportunidade, ainda que ache que não se vai sacar. E não foi fixe a música dele ir ter ido parar a um anúncio de leite.

N disse...

Estiquei-me, han?

Analog Girl disse...

E eu que gostava dos The Gift (aos outros não passo cartão nenhum - vá, gosto da versão do "pó de arroz" que o Tiaguito fez, mas mesmo cheio de letras e sonoridades pseudo-intelectuais-da-treta não consegue roçar o pêlo do sovaco do saudoso Carlos Paião).
O projecto Amália Hoje parece-me um assassínio da obra da nossa fadista, por um motivo muito muito simples, mas fulcral. As novas interpretações não têm um pingo da alma que a verdadeira Amália tinha a cantar. A sónia parece uma buzinazinha. Fosga-se!

Cate disse...

Roçar o pêlo do sovaco é uma expressão interessante.

Mary disse...

Li algures que antes do André Sardet se tornar um mega-hit das rádios, estava praticamente à beira de desistir da sua carreira de músico até aí falhada. Só tenho pena que não tenha desistido antes das musicas dele passarem mais de 50 vezes por dia na rádio.

Analog Girl disse...

Estava inspirada, não achas?

Também tive pena do Sardet não ter enveredado por outra carreira qualquer, é que não há pachorra para a musiquinha chalala dele!